Trying to be an artist, but I'm better at being a thug. Tentando ser artista, mas o destino é ser vândalo.
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Heroína ou Ironia? capítulo lV.
Capítulo lV.
No começo foi tudo bem, eu conversava bastante com ele, nós saímos juntos, foi um época até que legal, sair com ele era bom , porque ele era bonitão, boa pinta como dizia a nossa avó, as meninas olhavam para ele e queriam se aproximar, e ele era bom de papo, xavequeiro profissional, e eu me dava bem estando junto, sempre sobrava uma amiga da amiga que ficava com ele para mim, era por isso que ele tinha muita namoradas, uma delas até deixava o carro dela com ele, eu lembro de uma dessas namoradas, que tinha um jipe, era um jipe bonito, todo equipado, verde exército, com pneus largos, para choque reforçado, bancos de couro, santo antonio cheio de faróis de milha, ele abaixava a capota e nós saímos por aí, dando umas voltas se divertindo, por passávamos as pessoas olhavam para nós, eu me sentia importante e elegante, era gostoso sentir o vento na cara, aquela sensação de liberdade, os olhares das garotas, só os solavancos do Jipe que era um pouco desconfortável, quando ele fazia uma curva um pouco mais rápida, o Jipe balançava tanto que parecia que iria capotar, “Nós capota, mas não freia” gritava o meu primo rindo, realmente não capotava devido a suspensão preparada, era bem alta feito com os melhores amortecedores que havia na época, mas nem tudo são só flores e logo ele começou a mostrar poruqe veio e os problemas começaram, começou a sumir as coisas na casa da minha avó, eu lembro como se fosse ontem, a primeria coisa que ele me roubou foi um tènis que eu haviam emprestado para ele quando saimos juntos, ele me devolveu e o coloquei embaixo da cama e ele viu eu escondendo, na manhã seguinte quando fui procurar o tènis ele nçao estava no lugar onde eu havai deixado, havia sumido, até então eu não fiz muita questão, oque hoje vejo como um erro, poruqe se eu tivesse cortado o mal pela raiz, a árvore de problemas não teria dado frutos amargos, na época como estava falando só conversei come, passamos a noite conversando e depois dessa conversa ele falou que não iria fazer mais, me pediu mil desculpas , ele dizia que tinha hora que o vício era mais forte.
Desculpa primo, eu nunca faria isso com você, mas a hora que bate a paranoia, eu não penso em nada, só quero satisfazer o meu desejo, aliviar essa sensação da Heroína nas minhas veias, a sensação na hora é muito prazerosa, mas quanto mais eu uso, parece que essa sensação dura menos e preciso de mais, nessa hora não existe nada que substitua essa sensação, o que é um Ironia, a ironia é que a palavra heroína, tem a sonoridade parecida, Heroína para ser uma mulher com super poderes, como a Mulher Maravilha, parece que ela vai te salvar e depois vocè vai agradecer, minha Heroína muito obrigado, mas o que é a Ironia que você primeiro agradece quando o seu líquido entra na sua veia, a sensação de te salvar da realidade e te proporcionar muito prazer, mas quando acaba a heroína vira vilão e só te traz desgraça, eu pergunto novamente, Heroína ou Ironia?
Nessa hora eu não sabia o que dizer e nem poderia imaginar o que ele estava dizendo, nunca usei e pretendia não usar também, porque ele me dizia assim.
Primo nunca entre nessa, nunca use droga, olha a minha vida, nunca faça isso, lembre-se sempre dessa pergunta, Heroína ou Ironia? Se alguém chegar a te oferecer lembre-se dessa pergunta.
Depois disso ele me falou que não iria fazer mais e que iria me devolver o meu tênis ou me dar outro, me pediu mil desculpas eu acreditei nele e queria tentar ajudá-lo, mas fui inocente e ingênuo, ele até tentou, arrumou um emprego de motorista em uma empresa grande, ele dirigia uma Kombi, parecia até que as coisas estavam dando certo, mas por azar do destino ele fez um frete de um material valioso e isso juntou a fome com a vontade de comer e a tentação foi maior que a responsabilidade, ele vendeu uma parte da carga e comprou droga mas depois que o efeito da droga passou ele se arrependeu e tentou simular um assalto, ele viu que deu certo e tentou fazer isso vária vezes , até a empresa começar desconfiar e mandar ele embora, ele até que deu sorte porque poderia ser preso, até nisso ele dava sorte.
Aff! como sempre todo mundo passava a mão na cabeça dele é por que deu no que deu, se fosse comigo já tinha dado um basta logo no começo vocês foram muito trouxas. disse a minha esposa com razão.
E assim depois desse tênis, foi outro tênis, uma blusa, dinheiro da minha carteira, uma guitarra, dois rádios, e assim chegando ao ponto de eu não ter mais o que vestir.
Está vendo, isso parece um passado recente, eu lembro que te dei um Walk man e ele roubou para trocar por droga, é por isso que eu não acho que a sua prima não matou ele, olha quanta coisa ele fez, roubou o apartamento dela, onde ela morava e na praia, quanta coisa ela aguentou e agora ainda sobrou para cuidar dele, depois que a sua tia faleceu, mas a sua tia foi culpada disso tudo, se ela não tivesse passado a mão na cabeça dele e acompanhado ele até a casa da sua avó, levando este problema para ela também e para você, seu pai, os vizinhos, se ela não tivesse ido junto talvez ele teria tomado jeito. falou a minha esposa com aqueles olhos azuis arregalados e mais vermelha de raiva, do que já era de nascença, branca poloca, rosada por natureza.
As coisas não são assim tão fácil como você está falando, ele era como um irmão para mim , a familia toda tinha a esperança de um dia resolver isso juntos, é o que uma família tenta fazer, nunca abandonar um soldado um membro da família, a esperança é ultima que morre, enquanto tiver munição a gente morre atirando.
É isso que estou falando,vocês foram iludidos, e culpados também, olha quanta coisa, se fosse comigo já tinha matado ele no começo , já poupava todo esse sofrimento , acredito que a sua prima não teve coragem para fazer isso, mas eu tenho e teria feito com certeza, já teria até colocado veneno na comida dele, não pensava duas vezes. Os olhos da minha esposa pareciam que iriam saltar do rosto.
Sim passamos a mão na cabeça dela, antes dele começar a tomar baque, eu não sou dedo duro, mas deveria ter contato para o meu tio, ele começou com a maconha, tudo tem um começo, existe o meio termo e o início da pior fase, não sei se já te contei como tudo piorou e começou, a história do início da droga mais forte?
Você já me contou tantas histórias, que já nem lembro mais ou se quero lembrar, qual é a desculpa dessa vez? porque para mim qualquer história vai ser desculpa, usa droga quem quer, não vem com essa história de curiosidade, ou de ser pobre, passando por alguma necessidade emocional, espiritual ou carnal, usou droga porque é trouxa, em pleno século XX, existem propagandas conscientizando, informando que isso não é bom, olha a Cracolândia lá no centro, para mim tinha que matar todos eles, dar uma droga batizada com um veneno ou um dose mais forte e deixar morrer todos eles, o pior que ainda dão trabalho para o governo, o governo que tem que arcar com as despesas médicas, muitas vezes um drogado desse está tirando o leito de um pai de família que não procurou, esse problema para ele, eu sou da seguinte opinião, quer usar droga , que use ,desde que não tire o lugar de outro no hospital, se abdique de atendimento médico, não me vem com desculpa de que é culpa da sociedade, que é vítima, usou droga porque quis, ninguém te forçou a usar, enfiou no seu nariz ou goela abaixo, mas tá desculpa é que essas desculpas me tiram do sério, o que você ia contar ou qual vais ser a desculpa de como tudo começou? Eu estava estático olhando para ela tentando reformular a história que eu iria contar, mas já não sabia se contava ou não porque ela poderia achar que era só mais uma desculpa.
Não sei se devo te contar como tudo começou, você pode achar que é uma desculpa, mas não é isso só te contar como realmente começou independente da sua opinião sobre isso, só quero te contar a história de como aconteceu, as consequências são outros quinhentos.
Tá conta , não vou mais dar a minha opinião,
Não deixa, você está julgando, já falei para você não julgar para não ser julgada, eu só estava lembrando de como foi, você já entrou em questões sociais, se alterou, eu sei que o que aconteceu não foi certo, mas você não sabe como é, nunca sentiu na pele, vai dizer que: Ah ! Meu pai era alcoólatra e que etc,etc, pode até ser um problema também, mas não é igual.
Não é igual porque não foi você que sentiu na pele e que apanhou sem motivo, toda vez que ele chegava bêbado.
Em nenhum momento eu falei que você não sofreu, sim é ruim tanto quanto, mas o álcool a pessoa compra e arruma em qualquer bar de esquina, é liberado pela lei, tem bêbados que bebem e dirigem e acabam atropelando e matando alguém,, isso é gravíssimo, mas a questão aqui é outra, o bêbado que também é errado, ainda consegue se conter, o drogado quando bate a paranoia, não tem essa escolha, eles fazem mal para ele mesmo, só afetam outras pessoa , quando não tem dinheiro para sustentar os seu vício, aí começa a roubar, assaltar e até matam também, mas no caso do meu primo, o que você chama de passar a mão na cabeça, era justamente que ele não roubasse outras pessoas na rua, a família não tinha paz, mas o problema era nosso.
Não tem nada haver o que você falou, é tudo igual, ferinha do mesmo saco, são drogas iguais, seja líquida em pó, erva, química, alteram a normalidade da pessoa, tira o reflexo, altera o comportamento, são alucinógenos para fugir da realidade, são pessoa fracas, que não conseguem aguentar a pressão do sistema e buscam soluções nas drogas, na bebidas com a desculpa que está triste, no caso da bebidas atá a felicidade é motivo, quando bembem para celebrar. ela não deixava eu falar, distorceu tudo que estava falando.
O que você está me olhando? Eu só falei a verdade, era isso que faltou fazer com o seu primo, contar umas boas verdades. Ela pensa que é fácil falar, falar até papagaio fala.
Nem sempre as pessoas querem ouvir a verdade, às vezes tudo o que a pessoa tem é esperança, e quando se fala a verdade de um forma com raiva, você tira isso dela, você acaba dizendo o que não quer dizer e muitas vezes tira a esperança da pessoa, você acha que não falamos isso para o meu primo, falamos milhares de vezes, será que ele ouviu uma palavra sequer, acho que só gastávamos saliva, acredito que não, na cabeça dele deveria estar esquematizando alguma coisa de como conseguir mais drogas, enquanto falávamos na sua frente como ventríloquos sem voz.
Ah! quer saber não falo mais nada, não quero ouvir o que você iria me dizer. ela fala isso e sobe as escadas pisando forte.
Eu também não iria mais te contar, não dá para conversar com você, era mais fácil conversar com o meu primo drogado do que com você sóbria, ele era mais humano e sabia conversar.
Então vai lá na cracolândia, conversar com os Drogados, lá vai ter um monte de ouvintes para você conversar. O sarcasmo dela me mata.
Eu não vou mais contar a história para ela, muito chata quer por palavras na minha boca e vocês caros ouvintes ainda querem saber como foi a primeira vez que o meu primo usou droga mais forte? Eu vi que você balançou a cabeça dizendo que sim, ok, então vamos lá, O meu primo tinha um amigo em comum com o cara que havia roubado a sua casa e as suas roupas, o nome dele era na verdade o apelido dele era Chantilly, ele também era um amigo da família, no começo ele era amigo da irmã do meu primo, mas eles tinham a mesma idade e assim o meu primo e ele tinham as mesmas ideias, e logo se tornaram melhores amigos, para tudo, eles pegavam ondas juntos, saiam para as baladas juntos, se envolviam em brigas e um se garantia com na companhia do outro, agora aquele outro amigo em comum, o ladrão que roubou a casa e as roupas, pois é, esse sujeito, além de ladrão, também traficava cocaína e macaonha, ele havia acabado de comprar um bar de fachada para vender droga, uma vez o meu primo e o Chantilly, estavam passeando com o Jeep da namorada do meu primo eles pararam o Jeep na porta deste Bar , para tomar uma cerveja, o Chantilly não bebia mas gostava de acompanhar o meu primo tomando refrigerante, o traficante os recebeu com toda atenção e cortesia, lhes serviu uma cerveja e um refrigerante e deu de cortesia um papelote de cocaina para eles dizendo:
Tome cortesia da casa, fica pela blusa que peguei sua, um presentinho para vocês.
O meu primo olhou para ele, e pensou.
Filho da puta, foi ele mesmo que roubou a minha casa.
Mas elo não disse nada, pegou o papelote e segurou na mão enquanto o Chantilly balançava a cabeça em sinal de negativo, mas o meu primo deu de ombros e foi até o banheiro, ele abriu o saquinho fez uma carreirinha na pia suja do banheiro e aspirou a droga, o Chantilly estava atrás dele dizendo para ele não fazer aquilo.
Puts , que sensação, experimenta você tem que experimentar.
O chantilly resistiu, mas de tanto que o meu primo insistiu e acabou cedendo e experimentou também. o nariz do Chantilly ficou branco de pó e o meu primo ria e dizia.
Chantilly em pó. E os dois riam mas o que eles não sabiam que essas risadas iriam se transformar em lágrimas, no futuro essa gratuidade vai custar caro.
Ele ficaram tão chapados, que o Chantilly, deixou o refrigerante de lado e bebeu várias cervejas, e cheirando cocaína até o papelote acabar, eles estavam tão loucos, que apostaram com o traficante, que ele conseguia subir com o Jeep as escadas da entrada do bar e estacionar o Jipe dentro do Bar.
O traficante aceitou e dobrou a aposta com mais dois papelotes de cocaína, e disse:
Mas tem que estar os dois dentro do Jipe. o meu primo concordou balançando a cabeça, o Chantilly, arregalou os olhos tentando dizer não, mas não adiantou, eles foram até o jipe e o meu primo pediu para o Chantilly sentar no banco do passageiro, meu primo deu a partida no carro, deu uma ré forte, acelerando forte o motor, fazendo ele roncar alto, o que fez com que saísse muita fumaça do escapamento, o ronco do motor era forte, o trânsito parou com o jipe atravessado na rua, ele acelerou forte e arrancou contra os degraus da entrada do bar, a escada tinha 10 degraus altos, os degraus eram mais altos que de comum, onde as pessoas acostumaram usá-los como banco e sentavam ali, as pessoas que estava ainda sentadas não acreditavam que ele iria mesmo fazer aquilo e quando viram o jie vindo na direção delas saíram pulando e correndo para sair da frente, o Jipe bateu no primeiro degrau e balançou forte de um lado para o outro, o Chantilly deu um grito de medo, o meu primo continuou acelerando o jipe contra os degraus, fazendo muito barulho e muita fumaça e a cada degrau superado a galera vibrava e o Chantiliy gritava e foi assim acelerando e subindo até chegar no ultimo degrau no alto da escada parando o carro dentro do bar, a galera foi a loucura o Chantilie esta rouco de tanto gritar de medo, no final eles desceram do carro e se abraçacaram e raim muito, eles olharm para o traficante que veio na direçao deles e disse:
Eu cumpro com a minha palavra. ele apertou a mão do Chantilly deixando os dois papelotes com ele, Chantilly entregou para o meu primo que devolveu um para ele, eles continuaram no bar, bebendo cheirando, mesmo após o dono do bar fechar as portas, eles passaram a noite no bar, bebendo cheirando e fizeram isso por três noites, nessas três noites o traficante deu as drogas de graça, na quarta noite foi quando todo problema começou, o traficante falou que agora eles teriam que pagar pela droga,eles não tinham um centavo, até a gasolina do jipe era a namorada que colocava, sem nenhum centavo para pagar a droga ele resolveu vender o rádio do Jipe e assim esse foi o seu primeiro furto, um sujeito se interessa pelo rádio e com o dinheiro ele garantiu a droga da semana, depois ele mentiu para a namorada, dizendo que haviam roubado o rádio do Jipe, que ele havia deixado o carro na rua e quando voltou, havia roubado o rádio e assim conforme as semanas foram passando ele foi depenando o Jipe, vendo os acessórios do carro, guincho, faróis de milha, e a desculpa era sempre a mesma, deixei o carro na rua e quando voltei roubaram tudo e assim foi até ele vender os pneus. quando a namorada ganhou o Jipe do pai era um lindo Jipe iponente com todos os acessórios de que um carro off road precisava para fazer uma trilha e assim quando ele vendeu e trocou os pneus grandes com roda e tudo, trocando por outros pneus finos com roda de ferro, o que deioxu o jipe parecendo um carro magrelo com aparencia de carro velho, a namorada sem saber o que dizer par ao pia, deu um basta e se separaou dele, assim sem ter de onde tirar o dinheiro para a droga, começaram outros problemas e sem ter como pagar ele pegou fiado do traficante e o Chantilly teve a ideia de começar a usar droga injetável para durar mais o efeito, e assim eles trocaram a cocaína por Heroína, usando o chamado baque, eles pegaram um papelote com o traficante de heroína e se trancaram no banheiro, o Chantilly instruindo de como ele deveria fazer.
Primeiro a gente ferve a droga e uma colher com o isqueiro, quando ferver a gente coloca dentro da seringa e se aplica na veia, amarando o braço para as veias saltarem, aplicamos a droga e soltamos o elástico, assim a droga se espalha rapidamente.
Quantas vezes eu vi o meu primo fazer isso depois, na minha frente, ou ouvir ele fazer isso trancado no banheiro da casa da minha avó, ele fazia isso e jogava a seringa na privada e dava descarga, ele fez isso tantas vezes que chegou a entupir a caixa do esgoto, quando o encanador quebrou o quintal para chegar no cano do esgoto para descobrir o que estava entupindo a saído do esgoto ele se deparou com um aglomerado de seringas descartáveis
, eram dezenas, eu lembro que a minha tia pedia para o encanador usar uma pá ou algo assim para retirar as seringas, com medo de que ele se picasse e se contamina-se com alguma doença, na época, na hora e no dia eu não havia entendido porque e isso já é outra história.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário