segunda-feira, 30 de julho de 2018

Bodyguard


quarta-feira, 11 de julho de 2018

Mão Vermelha - Livro 2 - O Padrasto




Mão Vermelha - Livro 2 - O Padrasto 


Eles carregavam  as poucas coisas no pequeno caminhão, que ainda chegava a sobrar espaço na carroceria do caminhão.
-        Mãe eu posso ir na carroceria do caminhão? Pede Donizete.
-        Não filho é perigoso.
-        É senhora, eu acho que ele ou o marido da senhora,  vão ter que ir lá trás, porque não vai caber todo mundo na cabine do caminhão.
-        Deixa a criança ir lá atrás Zulmira. Concede o João
-        Não, isso é perigoso ele pode cair.
-        Vem cá Zulmira, dá licença moço. João pega a Zulmira pelo braço e se distância do motorista do caminhão e diz.
-        Eu não vou deixar você ir no meio daqueles homens, do motorista e do ajudante dele, olha a cara de safados deles, você não sai do meu lado.
-        Então vamos na carroceria.
-        Também não, não vou me sujeitar a andar na carroceria e muito menos, te expor assim, vou falar para o ajudante ir junto com o Donizete na carroceria e nos dois vamos na cabine do caminhão.
-        Está bem, tendo um adulto com o Donizete, eu fico um pouco mais tranquila.
 Assim eles terminam a mudança, o rapaz coloca o Donizete na carroceria e entrega a pipa para ele também.
O Caminhão parte e Donizete brinca com a sua pipa e com o vento que se formava com a velocidade do caminhão, a pipa vai subindo e passa da altura dos fios de alta tensão no exato momento que o caminhão cruzava o quarteirão onde o Donizete havia achado o brinquedo e o bêbado queria lhe tomar e onde o mesmo estava naquele momento, na mesma esquina do bar como no dia anterior e quando ele avista o Donizete no caminhão, ele grita.
-        Demônio!
Donizete olha para o homem e a sua pipa enrosca no fio de energia, como a linha de nylon de costura não se arrebentava tão fácil e o com o caminhão em movimento o fio de alta tensão se solta do poste e cai em cima do bêbado, matando o homem eletrocutado.
O rapaz que estava na carroceria junto com o Donizete olha para ele preocupado e se assusta porque o menino estava com o rosto deformado e que aos poucos foi voltando ao normal, o rapaz esfrega os olhos e olha novamente, mas o rosto do menino já estava normal e diz para ele.
-        Perdi a minha pipa. Fala o Donizete como se fosse  uma criança inocente que chora quando o seu sorvete cai no chão.
O rapaz olha para ele e olha para a pipa que ficou enroscada no fio ena outra ponta do fio o homem pegava fogo.
-        Credo menino, você viu o que você fez, a sua pipa matou aquele homem.
-        Quem aquele ladrão de brinquedo? Bem feito para ele. Diz o Donizete.
O rapaz não sabe o que dizer e se afasta do Donizete, ficando do outro lado da carroceria.
O Caminhão anda pelo trânsito da cidade e o Donizete estava sentadinho no seu canto observando o caminho até eles chegaram no bairro da Vila Mazzei, onde o caminhão para em uma ladeira de frente de um portão verde, onde havia um corredor que dava acesso a uma escada que subia para uma casa amarela no alto.
A mãe do Donizete é a primeira a descer e entrar no portão e pede para o João pegar o Donizete.
João vai até a carroceria do caminhão e pede para o rapaz ajudar ele a descer o Donizete, o rapaz se recusa e se afasta do menino pulando da carroceria.
João acha aquilo estranho, mas entende rapidamente o que tinha acontecido, na mínima o menino tinha aprontado alguma coisa que assustou rapaz.
-        Vem Donizete pula que eu te seguro!
Donizete pula e o João o agarra no alto e o coloca no chão, ele entra pelo portão atrás da mãe dele e vai na direção da escada onde a sua mãe já abria a porta no final da escada, Donizete chega no início da escada e se depara com algumas meninas no corredor lateral que olhavam para ele e riam, haviam cinco meninas três pareciam mais velhas e duas pareceriam ter a mesma idade do Donizete, ele olha para as meninas e ri também e sobe a escada correndo.
Ele entra na casa e a sua mãe o chama.
-        Vem ver Donizete, olha que casa legal, agora nós temos uma sala onde você vai poder dormir sozinho, nós temos uma cozinha, onde eu vou poder cozinhar, eu o João, nós temos um quarto para nós dois e olha aqui um banheiro, só nosso, sem ter que dividir com ninguém ou esperar na fila para usar, que maravilha e olha aqui também, saindo por essa porta nós temos um varanda onde é a minha área de serviço, onde eu vou poder lavar a minha roupa e estende-la sem nenhum medo que alguém nos roube.
Donizete entra na varanda e olha a paisagem que havia ali, então ele olha para baixou onde as meninas que estavam no corredor quando ele entrou, agora estavam no quintal da última casa que devia de ser de uma delas.
As meninas mexem com ele e ele olha para eles que manda um beijo para ele, ele dá risada e retribui o beijo, beijando a palma da mão e assoprando na direção delas, que dão risada, ele ri e volta para a sala onde o motorista e o ajudante descarregavam algumas caixas, o ajudante olha para ele assustado e sai rapidamente pela escada para ir buscar mais coisas no caminhão, João acha estranho mas não pergunta e nem diz nada.
-        Vamos Donizete, vem me ajudar a carregar as coisas pequenas que você conseguir carregar.
Eles descem as escadas e o ajudante já vinha voltando com mais uma caixa, ele passa longe do Donizete como se estivesse com medo, e o João como achar aquilo estranho, mas foi assim até descarregarem toda a mudança.
-        Nossa Luizinho você nunca fez uma mudança tão rápido, o que você comeu hoje? Brinca o Motorista com o ajudante.
O ajudante olha para o Donizete e olha para o João que estava olhando para ele e diz.
-        Não comi nada não, só estou querendo acabar logo, para ir embora daqui.
-        Embora daqui, porque?
-        Nada, foi só uma expressão, eu quis dizer que quero acabar logo.
-        A tá.
João percebe que o Donizete havia aprontado alguma coisa que havia deixado aquele homem com medo dele, ele paga o motorista pelo carreto e o ajudante já estava esperando pelo motorista no caminhão.
O motorista volta para o caminhão e antes de sair ele pergunta para o ajudante.
-        O que você tem Luizinho, você está estranho?
-        É porque você não viu o que eu vi, aquele menino é um demônio, eu o vi matar um homem quando nós saímos lá da rua do centro.
-        - Viu como, que eu não vi.
-        Quando o caminhão começou a andar eu o ajudei a brincar com a pipa dele no vento que se formava por causa da velocidade do caminhão, e nó andamos um quarteirão assim com a pipa baixinha, abaixo dá altura do fio, mas quando chegamos na esquina e deixou a pipa subir um pouco mais alto e um homem começo a chamar ele de Demônio ele olhou para o homem e a sua pipa arrancou o fio que caiu em cima desse pobre homem que foi eletrocutado, eu estava olhando apara aquele homem que começou a queimar com o fio de força e quando eu olhei para esse menino ele tinha fogo nos olhos e estava com a sua fisionomia alterada e depois que nós nos distanciamos ele voltou ao normal, ao primeiro momento achei que eu estava vendo coisas, mas tenho certeza do que eu vi.
-        Você bebeu hoje antes de vir me ajudar, você deve de estar imaginando coisas.
-        Não estou imaginando nada, eu sei o que eu vi.
-        Ah, vamos embora antes que o menino resolva vir aqui e roubar a sua alma.
O motorista brinca tirando um sarro do ajudante, que só balança a cabeça, o motorista liga o caminhão e vai embora.
João ficou observando o motorista e o ajudante conversando, já imaginando que eles deviam de estar falando do Donizete. Ele se vira e vai na direção da mãe do menino e diz.
- Eu acho que o seu filho aprontou alguma coisa no caminho que deixou o ajudante do caminhão com muito medo.
-        O que será que ele fez?
Os dois olham para o Donizete que estava olhando para eles e o Donizete pergunta para a mãe dele.
-        Mãe aquelas meninas estão me chamando para ir brincar com elas eu posso ir brincar com elas?
-        Não, você precisa me ajudar a arrumar aqui.
João olha para ele como que querendo dizer deixa ele ir e pisca para ela e diz baixinho no ouvida dela.
-        Deixa ele ir, vamos estreitar o nosso quarto novo.
-        Tá bom pode ir, mas não é para sair para a rua.
Ele desce as escadas correndo e vira a direita na escada indo em direção ao fundo da viela de casas e vai ao encontro das meninas que vem na direção dele dizendo.
- Você que vai morar agora aí?
-        Sim.
-        Que legal pelo menos agora nós vamos ter outro menino para brincar com a gente de novo, porque o Alexandre que morava aí foi embora e nós ficamos sem um menino para poder participar da nossa brincadeira, como é o seu nome?
-        Donizete.
-        Eu me chamo Regina. Essa é a minha irmã Cátia e nós que moramos aqui na casa do fundo da viela, essa é a Bete e as outras duas são as irmãs dela. A menorzinha é a Cacilda e a maior é a Suelen.
Donizete olha para a Cacilda achando ela bonita e que devia ter a mesma idade que ele.
-        Quantos anos você tem?
-        Eu tenho oito, na verdade vou fazer oito.
-        Eu tenho doze anos eu e a Suelen, a Bete tem onze e a Cacilda tem nove e a Cátia tem oito como você, você e ela são os mais novinhos aqui, então podemos mandar em vocês.
Donizete se assusta.
-        Calma eu estou brincando, ninguém vai judiar de você não, não precisa ficar com medo.
-        Eu não estou com medo.
-        Você sabe brincar de beijo abraço e aperto de mão?
-        Não, não sei.
-        Agente te ensina. Diz a Bete rindo.
A Cacilda o pega pela mão.
-        Vem vamos lá no canto, que dá para a gente brincar melhor sem ninguém nós ver.
-        A brincadeira funciona assim, uma das meninas fecho o seu olho e as outras meninas ficam em pé na sua frente, aí ela aponta para uma e diz: beijo, abraço ou aperto de mão? E você escolhe uma dessa opções e responde o que você quer, entendeu.
-        Acho que sim.
-        Então vamos começar, a eu estava me esquecendo, se repetir o desejo, tem castigo, agora senta aqui que eu vou tampar os seus olhos e vamos começar a brincadeira. Diz a Regina.
-        Pronto? ´É esse?
-        Não.
-        É esse.
-        É.
-        Beijo, abraço ou aperto de mão?
-        Humm, aperto de mão.
-        Ok, você tirou a Cátia, vai lá e dá um aperto de mão nela.
-        Pronto agora é a vez da Cátia sentar e escolher. Diz a Regina.
-        Pronta?
-        Sim.
-        É esse?
-        Sim.
-        Beijo, abraço ou aperto de mão?
-        Vou querer um abraço.
-        Pronto pode dar um abraço na Cacilda.
-        Está pronta Cacilda?
-        Sim.
-        E esse?
-        Não.
-        É esse? Regina dá uma apertada nos olhos da Cacilda para avisa-la que era o Donizete.
-        Sim.
-        Beijo, abraço ou aperto de mão?
-        Um beijo.
-        É o Donizete dá um beijo nele.
A Cacilda dá um beijo na bochecha do Donizete.
-        Agora é a sua vez de ficar aqui Donizete e eu vou para lá agora e a Cacilda tampa os seus olhos, para você escolher no escuro.
-        Pronto?
-        Sim.
-        É essa?
-        Não.
-        É essa?
-        Não.
-        É essa?
-        Sim.
-        Beijo abraço ou aperto de mão?
-        Beijo.
-        Castigo! Castigo! Castigo.
-        Agora você vai ter que dar um selinho na boca da Regina.
Ele dá um selinho na boca da Regina e ela se senta para escolher, a Cacilda tampa os olhos da Regina e o Donizete fica em segundo na sequência.
-        Está pronta Regina? Pergunta a Cacilda.
-        Sim.
-        É essa?
-        Não.
-        É essa? Cacilda aperta o olho da Regina avisando que era o Donizete.
-        Sim.
-        Castigo! Castigo! Castigo.
-        Agora é beijo na boca de língua.
Donizete olha, para as meninas que riam e gritavam.
-        Beija, beija.
A Regina como era experiente por ser quatro anos mais velha que o Donizete vai na direção dele e o beija na boca.
-        Você não sabe beijar?
-        Não, é a minha primeira vez que beijo de língua.
-        Eu vou te ensinar, você tem que enroscar a sua língua na minha enquanto a gente mexe os lábios quase fechando a boca e abrindo se esfregando, assim.
A Regina beija o Donizete que faz o que ela ensinou e aprende de primeira.
-        Isso, assim mesmo, nossa você aprende rápido.
-        Vamos continuar a brincadeira, agora muda quem não foi ainda, agora troca.
Então a Bete se senta e a Regina tampa o olho dela.
-        É esse?
-        Não.
-        É esse?
-        Não.
-        É esse? Regina aperte o olho da Bete para dizer que era o Donizete.
-        Sim.
-        Você vai querer, um beijão, um apertinho de mão ou um pequeno abraço.
-        Vou querer um beijão.
-        Castigo! Castigo! Castigo!
-        Outro beijo de língua no Donizete.
A Bete se levanta e dá um beijo de língua no Donizete o arrastando para a parede e o deixando sem fôlego.
-        Uau, e agora quem falta.
-        A Suelen.
-        Eu não preciso mais da brincadeira já sei quem eu quero e o que quero.
Então ela dá um beijo de língua no Donizete já aproveitando que ele estava na parede no canto escuro e a Regina diz para ela:
-        Deixa eu um pouco agora. E elas trocam e a Regina o beija e a Bete diz:
-        Agora sou eu. E ela troca com a Regina e as três ficam se revezando beijando o menino.
-        Olha ele está com o pinto duro. Diz a Regina.
-        Deixa a gente ver o seu pinto, mostra para a gente, você já tem pelinho?
Donizete fica meio encabulado e diz.
-        Não ainda não tenho.
-        Não precisa ter vergonha, me deixa eu pegar então.
E a Regina pega no pinto dele e diz:
-        Nossa!! Que duro, parece uma pedra.
-        Eu tive uma outra ideia, vamos brincar de dança agora e a gente faz uma roda e você fica no meio, a gente conta até de e quem estiver na hora que contar até dez na sua frente tem que rebolar no seu pinto, ok.
Donizete faz que sim com a cabeça.
-        Então vamos começar, todo mundo de mãos dadas e de costa para o Donizete contando até dez.
Todas contam até dez girando de mãos dados de costa para o Donizete.
-        Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez, parou!!
-        Cacilda!!
-        Você vai ter que rebolar no pinto dele.
Cacilda estava com as bochechas vermelhas, ela olha para o Donizete e meio que sem graça ela dá uma rebolada rápida e diz:
-        Pronto tá bom.
Elas começam de novo e contam até dez e dessa vez é a Regina que para na frente dele.
Ela começa a rebolar no pinto dele com vontade, ela se esfrega, levanta e abaixa a bunda, vai para um lado para o outro e diz:
-        Nossa o pinto dele ficou mais duro, mas essa posição cansa, vamos colocar ele sentado na cadeira e a gente senta no pinto dele, pega essa cadeira aí bete¹
A Bete traz a cadeira e dá para o Donizete se sentar e diz.
-        Nó s vamos ter que sentar de frente assim. Ela senta no colo dele de frente para ele e dá uma esfregada com a xoxota no pinto dele e depois diz.
-        Ou vamos ter que sentar de costa assim. E ela senta com a bunda no pinto dele e se esfrega indo para a frente e para atrás.
-        Não deixa eu te mostrar como a gente vai ter que fazer. Diz a Regina Sentando no colo do menino com a bunda e colocando a mão no chão empinando a bunda e esfregando no pinto do Menino.
A Suelen interrompe ela e diz.
-        Agora é a minha vez, sai daí eu acho melhor assim.
Ela senta no colo dele de frente e se esfrega nele enquanto o beijava.
-        Gostei dessa deixa eu mais um pouquinho dessa maneira, estou molhadinha. Diz a Regina.
-        Não, agora é a minha vez. Diz a Bete.
Enquanto isso a Cátia e a Cacilda só ficavam olhando as irmãs mais velha brincar com o Donizete.
-        Você já bate punheta Donizete.
-        Ainda não.
-        Bate para a gente ver. Enquanto nós tocamos uma siririca.
-        Mas como, que faz?
-        A gente ensina você, a gente até dá uma chupadinha no seu pinto para lubrificar e tudo que você tem que fazer é segurar ele com a mão fechada e flexionar para cima e para baixo, assim. Diz a Regina pegando no pinto dele e mostrando para ele como se faz
A as três se abaixam ao lado dele e cada uma dá uma chupadinha no pinto dele e depois, as três se sentam no canto da parede e começam a tocar uma siririca, cada uma dela e dizendo para o Donizete.
-        Faz também, faz mais rápido se não, não funciona, faz assim que nem a gente bem rápida, ai que gostoso que é isso.
Donizete começa a fazer como ela mandou.
-        Vai mais rápido, passa mais saliva.
Ele passa mais saliva e continua bem rápido e der repente e sente todo seu corpo estremecer e a sua cara parecendo que ia explodir e para.
As meninas também estavam tremendo e dizendo.
-        Aí gozei gostoso olha a minha mão. A Regina mostra a sua mão para a Bete, que a empurra de volta.
-        Você ainda não goza né menino, mas é gostoso a sensação, não é?
-        É estranho parece que o corpo vai explodir, sensação estranha e gostosa, mas o que é gozar?
-        Gozar é quando saí um liquido branco, quando dá essa sensação de entortar o corpo todo, quando você for mais velho e já tiver pelinho no saco, você vai gozar assim ejaculando, você vai ver.
-        Donizete!!
-        É a minha mãe, preciso ir.
-        Não conta nada para ela, tá bom!
-        Não vou contar, amanhã a gente pode brincar mais?
-        Amanhã eu acho que a minha mãe não vai trabalhar, mas quando ela sair a gente te chama.
-        Tá bom, tchau!
Donizete sai e a sua mãe a esperava no portão, que ficava de lado do muro sem visão para dentro do quintal e da casa.
-        Menino acabamos de mudar e você já está enfiado na casa dos outros, não tem vergonha não?
-        Porque você está tão vermelho?
-        Nós estávamos brincando.
As meninas vão até o portão.
-        Tchau Donizete!! Gritam quase todas menos a Cátia que diz para a irmã.
-        Eu vou contar tudo para a mamãe quando ela chegar.
-        Se você contar eu conto para ela que foi você que estragou batom dela e que não quer lavar a louça, e também não te levo para a escola.
-        Tá bom eu não conto nada, mas não conta do batom para ela não.
Donizete e a sua mãe entram na casa e o João olha para ele e diz.
-        Estava brincando com as meninas, mas elas nãos são muito grande para você?
Donizete não diz nada e só olha para ele.
-        É isso aí, te que brincar com as meninas mesmo, toca aqui.
Donizete toca a mão dele e a mãe dele diz para ele.
-        Vai tomar banho, aproveita que não tem fila.
Ele olha para ela sem entender nada.
-        É brincadeira bobo, é só para não perder o costume, agora vai entra nesse chuveiro.
Ele entra tranca a porta e vê como aquele banheiro era limpinho, diferente do outro da pensão e diferente do Colégio interno, ele estava sozinho ali no banheiro, só para ele, ele liga o chuveiro e começa a se ensaboar e quando ele chega no seu pinto ele percebe que ele ainda estava meio durinho e começa a fazer de novo o que q menina havia acabado de lhe ensinar e sente novamente aquela sensação que parecia que coçava o corpo todo e pensa , nosso isso é muito gostoso, mas é estranho.
A sua mãe bate na porta do banheiro e diz:
-        Agora chega, sai desse chuveiro logo para a gente jantar.
Ele se sente um pouco culpado, se sentindo como se estivesse fazendo algo errado, se enxuga e se troca e sai.
-        Já senta na mesa, depois de jantar eu vou improvisar uma cama para você na sala até a gente comprar uma cama nova para você.
Donizete acorda e estranha o lugar, mas logo se situa e a primeira coisa que ele faz é ir na varanda, porque ele escuta o portão da casa da Regina se abrindo, ele olha da varanda para baixo e vê a Regina levando a sua irmã para escola, ela olha para ele e manda um beijo e ele corresponde, a Cátia estava de cara emburrada e usava um uniforme escolar nem olha para o Donizete.
-        Você gostou dessas meninas né?
Pergunta a sua mãe que estava atrás dele e havia escutado ele abrir a porta da varanda.
-        Elas são legais.
-        Eu preciso ir na escola te matricular também, com essa correria toda eu não tive tempo, assim que o João sair para trabalhar eu vou lá e você fica aqui quietinho, ok?
O João sai para trabalhar depois de tomar café e a sua mãe sai junto com ele para ir na escola matricular ele.
-        Se comporta em!
-        Pode deixar.
A sua mãe sai e ele fica olhando para aquela casa vazia sem saber o que fazer, der repente ele escuta um barulho de alguma coisa caindo sacada ele abre a porta da sacada e vai verificar o que era e se depara com a Regina.
-        Eu vi a sua mãe saindo a minha também saiu, estou sozinha em casa, desce aqui.
-        A minha mãe levou a chave da porta da frente.
-        Desce pelo cano da caixa d'água.
Ele olha aquele cano e acha aquilo familiar e desce por ele.
-        Pronto vamos lá para casa, que não tem ninguém lá.
Eles entram na casa da Regina, pronto estamos sós, gostou da brincadeira ontem?
-        Gostei, até brinquei sozinho no banheiro depois.
-        Brincou. Diz ela rindo.
Ele fica com vergonha.
-        Calma estou brincando, quer brincar mais, agora só eu e você?
-        Sim.
-        Hoje vou te ensinar uma coisa que eu e o meu namorado já fizemos, ele já tirou a minha virgindade, então nós podemos fazer outras coisas.
-        Que coisas?
-        Como está o seu pinto, não está dolorido?
-        Não, só está molinho.
-        Isso a gente dá um jeito.
Ela chega bem pertinho dele e dá um beijo nele e se esfrega nele deixando ele de pinto duro.
Nossa que rápido viu.
Ele olha para o pinto dele.
-        Vem, vem comigo para o meu quarto, vamos na minha cama.
Ela tira a roupa e se deita com as pernas abertas e diz.
-        Tira a roupa esse deita aqui comigo.
Ele tira a roupa esse deita entre as pernas dela.
-        Isso agora coloca o seu pinto na minha xoxota e empurra.
-        Assim?
-        Isso, agora vai e volta.
-        Assim.
-        Isso, assim não para, faz mais rápido, o seu pinto é menorzinho que o do meu namorado porque você é bem mais novo que, mas faz uma cocega gostosa que acho que consigo gozar assim, continua assim, vai mais rápido. Assim.!
-        Isso, ai!! Que gostoso, gozei, aí.
-        Eu também estou sentindo aquela sensação que dá coceira no corpo todo.
-        Coceira? Ela ri.
-        Isso.
-        O bom que você ainda não goza e não tem perigo e não amolece a gente pode continuar, vai não para continua, não tira, continua indo e voltando, isso, mais rápido, assim isso. Vai! Assim, Vai não para que vou gozar de novo.
-        Aí que gostoso.
-        Eu não sinto mais a coceira.
-        Então continua, está gostoso uma coceirinha gostosa, deixa o seu pintinho aí e fica indo e voltando, espera deixa eu ficar de cachorrinho para você.
-        Agora vem por trás e coloca vem! Isso, assim, vai e volta, aí, assim entrou mais deu para sentir, que gostoso, agora vai continua.
-        Está me dando coceira, só que dessa vez está muito forte.
-        Não para agora continua que eu também estou quase sentindo a coceira de novo. Vai! Só mais um pouquinho! Assim, gozei, aí que delícia.
-        Eu sou uma boa professora, fiz você me fazer gozar três vezes, mas ainda quero mais, deixa eu te chupar, deita na cama.
-        Nossa tá duro de novo, vou sentar em você e cavalgar, acho que agora não vou gozar mais, mas quero ficar assim com você e te beijando está gostoso.
-        A sua mãe vai demorar?
-        Não sei, acho que não, ela foi fazer a minha matrícula na escola.
-        Se ela foi na escola onde a minha irmã estuda, ela já deve estar para chegar, que pena a gente vai ter que parar.
Ela sai de cima dele e se troca.
-        Anda se troca eu vou te ajudar a subir de volta pelo cano.
Ele se troca e eles saem e ela o ajuda subir pelo cano de volta para a casa dele, ele entra na sua casa e fica ali sentado na cadeira, a sua mãe demora a voltar então ele vai na sacada e avista a Regina no portão que olhava para ele e mandava beijo e ele mandava de volta, e dois ficam ali se olhando, até a porta da frente se abrir.
-        Donizete!
-        Estou aqui mãe.
-        Pronto já matriculei você na escola, você já começar na segunda feira.
-        Está bom.
-        Não quis assistir desenho, não ligo a televisão, estranho.
Ele liga a televisão só para disfarçar e fica ali assistindo um desenho e o tempo passa ele escuta um barulho de portão se abrindo era Regina indo buscar a sua irmã e agora era ela estava de uniforme escolar, ele sai na sacada.
-        Você vai para escola?
-        Depois que buscar a minha irmã e deixar ela aqui
-        A tá.
-        Eu volto no finalzinho da tarde agora, e a gente se vê depois.
-        Tá bom.
Ele entra e a sua mãe fala para ele.
-        Essa menina não muito velha para ficar brincando com você?
-        Não,  ela é bem legal, a gente brinca bastante, ela me ensina muitas coisas.
-        Que coisas?
-        Brincadeiras novas.
-        Que tipo de brincadeira?
-        Umas brincadeiras de meninas.
-        Brinca com boneca?
-        Não, elas não brincam mais de bonecas.
-        Não sei não, essas brincadeiras não está me cheirando bem.
-        Hoje o que eu vou fazer para te distrair, não vou mais trabalhar o João que vai pagar todas as contas da casa, então eu vou querer fazer coisas para a gente se distrair, o que a gente pode fazer?
-        Empinar pipa olha quantos pipas no alto mamãe aqui, que diferente de onde a gente morava.
-        Mas eu não sei fazer pipa.
-        Então eu posso ir lá fora, só ficar olhando as pipas no alto.
-        Pode, mas não sai para a rua.
-        Está bom.
Ele fica na escada só solhando as pipas no alto até der repente, uma linha passa na sua cabeça e corre para o telhado do lado, ele corre e sobe no telhado e puxa a linha e pega uma pipa muito bonita e grita.
-        Mamãe, mamãe, me ajuda, olha a pipona que eu peguei, me ajuda.
A sua mãe sai na escada procura ele, e não acha.
-        Aqui mãe, estou aqui, puxa a linha para mim.
-        Menino sai daí agora, sai do telhado dos outros, saí agora daí.
No mesmo momento o portão da vila enche de meninos, gritando e dizendo que a pipa era deles.
·         Donizete os meninos estão dizendo que a pipa é deles.
·         Não é não mamãe, eles estão mentindo.
·         Vamos devolver para eles, vai.
A mãe dele puxa a pipa e a entrega para os meninos.
Donizete fica bravo e briga com a mãe dele, ela entra e ele fica na escada sentado emburrado e vai atrás dos meninos na rua que pegaram a sua pipa, mas os meninos já haviam ido embora, então ele fica só olhando para o céu e vem outra pipa boiada, a pipa cai em cima de uma fábrica ele sobe na fábrica para pegar a pipa e quando ele estava chegando na pipa a telha se quebra e ele ai mas fica pendurado pela sua camisa para a sorte dele porque embaixo haviam maquinas em funcionamento, a pipa cai nas maquinas que as destrói instantaneamente, ele se assusto mas não entra em pânico e se agarra a um coluna de ferro do telhado, os homens que estava dentro da fábrica começam a gritar para ele, xingando e dizendo, que ele iria morrer.
- Moleque o que você está fazendo aí, saí daí.
Ele sai pelo mesmo buraco do telhado e tenta descer pelo mesmo lugar que subiu, mas lá embaixo os homens já o esperavam, ele pensa.
·         E agora o que eu vou fazer?
Ele olha adiante e enxerga a sua casa a alguns telhados dali, então ele decide ir pelo telhado e pula do telhado da fábrica para o da casa quebrando algumas telhas e dono da casa parece xingando ele, lê corre para o outro telhado onde havia um cachorro no quintal que latia sem parar, ele passa para o outro quintal e chega no telhado do Fundo da vila onde ele morava, no telhado da casa da Regina, ele passa para o muro e percebe que a janela do quarto dela estava aberta, e ele pensa, ué ela não tinha ido para a escola, então ele olha dentro do quarto e vê ela transando com o namorado dela, ele tenta se esconder e cai no quintal do lado onde havia um pé de goiaba, e ele cai de mal jeito em cima de uma galho e se  machuca, um pedaço do galho enfia na sua perna, ele puxa e retira o pedaço de galho, e pelo buraco que o galho fez na sua perna, começa a sangrar no momento que um cachorro vinha na sua direção, ele sobe rapidamente pelo galho da árvore e o cacho ainda pula e tenta morde-lo, mas não consegue a dona da casa grita para o cachorro pegar, mas no tronco da arvore abaixo dele se enche de lemas e o cachorro, começa a gritar de dor.
-        Cain, Cain.
-        AE assim ele sobe rápido e sobe no muro e pulando de volta para a vila, ele sobe a escada da sua casa e a sal mãe abre a porta, gritando.
-        Onde que você estava menino?
-        Fui atrás de uma pipa.
-        Que é isso na sua perna? É sangue?
-        O que você fez?  o que aconteceu?
-        Cai em cima de um galho, mas já tirei o pedaço que me furou.
-        Meu Deus, me deixa ver isso?
-        Vamos limpar primeiro e depois a gente coloca um curativo e depois disso você fica quieto, para não aprontar mais nada.
Ele fica quieto mas não por muito tempo, ele escuta o portão da Regina se abrindo e ele vai até a varanda para olhar quem era, e vê a Regina saindo com o seu namorado , que aparentava ser bem mais velho que ele, ela olha para cima rapidamente e vê ele olhando para ela, mas não faz e passa por ele como se ele não estivesse ali.
Ele entra de novo e fica quieto assistido televisão, o dia passa e escurece e o João chega do serviço.
- E aí o que você aprontou hoje? Pergunta o João para o Donizete.
-        Nada.
-        Nada, e o que é esse curativo no tornozelo?
-        Me machuquei.
-        Machucou é, como?
-        Correndo atrás de uma pipa.
-        Você essas pipas, mas não foi nada sério né, não precisa ir no médico, tomar injeção?
-        Não! Não precisa não, estou bem.
João dá risada e dá um beijo na mãe dele.
-        Você viu a arte dele aí.
-        Vi, mas não aconteceu, mais nada, aconteceu?
-        Do que você está falando?
-        Você sabe, do que eu estou falando.
-        Ah, tá, não, pelo menos não apareceu ninguém brigando aqui, por enquanto.
-        Que bom, então vou tomar um banho para a gente jantar e depois a gente fica no o quarto.
Eles jantam e a sua mãe o João vão para o quarto assistirem televisão lá.
Donizete escuta uns barulhos no quintal e ele abre a janelinha da porta para ver que era, era as meninas que vê ele na janelinha e sobem a escada para falar com ele.
Ele faz um sinal com o dedo, para elas não fazerem barulho.
Elas sobem sem fazer barulho e uma por uma dá um beijo de língua nele, menos a Cátia e a última a dar um beijo nele é a Regina que olha para ele e pede desculpa e explica para ele.
- Me desculpe por aquela hora, o meu namorado é muito ciumento.
-        Eu pensei que você tinha ido para a escola, e quando eu escutei o barulho fui ver e vi que era você.
-        É ele estava me esperando na entrada do colégio e não me deixou assistir aula, me fez cabular aula para ficar com ele, por isso estava àquela hora aqui.
-        Donizete está falando com quem?
-        Com a Regina.
-        Eu já falei essa menina é muito velha para você, ficar de converse com ela.
-        Eu vou ter que entrar amanhã a gente se fala.
-        Amanhã é sábado eu não vou para a escola, me dá mais um beijo.
Ela o beija, a Bete o beijo novamente e a Suelen e por último a Cacilda,
A Cátia nem olha para a cara dele, ele fecha a janela e entra.

-        Mãe já estou melhor posso ir brincar lá fora?
-        Onde você vai?
-        Aqui na vila, mesmo.
-        Com aquela menina?
-        Deixa o menino Zulmira, deixa o menino brincar.
-        Eu não sei não, eu acho que aquelas meninas são muito velhas para brincar com ele.
-        É nada deixa ele se dar bem, ele é homem.
-        Você fala isso porque não teve de ir com ele no médico quando ele tinha cinco anos, depois que abusaram dele.
-        Agora é diferente são meninas, como elas poderiam machucar ele?
-        Se alguma coisa acontecer com ele você não vai se responsabilizar, porque não é o seu filho.
-        Deixa o menino ser feliz e para se preocupar tanto e vem aqui que eu que vou abusar de você agora.
-        Cachorro!










Donizete vai direto para a casa da Regina, onde todas as meninas já estavam, lá.
Ele chama no portão e a Bete que o atende.
-        Oi, entra vem, nós estamos jogando um jogo na cozinha.
Ele entra e as meninas uma por uma dá um beijo na boca dele e como sempre a Cátia nem olha na cara dele.
-        Nós íamos começas agora e o castigo era tomar um copinho de pinga, para quem perdesse, mas agora que você chegou acho que vamos mudar o castigo.
-        Não a primeira rodada ainda vai ser um copinho de pinga, só para nós três. Diz a Suelen e para eles que são menores a gente inventa outro castigo.
-        E elas começam a brincadeira, jogam os dados uma por uma e quem tirasse o número menor iria ter que tomar a pinga.
-        Bete você perdeu, bebe, fecha o nariz e bebe.
-        Me dá aqui esse copo. E ela bebe de uma só golada.
-        Vamos outra.
Elas jogam os dados novamente e novamente a Bete tira o menor número, ela bebe mais um copo de pinga e já começa a falar mole.
-        Vamos de novo, dessa vez eu não perco.
-        Elas jogam os dados e que perde dessa vez foi a Cátia.
-        Cátia você perdeu e como eu não vou te dar pinga, você vai ter que dar um beijo de língua no Donizete.
-        Não quero.
-        Então vai ter que lamber a privada, o que você prefere?
-        Está bom eu o beijo, fazer o que né.
A Cátia beija o Donizete e o beijo demora um pouquinho a mais e as meninas começam a gritar e rir.
-        Nossa imagina se ela quisesse então, quanto tempo não iria durar este beijo? Diz a Bete com uma fala mole.
-        Não zoa não bete, esse foi o primeiro beijo de língua dela. Diz a Regina abraçando a irmã.
-        E aí gostou do beijo maninha?
-        Sim é gostoso.
-        Chega de pinga quem perder agora vai ter que esfregar a xoxota no Donizete.
Elas jogam os dados e a primeira é a Cacilda.
-        A Cacilda é café com leite, ela pode ficar só no beijo. Diz a Suelen.
E ela dá um beijão demorado nele também.
-        Desse jeito eu não quero mais brincar, também quero dar um beijão desse demorados. Fala a Bete, beijando e se esfregando no menino.
-        Nosso o pinto dele já está bem duro.
-        Ainda não está tão duro, tem que esfregar mais.
A Bete se esfrega mais nele, a Suelen também e a Regina vai em direção do quarto.
-        E agora como está, mostra para a gente.
Ele abaixa a calça e mostra o pinto duro para elas.
A Bete agarra o pinto do menino e começa a masturba-lo e ele grita.
-        Aí você está me machucando.
-        Sai bete, que você está machucando o menino, deixa eu cuidar dele um pouquinho.
A Suelen vem bem mais carinhosa e o beija e se esfrega até a Bete dizer.
-        A Regina está lá no quarto, te esperando, se ela der para você, você não conta para ninguém?
Ele olha para ela e pensa com ele. - Ué e o que nós fizemos ontem eu acho que ela não contou para elas, melhor não dizer nada e dizer que não.
-        Não, não conto.
-        Então vai lá, que ela está te esperando.
Ele entra no quarto e a Regina estava pelada esperando por ele.
-        Vem, você não contou para ela de ontem né?
-        Eu achei estranho, mas não falei nada.
-        Vem meu querido, só vai devagarzinho que o meu namorado me machucou ontem à tarde.
Ele se deita por cima dela, que diz.
-        Nossa como você é gostosinho, como é gostoso, bem melhor que o bruto do meu namorado, que só me machuca.
-        Está bom assim?
-        Sim, se quiser ir um pouquinho mais rápido, poder ir, você me deixa excitada, mas você ainda é uma criança e eu acho que estou me apaixonando por você, isso não pode, você é muito criança ainda, eu já sou uma adolescente, mas eu ficaria assim com você a tarde inteira, como é gostoso, ficar com você assim, a gente só conhece a três dias e parece que eu já te conheço pela vida inteira.
Ela o puxa para mais junto dela e o beija enquanto eles faziam amor, mas foi interrompido pela Bete, que entra no quarto gritando.
Deixa eu um pouquinho, agora é a minha vez, sai daí.
A Bete o joga na cama e a Regina e se levanta olhando para ele, não querendo sair dali, mas ela deixa o quarto.
Enquanto isso a bete monta no menino e cavalga com força, que chegava a estalar e ele reclama.
-        Aí você está me machucando.
-        Cala a boca menino. Ela o manda calar a boca e dá um tapa.
-        Aí está machucando. Reclama o Donizete que de repente fica quieto.
-        Cala a boca moleque estou quase gozando.
A Bete continuava, mas ela estava com os olhos fechados e quando ela começou a gozar e abriu os olhos ela dá um grito gozando.
- Lesmas!
Na visão dela a cama estava toda forrada de lesmas, se trançavam umas nas outras, ela sai do quarto gritando pelada e corre para a cozinha.
Donizete se levanta veste a sua roupa e as outras meninas entram no quarto e acendem a luz, conferindo se havia alguma coisa ali.
-        Bete você bebeu pinga e está imaginando coisas, não tem nada aqui, por vir pegar a sua roupa sua bêbada.
A Bete volta para o quarto e olha em cima da cama que estava normal e diz.
-        Eu juro a cama estava toda forrada de lesmas, escorregadias, umas por cima das outras.
-        A única lesma escorregadia é o pinto do Donizete, que te fez gozar e quando você gozou misturado com a pinga que você tomou, começo a ver coisas. Diz a Regina
-        Nosso esse menino é bom mesmo em, eu também quero. Diz a Suelen.
-        Hoje não Suelen a Bete me machucou, está doendo. Diz o Donizete.
-        Essa Bete é uma bruta estraga prazer mesmo, ela já estava machucando ele lá na cozinha e ainda fica imaginando coisas, quando goza, devia de estar delirando imaginando um monte de pinto em volta dela, sua maníaca. Diz a Suelen.
-        Eu juro que o que vi parecia tão real, será que eu estava imaginando coisas, porque realmente esse menino é muito gostoso, que pinto duro e curvado, não é grande, mas pega certinho alguma coisa por dentro, imagina quando ele crescer um pouco mais, menino você vai dar trabalho em, não me fez ver estrelas, mas lesmas.
As meninas todas dão risadas.
-        O que a gente vai comer a minha mãe não deixou comida pronta, nós vamos ter que ir lá no mercadinho da avenida comprar alguma cosia, quem tem dinheiro. Diz a Regina
-        Eu tenho alguns trocados. Diz a Bete.
-        Eu também. Diz a Suelen.
-        Então nós podemos comprar alguns pães e alguns frios e fazemos alguns sanduíche e se sobrar dinheiro a gente compra sorvete de palito, um para cada, vamos com a gente Donizete.
-        Vamos eu só tenho que avisar a minha mãe.
-        Vamos eu vou com você avisa-la.
-        Mãe eu posso ir no mercado com as meninas?
-        Onde fica?
-        Fica na avenida senhora, pode deixar que eu cuido bem dele sogra, seu filho é muito lindo, vou esperar ele crescer para namorar com ele. Diz a Regina rindo.
-        É tá bom viu, namorar, ele é uma criança ainda, mas está tudo bem então, mas toma cuidado.
Eles descem as escadas.
-        Você viu João que menina desaforada, me chamou de sogra.
João só ri e não diz nada.
-        Você é muito cara de pau em Regina.
-        Sou nada estava brincando com ela, mas que você é lindo e que eu te esperava para ser o meu namorado é verdade.
Ela diz isso saindo do portão já atrás do muro e dá um beijo de língua nele.
-        Eu adoro te beijar, estou viciada na sua boca.
-        Eu também estou na sua, mas a Bete me machucou, você é tão carinhosa comigo e ela foi tão bruta machucou a minha barriga e o meu pinto, pensei que ela iria quebrar meu pinto.
-        Ela é bruta mesmo, ainda bêbada ficou pior ainda, que até ficou   imaginando coisas, mas deixa eu vou falar com ela, não quero mais que ela chegue perto de você e posso te falar uma coisa?
-        Pode.
-        Eu senti ciúmes dela e quando a minha irmã te beijou também, senti muito ciúmes, foi uma coisa estranha, você dando o primeiro beijo nela, como se tirasse a virgindade dela, como eu tirei a sua,  por isso que eu fui para o quarto, eu não queria ficar perto de você e delas, e quando você entrou me deu um alívio no coração de te ver, mas quando a Bete nós separou eu senti um aperto no coração, parecia que o meu coração estava sangrando.
Donizete só olha para ela e ela complementa.
-        O que será que está acontecendo comigo, estou me apaixonando por uma criança, é que você é tão lindo, tão bonitinho, parece um anjinho.
-        Toda vez que a minha mãe escuta alguém me chamando de anjinho, ela diz: "Às vezes o demônio se disfarça de Anjo", ela sempre diz isso, o que será que ela quer dizer com isso?
-        Quer dizer que você só tem cara de anjo, mas é um Capetinha.
Eles riram e ela diz.
-        Eu quero você só para mim, mas agora vamos correr se não aquelas doidas vão deixar a agente para trás.
-        Ei esperem a gente aí, você está com presa. Grita Regina correndo atrás das outras meninas arrastando o Donizete pela mão.
Eles chegam no mercado.
- Bete vem aqui um pouquinho preciso falar com você.
-        O que foi amiga.
-        É sobre o bonitinho.
-        Ele é uma coisa de louco mesmo né, imagina quando ele crescer um pouco mais, as meninas vão fazer fila.
-        É, pois, é, é isso que preciso te falar com você, você foi bruta com ele e machucou ele, e eu não quero mais que você fique com ele.
-        Porque você quer ele só para você?
-        Sim, eu quero e acho que estou me apaixonando por ele.
-        Você o que?
-        Fala baixo.
-        Como assim amiga, ele é uma criança.
-        Eu sei, mas quando estou do lado dele o meu mundo gira devagar e ele me faz gozar tão fácil, não sei como pode isso, enquanto o meu namorado que já é praticamente um homem, só me machuca e não me dá prazer, não consigo gozar com facilidade com ele porque sinto dor, agora com o menino, é muito estranho, ele me toca e o meu corpo todo se estremece, como se ele tivesse algum tipo de poder, ontem ele me fez gozar cinco vezes muito fácil, nunca o meu namorado fez isso comigo, no máximo foram duas vezes, mas com ele não foi algo mágico.
-        Eu sei do que você está falando amiga, comigo foi a mesma coisa, e olha que eu sou difícil de gozar o meu namorado custa para a me fazer gozar, mas aquele menino, foi algo realmente diferente, parecia que algo nele tocava a minha alma, que cheguei até imaginar coisas, gozei gritando lesmas, isso foi muito hilário se não tivesse sido assustador na hora.
-        Você sentiu isso também, mas está se apaixonando também?
-        Apaixonando, não, para com isso é só uma criança que nós estávamos brincando com ela e te digo que estou com um pouco de medo dele e vou até pedir desculpa se o machuquei àquela hora.
-        É, mas para mim essa brincadeira está ficando séria, eu não tiro ele dá cabeça nenhum minuto, dês do primeiro beijo que dei nele, sonho com ele a noite inteira, cada sonho um mais louco que o outro, sonho que nós estamos andando em um cemitério que ao mesmo tempo é uma fazenda, é um lugar tão lindo,  e agente está andando de cavalo e eu estou na garupa do seu cavalo e depois aparece um homem vestido de Coronel em um cavalo branco e ao seu lado duas crianças um menino e uma menina, também montados em cavalos e nós apostamos corridas até uma cachoeira, onde a gente nada pelado, mas ai o homem e as crianças desaparecem e só fica eu e o Donizete.
-        Nossa amiga que romântico, quem te viu e quem te vê em o negócio tá sério mesmo.
-        É por isso que estou te contando, e quando acordo eu tenho uma vontade louca de ir chamar ele na casa dela fico ansiosa, outro dia eu cabulei aula e voltei correndo para encontrar ele, mas no caminho o meu namorado me encontrou e estragou o meu dia, porque ele me pegou voltando da escola e quis me acompanhar e você sabe como ele é.
-        Se sei, sujeito possessivo.
-        Então ele quis ir até a minha casa eu transou comigo, mas eu não me excitava e ele só me machucava, eu não gozei e fingi que gozei para ele parar porque estava doendo e estava me dando nojo dele, eu só pensava no menino, queria que o menino estivesse no lugar dele.
-        Nossa amiga, mas como pode isso acontecer em três dias.
-        Eu também não sei, isso é alucinante é uma paixão muito forte, das que acontecem poucas vezes na vida e tenho que aproveitar.
-        Amiga eu vou ficar longe dele, mas você vai ter que falar com a Suelen, porque ela está louca para dá para ele também e sem dá ela já está louquinha, se ela experimentar, você vai ter concorrente.
-        Você me ajuda a falar com ela depois.
-        Peguei o presunto e o queijo suas duas cochiche iras, quem cochicha o rabo espicha. Diz a Selem 
-        Então vamos pegar o sorvete e pagar e ir embora logo, vêm Donizete, vamos Cátia!
-        Que sabor que você prefere Donizete?
-        Eu gosto de doce de leite.
-        Doce de leite não tem, pode ser de chocolate?
-        Pode.
-        Eu pego para você, aliás eu faço qualquer coisa por você.
As outras meninas acham estranho o que a Regina falou, só a Bete que entende porque ela falou aquilo.
-        Donizete eu queria te pedir desculpa se te machuquei àquela hora, tá bom?
-        Tudo bem bete, não foi nada, eu até que gostei um pouquinho, mas quando você me machucou, aí parei de curtir.
A Regina ouve aquilo e olha para a Bete e diz.
-        Vamos Doni, tá aí gostei Doni, só vou te chamar assim Doni, achei um apelido carinhoso, agora segura na minha mão
-        Regina olha quem vem vindo lá.
-        Quem? Ah não!
-        OI gatinha!
-        Que oi mais xoxo e porque você está segurando na mão desse pivete?
-        A mãe dele pediu para eu cuidar dele.
-        Cuidar dele uma ova, saí daqui pivete.
O namorado dela diz isso e dá um tapa no sorvete do Donizete jogando o sorvete no chão e empurra o Donizete o mandando sair dali.
As meninas todas avançam no namorado dela, defendendo o Donizete, principalmente a Bete que dá varinha unhadas nele, mas ele era mais forte e a empurra também e diz.
-        Você me arranhou sua maluca.
-        Olha aqui Regina o que a maluca da sua amiga me fez.
-        Você mereceu. Quem mandou você derrubar e empurra o Doni.
-        Doni, o pivete chama Doni e já te falei que não quero ver você andando com essas meninas da favela, você está assim porque fica andando com esse tipo de gente
-        já te falei que essas suas amigas não prestam, só te levam para o mal caminho.
-        Eu acho que quem me levou para o mal caminho foi você que tirou a minha virgindade e agora acha que meu dono.
-        E sou.
-        É uma ova, que você é meu dono, quer saber para mim chega, eu não quero mais nada com você.
-        Como assim, calam vamos conversar.
-        Não quero mais saber eu não gosto mais de você e não quero mais ficar com você.
-        Calma espera vamos conversar, me desculpa, vamos conversar.
-        Bete faz um favor para mim atravessa o Doni e me espera lá na esquina, que eu vou terminar com esse otário aqui.
-        Está bem vou estar te esperando, qualquer coisa você grita que a gente corre para te ajudar.
Fala a Bete olhando nos olhos do namorado da Regina e vai para esquina esperar por ela.
Donizete vê outros dois meninos empinando pipa e vai falar com eles.
-        OI, tudo bem?
Os meninos olham para ele achando estranho a pergunta.
-        Sim tudo bem, porque?
-        Nada, posso empinar pipa com vocês?
-        Pode.
-        Como você se chama? Pergunta Donizete para um dos meninos.
-        Eduardo e você?
-        Donizete.
-        E você? Pergunta Donizete para o outro menino?
-        Michel.
-        Bonita a sua pipa.
-        Olha uma pipa mandada, vamos pegar.
Os dois meninos correm atrás da pipa que estava caindo e o Donizete vai atrás deles.
A pipa cai em cima de uma garagem de uma casa.
-        E agora como vamos pegar? Pergunta o Michel.
-        Eu não consigo subir lá. Diz o Eduardo.
-        Eu consigo.
Diz Donizete e começa a subir no muro e depois anda pelo muro se equilibrando até o meio do muro onde ele se levanta e se pendura na telha da garagem, que era uma telha comprida mas estava solta, não estava parafusada, assim que o Donizete se pendura a telha se solta e vira para cima dele, bate na cabeça dele e ele e a telha caem em cima do carro da garagem debaixo.
Os meninos correm e o dono da casa e do carro aparecem e veem o Donizete em cima do carro e gritam com ele, mas quando o dono do carro pega na perna do Donizete para tirar ele de cima do carro começa a cair Lemas, do telhado, era uma chuva de lesmas, o dono do carro corre para dentro da casa e dono da casa de onde se soltou a telha também foge para dentro da casa dele,  Donizete aproveita mesmo todo machucado e com dor, ele  pula o portão e corre também, mas não consegue ir muito longe porque os ferimentos estavam doendo muito ele para e olha onde ele havia se machucado, ela havia ralado o joelho, o cotovelo, raspado uma parte da sobrancelha e cortado atrás da orelha, ele se levanta e vai andando mancando e no caminho ele encontra o namorado da sua mãe que estava indo comprar cigarro, ele pega o Donizete pela orelha machucada e pergunta para ele.
-        O que você está fazendo na avenida, a sua mãe não falou para você não se separar das meninas e o que você aprontou que está todo machucado?
-        Eu fui pegar uma pipa ali em uma casa e a telha caiu em cima de mim.
-        A sua mãe vai ficar louca quando ele te ver assim todo machucado, vamos embora para casa.
Ele vai levando o Donizete uma boa parte do caminho pela orelha
-        Olha aqui o que eu encontrei lá na avenida.
-        Meu deus, o que aconteceu, ele foi atropelado?
-        Não parece que caiu de um telhado.
-        Não quebrou nada?
-        Aparentemente não, perdeu uma parte da sobrancelha, ralou os joelhos, os cotovelos e machucou até o sovaco, olha esse corte, mas o que fez isso.
-        Acho que foi a antena do carro que cai em cima. Diz o Donizete com uma cara de dor.
-        Carro, você caiu em cima de um carro? Diz a mãe
-        E não amaçou o carro? Pergunta o João.
-        Não sei, sai correndo.
-        Daqui a pouco vai aparecer alguém reclamando, pedindo para pagar o prejuízo. Diz o João.
-        - Eu sabia que não podia confiar naquela menina, não sei porque, mas algo estava me dizendo isso.
-        A menina não tem culpa não, você não lembra quando estávamos morando lá no centro e ele andava pelo centro sozinho, junto com aquelas trombadinhas, e o estranho que nunca aconteceu nada, agora aqui.
-        Pois é, vamos cuidar desses machucados, vai tomar banho e lava bem com sabão e depois do banho, nós vamos passa mertiolate.
Ele toma banho.
-        Vem vamos a sessão de tortura, vamos passar o mertiolate.
-        A senhora assopra.
-        é lógico.
Ela passa e ele grita.
-        Assopra, assopra.
-        Pronto bem feito, eu devia era de dar umas cintadas por cima, para ver se você aprende.
-        Esse hematoma aqui, no pescoço não é de hoje, isso é um chupão, quem andou te chupando.
-        Ninguém, isso foi da pancada mesmo.
-        Não sei não, isso não está me cheirando bem.
Nesse exato momento alguém bate na porta.
A Dona Zulmira vai atender a porta e exclama.
-        Ah! Você.
-        Desculpa dona, eu pedi para a minha amiga cuida dele um minutinho enquanto eu resolvia uma coisa, como ele está?
-        Muito machucado.
-        Eu posso ver ele, posso falar com ele?
-        O que você quer tanto com ele menina?
-        Eu gosto muito dele, como amigo é lógico.
-        Ainda bem, porque ele é só uma criança, você viu que um minuto que se descuida o que pode acontecer.
-        Eu sei, me desculpa por favor eu preciso ver ele muito.
-        Eu em menina que aflição é essa, que desespero é esse para ver ele.
-        Deixa a menina o vê-lo, ela não tem culpa, foi como eu falei, lá no centro ele fazia coisa pior com aqueles marginais e ela nem existia ainda.
-        Tá bom, mas entra aqui.
Ela olha para o Donizete e diz.
-        O meu amor, você está todo ralado e perdeu um pedaço da sobrancelha, está doendo?
-        Um pouquinho.
A mãe dele olha para o João que olha para ela de volta e faz um sinal com a cabeça querendo dizer: "Deixa os dois juntos", os dois vão para o quarto e deixa os dois ali sozinhos.
-        Me dá um abraço, pelo amor de Deus eu preciso te abraçar muito, nossa quando eu fiquei sabendo que você tinha se machucado, pensei que o meu coração iria sair pela boca.
-        Me abraça devagarzinho que estou todo ralado, caiu uma telha daquelas de garagem na minha cabeça, não sei como não me matou foi por pouco, porque aquela telha era muito pesada e graças ao carro que amorteceu a minha queda, mas ganhei uma cicatriz no sovaco.
Ela ri diz.
-        Não diz uma coisa dessa: "Se você tivesse morrido" eu não sei o que seria da minha vida, depois que te conheci eu só penso em você e só quero estar com você vinte quatro horas por dia, na minha pouca existência eu nunca senti isso por ninguém e estou morrendo de vontade de te beijar que chega a encher a minha boca de água.
-        Pode me beijar.
Ele não precisa falar duas vezes e ela pula nele e o beija muito, com muita vontade parecendo que queria sugar ele, até ele soltar um gemido.
- Aí cuidado com os meus machucados.
-        Desculpa, te machuquei?
-        Não só encostou no meu machucado.
-        Aí eu quero você muito, que te amar muito, não estou me aguentando, a minha xoxota está molhando a minha calcinha, está parecendo que fiz xixi na calcinha, preciso de você.
-        Aqui não dá, vamos ficar ali na escada, só me deixa avisar a minha mãe.
-        Mãe eu vou ficar aqui na escada sentado ok?
-        Na escada e nada de sair daí.
-        Tá bom, onde eu iria já está a noite.
-        É, mas lá no centro você sumiu independente do horário.
-        Tá, tá bom.
Os dois saem pela porta e se sentam na escada.
-        Menino o que você fez comigo, estou caidinha por você, a cada minuto parece que o meu amor por cresce, em três dias eu já estou assim, imagina daqui um tempo, eu não vou existir mais, vou respirar você dia e noite.
-        O que vocês resolveram da conversa de vocês?
-        Que conversa?
-        Com o seu namorado?
-        Você quer dizer meu ex. Né.
-        Você terminou mesmo com ele?
-        Terminei, não sinto mais nada por ele.
-        Ele parecia bem mais velho do que você falou.
-        Na verdade, ele tem dezesseis anos de idade.
-        A mesma diferença de nós dois.
-        Sim, mas o que tem isso?
-        Tudo o que ele tem ensinou, você vai me ensinar?
-        Tudo o que ele me ensinou, não serve de nada para nós, o que eu sinto por você ninguém ensina, é uma coisa inexplicável, mas o que for útil para nós eu te ensino sim.
-        Só mais uma pergunta.
-        O que?
-        Nós estamos namorando? Você é minha namorada?
-        Você me quer como sua namorada?
-        É lógico, mas como nós vamos andar na rua, o que vamos dizer para os outros?
-        Que se dane os outros, por mim a gente fica o trancado em um quarto o tempo todo só nós dois.
-        Eu te quero agora não estou aguentado mais, vem vamos entrar aqui embaixo da escada, eu preciso te sentir um pouquinho dentro de mim.
-        Vamos lá então que eu também já estou excitado.
-        Vamos eu fico de cachorrinho em pé e você coloca em mim um pouquinho.
Eles entram embaixo da escada, ela coloca a calcinha de lado e levanta a saia, ele a agarra por trás e começam a fazer amor.
-        Isso mais rápido, assim aí já vou gozar, aiii, que gostoso, continua, que já vem vindo outro, isso de novo, aí a minha perna ficou bamba.
-        Donizete!
Era a mãe dele o chamando, ele tira rapidamente de dentro dela e solta a calcinha como se não estivesse fazendo nada e diz.
- Estamos aqui mãe.
-        O que você está fazendo aí?
-        Conversando.
-        Tá, mas conversa aqui no degrau onde eu posso te ver.
Eles voltam a sentar no degrau.
A Regina agarra o braço dele e diz.
-        Menino você me deixa louca, agora eu estou melhor, eu estava te querendo tanto, que não estava me aguentando, mas agora já estou bem melhor agora e só quero ficar aqui do seu lado assim, só olhando as estrelas.
-        Eu também gosto de ficar assim com você.
-        O Namorado da sua mãe, falou que você fazia coisa pior lá no centro?
-        Eu tinha uns amigos maloqueiros lá, que só faziam coisas erradas, e tinha umas amiguinhas diferentes também.
-        Amiguinhas diferentes como?
-        Eram putas.
-        Putas?
-        Sim.
-        Eu achando que você era inocente.
-        Calma elas nunca fizeram nada comigo, era só amizade mesmo, justamente por isso, eu era inocente e não sabia o que elas ficavam fazendo ali na porta da pensão, e usavam o banheiro da pensão para atenderem os seus clientes.
-        Sério que era assim.
-        Sim, mas eu tive problema com uma delas, que pegava muito no meu pé e queria me machucar.
-        O que aconteceu com ela.
-        Vamos mudar de assunto, eu não quero falar sobre isso.
Regina acha estranho e percebe que a fisionomia dele havia mudado.
-        Você quer falar do que então.
-        De nada só quero ficar quietinho com você.
-        Nossa você só tem oito anos.
-        Quase nove.
-        Que seja, não faz diferença do que eu ia te falar, que você é tão novo, mas já parece tão experiente.
-        Regina a mãe está pedindo para você entrar.
-        Já estou indo.
-        Ela sabia que você iria dizer isso, e disse assim: "fala para ela que é agora", foi o que ela mandou te dizer.
-        É não vai ter jeito, eu vou ter que entrar Doni, a amanhã eu te vejo assim que acordar, espero que consiga dormir e não sonhe a noite inteira com o você e com aquele homem no cavalo.
-        Que homem no cavalo?
-        É um homem e duas crianças, eu sempre sonho que estou cavalgando na garupa do seu cavalo junto com ele e nós sempre vamos até uma cachoeira.
-        Porque você não me falou isso antes, por que só tive oportunidade agora.
-        Vamos Regina, a mãe vai brigar comigo se eu voltar sem você.
-        Espera Cátia, deixa ela terminar.
-        E o que mais?
-        O sonho é sempre o mesmo, nós cavalgamos por campo lindo, só que no começo nós estamos em um cemitério e da cova sai um monte de lesmas.
-        Regina eu vou ter que ir aí te buscar?
-        Amanhã eu te conto o resto, deixa eu ir, beijo pena que não posso te beijar agora, tchau.
-        Tchau Doni, diz a Cátia sendo carinhosa pela primeira vez com ele.
-        Tchau!
Ele sobe as escadas e vai direto para a varanda e ainda consegue ver a Regina entrando na casa dela, que olha para trás e o vê na varanda e manda um beijo para ele.
Ele fica pensativo sobre o sonho que ela havia lhe contado e fica pensando, como podia estar acontecendo, o sonho dela ira igualzinho o dele, a única diferença é que ela estava na garupa do cavalo dele.
-        Eu preciso saber o que mais ela sonhou, preciso de mais detalhes, agora não temos muito assunto para falar, mas vou ter que esperar até amanhã, mas não vou mesmo, vou esperar todos dormirem e vou descer pelo cano do tanque e vou até a janela dela.
Ele pensa isso e parecendo uma transição de pensamento a Regina aparece na janela do quarto dela fazendo sinal para ele, ele olha para ela tentando entender o sinal, e ela faz sinal para ele dizendo que vai deixar a janela aberta.
-        Nossa ela leu a minha mente.
E assim como planejado, ele espera a sua mãe dormir e o namorado dela, e na calada da noite ele sai pela varanda e desce pelo cano, pula no tanque e pula no chão ele pula o portão da casa da Regina e vai até a janela dela, olha dentro do quarto e se assusta com o vulto que vai na direção dele.
-        Que susto!
-        Ficou com saudade meu amor?
Ela diz isso e beija ele.
- Você já estava dormindo?
- Não, não consegui pegar no sono, não consigo para de pensar em você.
- Eu preciso saber que mais você viu no sonho?
-        Deixa eu pular aí para fora, para não acordar a minha mãe.
Ele a ajuda a pular e se afastam da janela ficando na lavanderia.
- O que você queria saber mais.
-        Me conta tudo.
-        Deixa eu ver se me lembro, começa assim: Nó estamos em um cemitério olhando uma campa onde tem varia fotos de uma família e de repente começa a sair um monte de lesmas, mas essas lesmas nos transportam para um outro lugar onde eu apareço montado na garupa do seu cavalo, e ao nossa lado estão uma menina e um menino e depois um homem em um cavalo branco se junta com a gente.
-        Esse homem usa um uniforme de militar, tipo o que o Napoleão Bonaparte usa.
-        Isso mesmo, como você sabe?
-        É porque eu tenho o mesmo sonho, só que no meu eu estou sozinho, cavalgando ao lado deles, algumas vezes o sonho muda um pouco, no final, como você falou da cachoeira, as vezes muda para uma mata ou um lugar específico.
-        Nosso amor, nós estamos dividindo até os nossos sonhos, o que está acontecendo com a gente?
-        Não sei te explicar, mas é algo muito grande muito poderoso.
-        Que o nosso amor é poderoso, eu já sabia.
-        Nossa ficou muito sério depois que te contei o meu sonho.
-        Desculpa é que realmente isso mexeu comigo, achei muito curioso, como pode nós termos o mesmo sonho, igualzinho, você não ficou curiosa também.
-        Você tem oito anos, mas é quase do meu tamanho, quando estou descalça, olha as nossas bocas ficam da mesma altura.
Ela aproveita e beija ele, ele corresponde, a história do sonho deixou ele mais interessado nela.
Ela senta no tanque e o puxa entre as suas pernas e o beija, ela puxa os shorts do pijama de lado e puxa ele novamente com as pernas.
-        Adorei isso que gostoso, vai bomba, do jeito que só você sabe fazer, assim.
Ela sussurra no ouvido dele e beija a orelha dele encanto ele a penetrava e aquilo deixa ele louco.
-        Aí está me dando aquela coceira, mas dessa vez está mais forte, olha eu gozei saiu um pouquinho de liquido.
-        Nossa essa deve de ter sido muito forte mesmo, porque eu gozei juntinho com você bem devagarzinho, que delícia, mas eu preciso voltar para o quarto, eu não queria, mas eu tenho que ir antes que a minha mãe perceba, ah eu não quero.
-        Eu também tenho que subir de volta, pelo cano do tanque, só me dá mais um beijo, ela volta para o quarto.
-        Vai que eu vou ficar olhando daqui.
Ele sobe pelo cano chega na varanda e olha para ela, que manda um beijo e um tchau para ele.
Donizete Está andando em um grande campo descampado e uma luz muito forte ofusca a sua visão e no meio da luz e avista três silhuetas que estão vindo na sua direção e rapidamente estão ao seu lado, ele as reconhece, era o Coronel e os seus filhos, que rapidamente já estavam ao lado dele.
-        Oi você não trouxe a sua amiga? Diz o Coronel.
-        Ela é muito legal. Diz o menino
-        Eu também gostei dela, ela é muito bonita. Diz a menina.
-        Olha lá, lá vem vindo ela. Diz o Coronel.
-        Olha como ela é linda. Diz a menina
Donizete olha para a Regina ela estava toda de branco, estava mais linda do que de costume.
-        Oi meu amor, já estava com saudade.
-        OI, nossa você está linda demais, assim eu me apaixono, está parecendo um anjo.
Quando ele diz a palavra anjo, acontece uma interferência.
E o coronel vai na sua direção e faz um sinal que não, ele fica sem entender.
-        Vamos nos divertir. Diz o coronel.
E como um passe de mágica eles estavam montados em cavalos que cavalgavam, nas nuvens.
Donizete tenta se aproximar do Coronel para perguntar algo para ele, mas ele se distanciava e o cenário muda de repente eles estavam em um lugar muito lindo e a Regina estava abraçada com a cabeça encostada na costa dele, o lugar  era tão lindo que tirava o folego, havia cachoeiras e o céu estava cor de rosa e refletia no lago de onde o vapor das águas formavam um arco-íris, eles haviam parado os cavalos ao lado de um jardim muito florido e colorido.
-        Coronel posso te perguntar uma coisa?
-        Sim, meu filho, o que você quer saber?
-        Porque eu e ela estamos no mesmo sonho?
O Coronel olha para ele e olha para ela e diz.
-        Por causa do amor.
-        Como assim?
-        Todas pessoas que te amarem de verdade, estarão protegidas de alguma maneira por nós ao inverso de quem tentar te fazer o mal, onde te defenderemos, e sempre que alguém te amar de verdade as suas almas estarão ligadas para sempre aqui, as suas almas estarão ligadas para sempre aqui, vocês até podem se separar os seus corpos, mas os seus espíritos estarão aqui para sempre, uma vez que o amor esteve presente dentro de vocês, como Adão e EVA.
-        Aqui é o Paraíso? Pergunta a Regina.
-        Aos seus olhos sim, se é assim que você imagina o paraíso, é o seu Paraíso.
-        Quer dizer então que as nossas almas estão condenadas a viverem no paraíso para sempre?
-        Depende as pessoas que vocês odiarem, não terão sonhos tão agráveis como este, serão pesadelos terríveis.
-        E o que tem além das cachoeiras? Pergunta Donizete.
-        Vocês nunca vão saber, porque lá é o oposto daqui, para onde são mandadas as almas dos seus inimigos.
-        E o que vocês são?
-        Nós somos meios anjos e meios demônios.
-        Como assim? Pergunta a Regina.
-        Porque nós estamos no meio entre o purgatório e a vida, entre o bem e o mal.
-        Mas porquê?
-        Porque os meus filhos foram vítimas em vida, e eu aclamei por vingança e nunca perdoei quem fez isso com eles, então o amor que eu sinto pelos meus filhos me dá esse equilíbrio, porque eles são o meu lado bom, mas como eu não perdoei quem fez a maldade com eles, me deixou preso e esse lado é o meu lado negro, que não consigo esquecer e me liga com a vida terrestre e é de onde eu abasteço o lado negro com a alma de quem tenta fazer mal para alguém que protejo como se fosse um filho meu.
-        Eu sou como um filho para o senhor.
-        Sim, a primeira vez que te vi na minha cova, eu te protegi e ali criamos um elo que não pode mais ser quebrado e agora estamos lincados e eu preciso de você, para poder fazer o bem através de você, mas consequentemente o mal, quando eu precinto que uma pessoa quer lê fazer o mal e agora eu não sei como resolver isso.
-        Aqui onde estamos agora é o purgatório ou o paraíso? Pergunta a Regina
-        Aqui é uma parte da minha fazenda no passado onde eu criei um elo com esse menino no tempo dele, só está um pouco mais bonito por causa do seu amor por ele, o seu amor por que deixa tudo assim mais bonito, diferente do outro lado onde o ódio das pessoas por ele deixa tudo mais triste.
-        Então esse é o nosso lar espiritual, a partir de agora?
-        Sim, mas agora chega de perguntas e vamos aproveitar o Paraíso.
Eles entram na água, Doni e Regina estavam pelados com os corpos nus, as suas roupas haviam sumido, Doni estava tão hipnotizado pela beleza do corpo da Regina que não percebeu que o coronel e os meninos haviam sumido, agora só estavam os dois se beijando no centro daquelas águas cristalinas.
-        Acorda Donizete, seu dorminhoco, você já dormiu praticamente a manhã inteira e eu preciso arrumar a sala.
Ele levanta com a sua mãe puxando a coberta, ainda desnorteado com o sonho ele vai até o banheiro, lava o rosto escova os dentes e olha no espelho.
-        Preciso falar com a Regina.
-        Mãe posso sair?
-        Não.
-        Porque não?
-        Porque hoje é domingo e o João comprou um leitão para a gente fazer no almoço e quero que você almoce com a gente, não suma e nem me apareça estrupidado aqui e tem mais, você está de castigo por ontem.
-        Ah não.
-        Ah sim, pode sossegar o seu facho aí.
Ele vai até a varanda e fica olhando para a casa da Regina que aparece no portão e dá um oi e manda um beijo, beijando a mão e assoprando para ele.
Ela vai saindo e chama ele.
-        Vem desce eu vou lá na casa da Bete, que ir comigo?
Ele faz sinal que não pode, sinalizando que a sua mãe não iria deixar.
Ela não entende.
-        Estou de castigo, minha mãe não quer deixar eu sair, ela escondeu a chave da porta. Fala ele baixinho.
-        Que pena, eu precisava falar tanto com você.
-        Espera, me espera lá no portão que eu já te encontro lá.
Ele entra tira a roupa de dormir e coloca uma roupa melhor e espera que a sua mãe se distraia e desce pelo cano de água até o tanque, pula no quintal e corre para o portão.
- Vamos Regina, antes que ela perceba.
Eles saem pelo portão e assim que eles saem ela diz.
Me dá um beijo, estou precisando muito do seu beijo, eu sonhei a noite toda com você de novo, mas essa noite eu senti você mais presente comigo, como se eu estivesse acordada.
- E conversando com o Coronel.
-        Sim ele explicou porque estamos lincados agora.
-        Que é pelo o amor que você sente por mim.
-        Isso mesmo, o seu sonho foi igual.
-        Acredito que estivemos no mesmo sonho
-        Que loucura que é essa, o que está acontecendo?
-        Eu não sei te explicar também demorei um pouco para entender, a minha ligação com tudo isso, eu até sei quando começou, agora como eu envolvi você nisso eu não sei.
-        Mas no que exatamente você me envolveu?
-        Eu acho que vou ter que esperar para ver até onde as coisas são reveladas para você, aí eu acho que só aí eu vou poder te explicar melhor, senão você não vai entender e vai ficar com medo e aí eu não sei o que pode acontecer.
Ela fica pensativa.
Está bem, a casa da Bete é lá embaixo na estrada de terra, vamos logo.
Eles vão de mãos dadas até a casa da Bete.
Chegando lá, estavam toda a família dela, os irmãos dela mais novos e o mais velho também e mais alguns amigos deles.
-        Oi para todo mundo.
Tudo mundo responde, mas ficam olhando para o Donizete querendo saber quem era ele.
A Bete o apresenta para todo mundo.
-        O que vocês estão fazendo. Pergunta a Regina,
-        Estamos aqui conversando e esperando a nossa mãe terminar o almoço, ela está fazendo frango e uma macarronada gigante.
- E vocês, o que vieram fazer aqui, eu ia me esquecendo menino, estava preocupada com você pôr ontem, você nos deixou doida, como você desaparece assim e depois me aparece todo machucado.
-        Eu conheci dois meninos e fui pegar uma pipa cm eles e acabei me machucando.
-        Estou vendo você perdeu até um pedaço da sobrancelha.
-        É e por causa disso a mãe dele não queria deixar ele sair e ele saiu escondido agora, se ela souber que estou com ele vai ficar muito brava, porque ontem ela falou que fui eu que deixei ele se machucar, mas foi aí que descobri, que essa pestinha não é tão inocente assim não, segundo a mãe dele, ele vivia com uma galera lá no centro da cidade e já fez coisas e viu coisas que a gente nem imagina, ele é muito do rodado.
-        Mas como assim amiga, ele é muito novo para isso,
-        Pois é, é difícil de acreditar, mas pelo o que a mãe dele falou o negócio era barra pesada, que ela nem sabe como ele está vivo, e foi por isso que eles se mudaram para cá.
-        Caramba, quem podia imaginar, mas bem que eu senti, que quando nós brincamos com ele a primeira vez, percebi que nada daquilo era surpresa para ele, achei até estranho a naturalidade como ele agiu, agiu como uma pessoa mais experiente, que não se assustou com as nossas sacanagens.
-        Agora eu também entendi, como ele aprendeu tão rápido, mas é por isso que a mãe dele não quer que ele saia por aí, para não aprontar.
-        Amiga essa semana não vamos ter aula é Carnaval o que vamos fazer? Viu Donizete a sua mãe falou que as suas aulas começavam na segunda, mas ela esqueceu que é Carnaval, as suas aulas só vão começar na quinta-feira. Fala a Regina.
A mãe da Bete vem da cozinha e diz.
- Nossa, quem é esse menino lindo?
-        É meu namorado Dona Rita.
-        Seu namorado, nada boba você, mas ele não é muito jovem para você e para namorar também, quantos ele tem?
-        Estou brincando, ele é meu vizinho ele tem quase nove anos só, ainda é uma criança.
-        A bom, ele é muito lindo, até eu queria esperar ele crescer para namorar com ele, que coisa fofa.
Todos riem.
-        Eu preciso que vocês vão buscar algumas coisas na venda, acho que a vendinha daqui já deve de estar fechada por isso vocês vão ter que ir na venda lá em cima na perto da avenida.
Ninguém se manifesta.
- Ninguém quer ir, tá bom, eu ia falar para comprar uns doces, mas já que ninguém quer ir, vou poupar o meu dinheiro.
- Eu vou mãe. Fala o irmão mais velho.
-        Eu vou também. Fala o irmão mais novo. Que estava aprontando alguma e carregava uma sacola cheia de ovos.
-        Vocês podem até ir, mas eu quero que a sua irmã vai junta para comprar e dividir os doces, se não vocês comem tudo e não deixa nada para ninguém e para não aprontarem nada na rua, porque hoje é carnaval e vocês sabem a bagunça que é e é perigoso.
-        Eu vou sim mãe e aproveito e para comprar o shampoo.
A mãe dela dá o dinheiro na mão dela e ela sai e atrás dela sai aquela turma e eles vão fazendo bagunça pelo caminho apertando as campainhas, mexendo com as pessoas na rua.
-        Olhem lá é o Carniça, vamos zoar ele, vamos atacar ovo nele? Diz o irmão mais velho.
-        Carniça era um bêbado morador de rua, que pelo fato dele não tomar banho ele fedia e a criançada o havia apelidado de Carniça por causa do seu fedor.
-        Vamos concorda o irmão mais novo, toma pega uns ovos aqui.  Eles passam por ele e começam a xingar.
-        Carniça fedido que não toma banho, carniceiro fedido.
O morador de rua se levanta e eles atacam ovos nele e correm e o Carniça corre atrás deles e todos correm rindo até conseguir despista-lo.
-        Pronto despistamos o Carniça, agora vamos jogar ovo nos ônibus. Diz o irmão mais novo.
-        Vamos, mas tem poucos ovos, vamos jogar barro, pega essa lata ai desse lixo e vamos enche-la de barro.
Eles enchem a lata de ferro de barro de uma possa e ficam esperando na esquina até que um ônibus passe, eles dividem os ovos dando alguns para o Donizete jogar também.
Assim que o ônibus passa por eles, eles bombardeiam o ônibus atacando ovos e o barro sujando todo o ônibus e as pessoas que estavam com a janela aberta.
Eles correm dando risadas e entram no mercado para disfarçara.
-        Pronto agora se comportem e vamos comprar o que a mamãe mandou o refrigerante e o shampoo e os nossos doces. Coordena a Bete.
-        - O dinheiro não vai dar para comprar doces para todos nós. Diz a Bete
Donizete concorda e diz.
-        Tudo bem, não precisa pode ir lá pagando que a gente já te encontra lá fora, Regina vem comigo!
Ele pega na mão dela e vai até a sessão de doces e coloca alguns chocolates dentro da caução e vai saindo, mas na saída a segurança segura eles e os levam para o depósito.
-         Cadê o chocolate que você roubou? Se você não entregar agora eu vou dar uma surra em vocês dois.
A Regina começa a chorar e o Donizete olha para ela e quando o Segurança dá o primeiro tapa nele, a janela do depósito se escurece e o chão e todo do deposito é tomado por lesmas, os seguranças se assustam e se afastam ficando encurralados em um canto do depósito, as lesmas rodeiam o Donizete e a Regina protegendo os dois e abrindo um caminho para a porta deixando os seguranças encurralados em um canto morrendo de medo e sem entender o que estava acontecendo.
O Donizete e a Regina saem andando normalmente do mercado e vão de encontro a Bete e dos seus irmãos que o esperavam um pouco mais adiante.
A Regina estava um pouco confusa.
O Donizete tira os chocolates do caução e divide com todo mundo e a Bete diz.
-        Malandrinho, você em, então era esse tipo de coisa que você fazia lá no centro, era disso que a sua mãe estava falando para a Regina?
Ele dá de ombros para ela e enfia um pedação de chocolate na boca e tira um outro pacotinho de chiclete, divide com todo mundo menos com a Regina, ele engole o Chocolate e finge que colocou todo o restante do chiclete na boca.
-        Eu queria um chiclete, estou precisando de mais doce para assimilar o que aconteceu. Diz a Regina.
-        O que aconteceu amiga? Porque realmente você está branca, está passando bem? Diz a Bete.
-        Se eu te contar, você não vai acreditar não amiga.
Donizete interrompe ela e diz.
-        Se você quer chiclete, vai ter que pegar da minha boca.
-        Isso é fácil.
Ela dá um beijo nele e rouba o chiclete da boca dele.
A Regina fica querendo falar alguma coisa para a Bete, ela estava querendo entender o que estava acontecendo, e queria dividir com a amiga e o Donizete faz com a cabeça que não.
A Bete fica confusa.
-        Olhem o Carniça de novo. Grita o irmão mais velho.
O que desvia a tenção da conversa mudando de assunto.
E as crianças passam pelo morador de rua e começam a xinga-lo novamente, só que dessa vez ele corre atrás das crianças mais rapidamente, elas correm dando risada e se distanciam dele, no caminho eles avistam um pé de manga, próximo da estrada onde havia uma cerca de madeira de mais ou menos uns três metros de altura por onde poderia subir, pelas ripas pregadas que formavam pequenos quadrados, que serviam de degraus e assim poderiam apanhar as mangas no alto da árvore.
E a Bete dá uma ideia.
-        Meninos peguem algumas mangas verdes para nós comermos depois com sal!
E assim sobem na cerca o Donizete e os irmão da Bete, o Donizete sobe bem mais no alto da cerca para pegar as mangas maiores e os irmãos da Bete ficam no meio da cerca.
O Donizete apanha algumas mangas e joga para a Bete e para a Regina segurarem e se equilibrava na pontinha da cerca enquanto a Regina gritava.
-         Cuidado para não cair, não quero ser culpada de novo se você se machucar.
Assim que ela acaba de gritar o Carniça que não havia desistido de pegar eles, e chega próximo deles, a Bete e a Regina correm. O Carniça começa a balançar a cerca de madeira querendo derrubar eles os irmãos da Bete como estava mais baixo eles pulam e correm sem olhar para trás deixando o Donizete na cerca sozinho no alto.
Só a Regina estava olhando preocupada com ele e o Carniça balançava a Cerca, querendo derruba-lo até que cerca dá um estalo de quebrando, mas antes da cerca cair, a cerca toda se transforma em lesmas, umas cruzadas nas outras.
O Carniça olha aquilo e fica confuso e estático e diz:
-        Oxi! Que diabo é isso? Que nojo acho que preciso parar de beber.
 Como o Carniça havia balançado a cerca com força um pouco antes, a verdadeira cerca se quebra e o Donizete cai por cima dele e depois a cerca cai por cima deles, o Carniça amortece a queda do Donizete, mas mesmo assim ele se machuca, mas se levanta rapidamente deixando o Carniça embaixo da cerca, junto com as lesmas e corre.
-        Tira essas coisas gosmenta de mim, eu prometo que paro de beber e volto a frequentar a igreja, mas tiro isso de mim, aí está me mordendo, socorro! Gritava o Carniça.
Já lá na frente quase chegando na casa da Bete, a Regina pede para o Donizete deixar ela ver os seus machucados.
-        Meu Deus ontem você havia ralado o joelho esquerdo, o cotovelo sovaco e a sobrancelha, agora você machucou igualzinho do lado direito, até a sobrancelha ficou igualzinha, sem uma parte e machucou também atrás da orelha.
-        E sem falar que ele está fedendo e sujo de ovo também, o Carniça passou o cheiro para ele. Diz a Bete.
-        Você não pode voltar assim para sua casa a sua mãe vai surtar e me culpar de novo, o que a gente faz? Diz a Regina.
-        Toma um banho lá em casa e a gente cuida dos machucados dele. Diz a Bete
Eles chegam na casa da Bete.
- A minha mãe não pode ver ele assim também se não ela vai se preocupar e querer levar ele na casa dele, nossa mas ele está fedido, deixa eu entrar e distrair a minha mãe depois você entram e vão direto para o banheiro e você entra com ele Regina e ajuda ele com os machucados e depois a gente vai para o meu quarto que eu levo os curativos lá, vou pedir para os meninos me ajudarem.
Ela entra e entrega as comprar para mãe na cozinha e pede para os irmãos dela avisarem a Regina e o Donizete a entrarem.
Eles entram e vão direto para o banheiro, já dentro do banheiro, ele tira a roupa e entra no chuveiro fazendo cara de dor dizendo que estava ardendo.
A Regina o ajudava passando o sabonete bem de levinho nas feridas e ela resolve também tirar a roupa para não molhar e entra no chuveiro com ele.
Ela vai passando o sabonete nele lavando e beijando os machucados, ela passa sabão por todo o corpo dele e ele retribui passando no dela, os dois ficam embaixo do chuveiro deixando a água cair e tirar o sabonete e os seus corpos se entrelaçam e fazem amor embaixo do chuveiro.
A Bete bate na porta do banheiro e diz baixinho.
-        Sai logo!
Eles se trocam.
-        Não coloca essa camiseta não, ainda está fedida, vamos lavar ela e deixa-la no sol para secar, depois a gente a pega, vamos primeiro dar uma disfarçada nesses machucados.
Eles entram no quarto da Bete e elas passam mertiolate e limpam as feridas e disfarçam com maquiagem.
-        Pronto agora só falta lavar a camiseta dele que ficou lá no banheiro.
-        Eu pego e lavo, mas só uma coisa, porque você também está com o cabelo molhado? Por acaso vocês não transaram no meu banheiro né?
Donizete olha para a Regina que olha para a Bete, e ri.
-        Não acredito, vocês dois estão parecendo cachorro no sio, não pode um tocar no outro.
A Bete sai reclamando e pega a camiseta a lava e a deixa secando no sol.
A Regina Abraça o Doni e dá vários beijinhos nele e diz.
-        Eu te amo de mais, mas não estou entendo o que está acontecendo, eu acho que estou vendo coisas, primeiro lá no mercado, eu vi mesmo o deposito todo se encher de lesmas e nos tirar de lá, depois eu vi a cerca se transformar em lesmas trançadas, aquilo aconteceu mesmo?
Donizete se ajeita e chega mais perto dela e diz.
- Você lembra do seu sonho?
- Sim, lembro.
- Então lembra como começa?
- Com as lemas na entrada da cova.
- Pois é por isso eu falei que seria difícil te explicar, que só depois você iria entende.
-        Mas não estou entendendo, o que tem isso a ver com o sonho?
-        Esse é o elo que eu tenho com eles.
-        Como assim, você está me dizendo que o sonho é real, é isso.
-        As Lesmas que você viu não era real.
-        Sim eram, quer dizer eu acho que era, mas como pode isso?
-        Você lembra no sonho quando ele diz que me protege, sempre que alguém tenta me fazer mal?
-        Sim, então foi por isso que a Bete, disse que viu lesmas aquele outro dia, ela não estava vendo coisas, ela estava judiando de você e as lesmas ou o Coronel entendeu que ela estava querendo te fazer mal.
-        Isso mesmo.
-        Mas como ele sabe, onde ele fica.
-        Eu acho que está dentro de mim.
-        Mas como?
-        A uns meses atrás, eu cai dentro de uma cova de um cemitério, aquela que aparece nos sonhos, e fiquei desacordado dentro dessa cova por um tempo e as lesma me ajudaram a sair e acredito que ali foi onde tudo começou, porque depois disso começou a acontecer essas coisas e  o segurança do cemitério me contou toda a história do Coronel e dos seus filhos que haviam sido sequestrados e esquecidos ou deixados para morrer dentro de um barracão na própria fazendo do coronel e os seus corpos estavam cobertos por lesmas.
-        Poxa, que história triste, eu vi tudo isso, mas ainda não sei se acredito estou confusa e esse desejo por você que parece que aumenta a cada dia mais que já nem sei mais quem sou, eu só quero você o tempo todo, o que está acontecendo?
-        O Coronel explicou para nós no sonho, quando eu perguntei, porque estávamos tão apaixonados, e eu sou tão novo para isso, ele disse em charada, assim: "Vocês são novos, mas o espirito não, o amor de vocês dois não é de hoje, já é caso antigo, vocês estão reparando um erro".
-        O que ele quis dizer com isso?  Que nós já fomos amantes em vidas passadas, porque para mim é o que eu entendi, será que é por isso que quando eu te vi pela primeira vez, eu senti o meu coração bater mais rápido e não tirei você nenhum minuto a mais dos meus pensamentos, ou isso é um castigo por algo que te fiz no passado?
-        Não sei nós vamos ter que descobrir juntos, porque eu também quando te vi senti uma coisa estranha também.
-        O que será agora estou curiosa, como vamos descobrir?
-        Nós vamos ter que ter paciência, e nos nossos sonhos tentar perguntar para o Coronel.
-        A Bete retorna.
-        Vem vamos descer e ficar lá embaixo, para a gente almoçar, toma Doni usa uma camiseta do meu irmão até a sua secar.
Eles almoçam a mãe da Bete fica olhando para o Doni, percebendo que ele estava diferente da hora que chegou, mas não diz nada.
Eles acabam de almoçar e ficam no quintal.
-        Agora a sobremesa, Geladinho e depois manga com sal, essas mangas deram muito trabalho, por isso não vamos desperdiça-las.
-        O geladinho vermelho é meu. Diz a Bete separando ele da forma onde estavam todos os geladinhos.
-        Eu fico com esse branquinho. Diz a Regina.
Os irmãos dela pegam na frente do Donizete, deixando um bem mal-acabado para ele, mas ele não se importa, mas quando ele fura o saquinho.
-        Umm, que delícia é de goiaba.
-        Deixa eu experimentar o seu. diz a Regina.
-        Agora deixa eu experimentar o seu! Diz o Doni.
-        Vai ter que pegara de dentro da minha boca.
Ela coloca um pedaço grande sobre a língua e dá a boca para ele pegar.
Ele encaixa a boca dele com a boca dela e se beijam e no finalzinho ele puxa o pedaço de gelo da boca dela e limpara a boca com o braço.
- Que delícia é de Coco sabor Regina.
Todos riem.
-        Nós vamos ter que ir embora Doni, mas não podemos chegar juntos, por isso eu vou na frente e você espera um pouco e entra depois.
Regina entra na vila e dito e feito a mãe do Doni abre a porta para ver se era ele e pergunta para ela.
-        Você viu o Donizete?
-        Eu o vi empinando pipa com umas crianças aqui na rua de baixo.
-        Obrigado, eu vou atrás dele.
Donizete esperava um pouco na rua de onde ele avista o Michel e o Eduardo, ele vai até eles.
-        O Menino você está bem? Aquele dia você caiu por cima do carro com telha e tudo, nós pensamos que você tinha morrido.  Fala o Eduardo.
-        Nossa, mas você se machucou bastante. Diz o Michel.
-        Um pouco, mas esses machucados são de hoje. Diz o Donizete.
-        Posso empinar com vocês?
-        Sim pode, nós ficamos preocupados com você. Diz o Eduardo.
Eles brincam com as pipas, Donizete pega algumas pipas e vai guardando-as no cantinho do muro da vila e corre para voltar para junto dos meninos.
-        Nó vamos lá na avenida Cabuçu , ou na antiga linha de trem , você quer ir com a gente, empinar pipa de lá. Fala o Eduardo.
-        Vamos, é legal lá?
-        Sim, lá tem uma galera que faz as pipas na hora. responde o Michel.
Eles vão andando até a avenida e os meninos alertam o Donizete.
-        Você tem que tomar cuidado, aqui nessa avenida ela é perigosa. Dia o Eduardo.
-        Uma vez um menino foi atropelado de bicicleta aqui e a bicicleta e o seu corpo foram parar em cima do telhado de uma casa, demoraram dias para achar o corpo do menino. Conta Michel;
-        Nossa, foi tão alto assim! Exclama Donizete.
-        Sim, foi uma pancada muito forte, porque o pessoal tira racha aqui nessa avenida e eles acostumam perder o controle do carro na curva da morte, que é aquela curva ali. Aponta Michel.
-        Por isso as vezes nos preferimos ir lá da linha velha do trem. Diz Eduardo.
-        Vamos ficar um pouco aqui, se estiver muito perigoso a gente vai de lá. Fala O Michel.
Donizete só acompanhava eles.
Eles começam a empinar, de repente uma pipa bonita vem caindo e o Donizete corre para pega-la, ele pega a pipa e um homem com um fusca verde para do seu lado e diz.
-        Me dá essa pipa ai menino, eu vou levar para o meu filho. Diz o Homem.
-        Não, é minha fui eu quem a pegou, não vou te dar não.
-        Vai menino a temporada de pipa já está acabando, e essa pipa é muito grande para você, vai me dá ela aqui ou eu vou te bater.
Donizete tenta correr, mas o homem dá uma rasteira nele e ele cai com tudo na terra, o Homem pega a pipa e dá um chute nele, Donizete fica com dor no chão o homem coloca a pipa no banco de trás do fusca verde espera o trânsito parar para ele dar a volta e entrar no banco do motorista.
Donizete levanta e olha bravo para o homem.
O Homem arranca com o carro e quando ele estava a alguns metros da curva da morte, o seu carro começa se encher de lesmas, dificultando a sua visão e o controle do carro, o Homem entra em pânico e o seu carro passa reto na curva batendo de frente com um caminhão que vinha na mão contrária, foi ouvido um barulho muito alto e a pancada também foi tão forte que arremessa o homem com banco e tudo fora do carro, a uma altura exorbitante e destruindo o carro por completo, o corpo do homem já cai morto no chão muito machucado a cabeça dele estava rachada no meio.
As pessoas se aglomeram em volta do corpo alguns vão verificar se estava tudo bem com o motorista do caminhão e o Donizete simplesmente vai andando até o resto do fusca olha no banco de trás onde ainda estava a sua pipa, um pouco rasgada e apega de volta e sai andando na direção dos meninos, que estava chocados com o que tinha acontecido.
-        Você está bem? Pergunta o Eduardo.
-        Sim estou, está doendo um pouco. Responde o Donizete.
-        Você viu o que aconteceu com o cara que tentou te roubar a sua pipa, Deus me livre, mas bem feito para ele, quem mandou ele te bater, Deus castiga, se ele não tivesse parado para te tomar a pipa nada disso teria acontecido. Comenta o Michel.
-        Vamos sair daqui, vamos lá de onde vocês falaram, acho que vai ser melhor. Diz Donizete.
-        Vamos, mas você com tudo que aconteceu foi lá e pegou a pipa de volta, não ficou com medo? Diz Eduardo olhando para o Michel.
Donizete dá de ombros e atravessa a avenida para o outro lado e diz.
-        Vamos logo, onde vocês falaram.
-        Que menino estranho. Comenta o Michel para o Eduardo.
Eles atravessam a Avenida também e entram na rua de terra que dava acesso no a antiga linha de trem, no meio do caminho eles encontram uns amigos e comentam.
- Vocês viram o que aconteceu, agora aí na avenida?
-        Nos escutamos o Barulho. Fala o menino mais velho que terminava de fazer uma pipa, os meninos o chamavam de Caca.
Os outros meninos correm para a avenida para ver o que tinha acontecido e o Donizete senta do lado do Caca e fica observando ele preparar a pipa, que pergunta para ele.
-        Quem é você?
-        Eu sou o Doni.
-        Doni, legal. Você é novo por aqui?
-        Sim, eu morava lá no centro da cidade. Diz o Donizete.
-        E lá não tinha muitas pipas lá?
-        Não, quase nenhuma. Diz o Donizete
-        É, mas esse é o último final de semana, já começou as aulas e já estamos no carnaval, semana que vem, você quase não vai ver mais pipas no alto, talvez meias Dúzia de gatos pingados.
-        Você gosta muito de pipa?
-        Sim eu gosto bastante.
-        Legal, eu também, já estou um pouquinho velho para isso, porque tenho mais de dezoito anos, mas isso é um vício eu adoro a liberdade das pipas no ar e gosto de sentir o vento no rosto.
Donizete só concorda com a cabeça.
-        Você quer empinar comigo, quer me ajudar.
-        Sim.
-        Então me ajuda a fazer a rabiola e passara cortante que depois nós vamos empinar lá de cima do morro da antiga linha de trem.
Donizete ajuda o Caca a terminar a pipa, e os dois sobem para o morro onde o Eduardo e o Michel já estavam lá.
-        - Você sumiu, nós pensamos que você tinha ido com os outros caras ver o acidente.
-         Não fiquei ajudando o Caca a fazer apipa dele.
-        Os meninos olham para o Caca, que estava com uma pipa bonita com uma rabiola muito grande que diz para o Donizete.
-        Vem Doni me ajuda aqui vem empinar comigo e deixa esses manés aí, que depois que a minha pipa subir eu vou cortar eles para irem embora logo.
Donizete segura a pipa para o Caca que puxa levantando ela, a rabiola era tão grande que o Donizete vai guiando a rabiola para ele, Caca vai deixando a pipa bem longe enquanto passava cortante na linha, quando a pipa estava bem longe o Caca, chama o Donizete para segurar a pipa dele para ele lavar a mão do cortante. Donizete segura a pipa e diz.
-        Nossa que força, parasse que vai arrebentar a linha.
-        A linha é nova não vai arrebentar, mas não faz nada fica parado que eu já volto.
Donizete balança a cabeça dizendo que sim e fica admirando a pipa bem longe, quase perdendo a de vista.
Caca volta pega a lata de linha da mão do Donizete, e faz algumas manobras com a pipa a fazendo descer reto e cortando uma outra pipa bem longe.
-        O cortante ficou bom, vem Doni vamos lá de trás para a gente cortar esses manés.
Eles vão para trás do morro, onde o Caca manobra a pipa a direção das pipas do Eduardo e do Michel e dá a linha na mão do Donizete dizendo:
-        Toma Doni, agora é só você deixara a pipa subir e quando pegar na linha deles, você só descarrega um pouquinho de linha.
Donizete segue as ordens do Caca e corta as pipas do Michel e do Eduardo.
-        Parabéns Doni é isso aí garoto, vão embora, vai seus patos, somem daqui.
Donizete vibra com a façanha, mas fica chateado com os amigos que perderam as suas pipas que vão embora sem falar tchau para ele.
-        Deixa esses manés aí, vamos para o outro lado cortar aquelas pipas lá longe, vem me ajuda aqui.
E assim eles limpam o céu e já começava a escurecer, Caca recolhe a sua pipa e pergunta para o Donizete.
-        Você quer umas pipas eu tenho algumas pipas lá em casa e como vai acabar o tempo e eu não perdi essa e você me ajudou eu vou te dar elas.
Donizete acompanha ele até a casa dele, mas quando eles chegam l, alguns amigos do Caca perguntam para eles se eles não queriam ir no parquinho de diversão novo que estava abrindo naquela noite.
-        Sim é lógico. responde o Caca
-        Quer vir com a gente Doni, você pode?
Donizete balança a cabeça dizendo que sim, mas na verdade ele não podia e deveria voltar para a casa, mas ele vai com assim mesmo com os meninos até o parque.
De longe eles avistam as luzes do novo parque, Donizete se encanta e se empolga, mas ele não tinha dinheiro.
-        Galera pode brincar, o pessoal da escola de Samba está pagando para gente, mas depois nós vamos ter que ir com eles na avenida Tiradentes para ajudar a empurrar os carros alegóricos, combinado? Diz o Amigo do Caca.
-        Legal eu já iria para lá mesmo e você Doni, se não quiser eu pego os ingressos para você, mas não precisa ir com a gente não, se não poder ir.
Donizete olha para ele e dá de ombros, como dizendo tanto faz.
Caca pega alguns ingressos e dá alguns para o Doni.
Eles brincam no carrinho de batida, na montanha russa, na Roda gigante, mas o Doni estava evitando de ir no trem fantasma.
-        Vamos no trem fantasma Doni?
-        Não, não quero não.
-        Ih, está com medo?
-        Não é isso não.
-        Ah fala a verdade você está com medo?
-        Está bem então vamos, mas depois, não vai se arrepender.
Diz o Doni.
Eles entram na fila e logo já é a vez deles, eles entram no carrinho e no começo estava tudo tranquilo, pequenos sustos, até o carrinho começa a subir para o segundo andar, que os sustos eram mais fortes, já na subida o Doni se assusta com as mãos que o tocavam na subida como se quisessem pega-lo, na sequencia um lobisomem e um morto vivo passa a mão pela sua cabeça, a parte de cima era pessoas maquiadas e assustavam as pessoas com mais precisão e em um desses sustos Doni se assusta muito forte o carrinho e as paredes se enchem de lesmas, o carrinho passa pela parte aberta no piso superior e todo mundo vê o carrinho cheio de lesmas e o Caca gritando de medo, que chamou a atenção para eles e faz todo mundo olhar  para trem Fantasma, o carrinho volta para a parte fechada e desce com tudo na rampa que deu um frio na barriga deles e o carrinho chego no final.
Caca sai correndo do carrinho assustado, mas dando risada.
-        Nosso esse trem fantasma é muito real, dava para sentir os toques das lesmas na pele, que nojo, era muito real.
Donizete estava olhando para ele e não diz nada, só escuta.
-        Olha lá a fila que está formando no trem fantasma depois que nós fomos, acho que gritei demais, fiz propaganda gratuita para eles.  Fala o Caca dando risada.
-        Vamos de novo no carrinho de batida porque a fila do trem fantasma está gigante agora e a do carrinho de batida está vazia. Fala o Donizete não querendo ir de novo no trem fantasma.
Eles entram direto no carrinho de bate-bate e se divertem, quando eles saem do carrinho o amigo do Caca o chama para irem para os ônibus que iriam levar a Escola de Samba para a Avenida Tiradentes.
-        O que você vai fazer Doni? Você vai com a gente ou vai embora? Porque nós vamos voltar muito tarde de lá.
-        Eu quero ir, mas estou com fome.
-        Isso não é problemas lá na quadra tem uns quitutes para comer antes de partir para a avenida. Diz o amigo do Caca.
-        o que é quitutes?
Eles dão risada.
-        Quitutes são comidas, sempre tem cachorro quente, refrigerante e cerveja, as vezes tem até churrasco.
-        Cachorro quente? Pergunta o Donizete.
-        Sim, tem. Responde o amigo.
-        Eu adoro cachorro quente. Diz o Donizete.
Eles vão até a quadra, que estava lotada de gente, e na frente da quadra haviam vários ônibus que faziam fila na porta.
Donizete acha tudo aquilo divertido, as pessoas estavam fantasiadas e a batateira da escola ensaiava, era tudo uma grande festa, no quanto da quadra embaixo da marquise haviam várias mesas com muita comida e o Donizete e o Caca, vão direto na mesa, Donizete vai direto no cachorro quente e na primeira mordida se lambuza de molho.
O Caca olha para ele e dá risada.
Os dois estavam famintos e devoram vários cachorros quentes.
As pessoas começavam a entrar nos ônibus e o Caca e o Donizete entram no ônibus com uma parte dos integrantes da Bateria, que foram fazendo batucada pelo caminho até a Avenida.
-        Vem fica comigo Doni, para você não se perder.
-        Não se preocupa eu conheço bem aqui. Diz o Doni.
Caca olha para ele e acha estranho, mas não pergunta porquê.
-        Nós vamos empurrar o carro alegórico que é um Dragão, disse o meu amigo.
Eles entram na concentração da escola que seria a terceira a desfilar.
-        Achei é esse aqui. Diz o Caca.
-        Vocês que vão ajudar a empurrar o carro alegórico. Pergunta um homem que estava organizando.
-        Sim responde o Caca.
-        E esse moleque aí, vai dar conta, não vamos ter problemas não? Pergunta o homem
-        Eu sou forte, dou conta sim.
O Homem olha para ele e anota na prancheta alguma coisa.
Eles esperam algumas por três horas e a escola começa a entrar na Avenida, eles começam a empurrar o carro alegórico.
Donizete estava encantado com todo aquele colorido e fica admirando tudo, olhava para as pessoas na arquibancada, às vezes, quando o carro tinha que parar ele pegava uma serpentina que estava caída inteira e jogava para o alto ou jogava os confetes do chão no Caca, que jogava de volta nele e os dois se divertiam.
Chegando no final do desfile, Doni e o Caca continuavam jogando coisas um no outro e quando eles vão entrar no ônibus de volta, dois homens do juizado de menores, pergunta para o Doni:
-        Menino onde estão os seus pais?
-        Eles estão em casa porque? Diz o Donizete.
-        Porque você é uma criança e não poderia estar aqui sozinho uma hora dessa, por favor nos acompanhe.
-        O que está acontecendo? Pergunta o Caca.
-        O que você é desse menino? Pergunta um dos homens.
-        Ele é meu amigo ele veio comigo. Responde o Caca.
-        Quantos anos você tem. Pergunta o homem
-        Eu tenho dezoito anos. Responde o Caca.
-        Você tudo bem, mas esse menino não poderia estar aqui, no meio de toda essa bagunça, pessoal bebendo usando droga e fazendo até outras coisas, nós vamos ter que leva-lo para a delegacia e de lá para o juizado de menores, caso a mãe dele demore para busca-lo.
-        Mas para que delegacia vocês vão levar ele? Pergunta Caca.
-        Para a primeira delegacia no centro, na rua Robert Simonsen. Diz o policial.
Eles colocam o Doni dentro do carro e vão embora com ele.
Caca fica sem saber o que fazer, ele não sabia onde o Doni Morava, mas ele pensa rápido.
- Os Mané das pipas que estava com ele hoje à tarde, eles devem saber onde ele mora.
Ele entra no ônibus e chegando no seu bairro, ainda não podia fazer nada porque ainda estava muito cedo para encontrar os meninos das pipas, ele só sabia onde era a rua deles, mas não sabia onde era a casa, então ele decidiu dormir um pouco e mais tarde tentar achar os meninos.
Caca acorda e a primeira coisa que lhe vem à cabeça e o Doni.
-        Preciso ir tentar descobrir onde o Doni mora e avisar a mãe dele.
Ele levanta, lava o rosto, como um pedaço de pão, porque já estava quase na hora do almoço e sai rapidamente.
Chegando na rua onde ele achava que os meninos moravam, ele vê alguns meninos e vai até ele e pergunta.
-        Ei vocês sabem onde que mora dois manés que sempre estão juntos empinando pipas, um alemãozinho magrinho e o outro com um cabelo tigelinha

-        Acho que você está falando do Michel e do Edu. Diz o menino.
-        Eu não sei o nome deles, mas eu acho que são esses manés mesmo. Diz o Caca.
-        O Edu morar nessa Viela, vai ter uma perua branca parada em frente à casa dele.
Caca entra na viela e vai andando até uma casa onde havia uma perua branca estacionada na porta, ele aperta a campainha e uma mulher atende a porta.
-        Bom dia moça eu posso falar com o Edu.
-        O que você quer com ele, você não acha que é muito velho para brincar com ele. Diz a mulher que deveria de ser a mãe do Edu.
-        Não, não é nada disso senhora, eu só preciso saber se ele sabe onde mora uma pessoa?
-        Meu filho virou posto de informações agora, ele não está saiu com o pai dele e tenha um bom dia.
A mulher fecha a porta na cara do Caca.
Caca fica ali com cara de dúvida e pensa.
-        - Mulher grossa, acho que vou ter que perguntar para os moleques onde que mora o outro.
-        E molecada onde morar o outro menino que vocês falaram?
-        Ele mora lá naquela casa Marrom. Aponta um menino na direção da casa.
Caca vai até a casa procura pela campainha e não acha, então ele decide bater palmas.
É o próprio Michel que atende a porta.
-        O que você quer? Pergunta o Michel
-        Lembra aquele moleque que estava com vocês ontem lá na linha do trem.
-        O Donizete?
-        Isso.
-        Oque tem?
-        Você sabe onde ele mora?
-        Eu sei que é aí para baixo, porque ele sempre vem de lá, mas não sei qual é exatamente a casa.
-        Putz e agora, mas valeu vou tentar descobrir, valeu!
Caca desce a rua e pergunta pra uma senhora, que vinha subindo, que informa que não, que não conhecia, ele desce mais um pouco e para a sorte dele a Cátia vinha subindo.
-        Ei menina por acaso você sabe onde mora o Doni?
-        O Donizete que conheço é um menino. Diz a Cátia.
-        É esse mesmo, onde é a casa dele.
-        A casa dele é aqui, e a proposito a mãe está louca atrás dele dês de ontem. Diz a Cátia.
-        Pois é eu sei onde ele está.
-        Você sabe, vem eu te levo até a casa dele.
A Cátia o acompanha até a casa do Doni, que sobe as escadas e bate na port.
A Regina que estava aflita, olhando do portão dela vê a irmã entrando com o rapaz e vai na direção dela.
-        Quem é ele?
-        Ele disse que sabe onde o Doni está.
-        Que bom!
A mãe do Doni abre a porta e se depara com aquele rapaz mal-encarado.
-        Pois não?
-        A senhora que é a mãe do Doni?
-        Sim, sou eu, você sabe onde ele está?
-        Sei sim, ele está na primeira delegacia lá no centro.
-        Delegacia, lá no centro?
-        Sim na rua Robert alguma coisa.
-        Aí meu Deus como ele foi parar lá?
-        Isso é um alonga história, ele estava com a gente no Carnaval ajudando a empurrar os Carros alegóricos e o Juizado de menores pegou ele.
-        Mas como ele foi para lá no Carnaval? Pergunta a mãe.
-        Ele entrou no ônibus da escola aqui do bairro e foi parar lá.
-        Mas quem levou ele?
-        Na verdade, fui eu, ele falou que queria ir junto e acabei levando ele, acho que um pouco é a minha culpa, me desculpa.
-        Não a culpa é dele mesmo, ele fugiu aqui de casa pelo cano de água.
-        É ele é muito esperto mesmo, mas a senhora tem que ir logo buscar ele, se não eles vão leva-lo para a Febem.
-        Acho que vou pegar um Taxi, ele deve saber onde fica essa delegacia, muito obrigado pela ajuda eu já estava ficando louco, não dormi a noite inteira preocupada com ele, imaginando que alguma coisa pior poderia ter acontecido com ele.
Caca desce as escadas onde na ponta da escada estavam as meninas, tentando entender o que estava acontecendo e em seguida, saí a mãe do Donizete correndo, ela vai até a avenida onde ela pega um taxi.
O Taxista a deixa na porta da delegacia.
-        - Por favor moço, meu filho foi trazido para cá e eu vim busca-lo. Diz ela para o policial que estava ali de plantão.
-        - A senhora trouxe Advogado, porque se o seu filho cometeu algum crime, só com advogado. Diz o policial.
-        Crime, não ele não cometeu, porque ele é uma criança.
-        A senhora está falando do menino estranho.
-        Menino estranho porque?
-        Os policias da noite quiseram dar um susto nele para ele tomar juízo e colocaram ele na cela dos presos, os presos foram assustar ele e foram eles que acabaram assustados, eles estão gritando até agora escuta o barulho.
-        Mas eles gritaram porquê? O que aconteceu?
-        Não sei, o pessoal falou que eles ficavam gritando: "Lesmas, tira isso de mim socorro, esse moleque é o demônio" e estão gritando até agora, pediram até para chamar um padre, tudo isso causou um tumulto na delegacia essa madrugada, e tiraram ele rapidamente da cela dos presos que estão todos nos cantos das paredes com medo de alguma coisa, que só eles estão vendo.
-        Eles gritaram lesmas? A mãe dele fica preocupada, mas não demonstra.
-        É, eles ficam gritando isso e chamando o seu filho de demônio, alguém deve de ter dado alguma droga muito forte para eles
-        Onde está o meu filho agora? Pergunta ela.
-        Ele está dormindo em uma sala separada, a senhora deu sorte que por causa do Carnaval, hoje é ponto facultativo, se não já teriam levado ele para a Febem e não estaria mais aqui.
-        E qual é a diferença? Pergunta ela.
O policial fica sem resposta.
-        Com quem eu tenho que falar para liberar ele.
-        A senhora tem que falar com o Delegado, que fica naquela sala.
-        Eu levo a senhora até ele.
-        Doutor essa é a mãe do demônio, digo do garoto.
A Dona Zulmira fulmina o policial com um olhar, ela já não estava boa.
-        - Pois não senhora, então é a senhora a mãe do menino?
-        Sim sou eu.
-        Senta aqui que eu preciso ter uma conversa com a senhora.
Ela se senta e o delegado diz para ela.
-        A senhora sabia que poderia ser presa por abandono de incapaz, deixar uma criança até tarde assim na rua e ainda mais em um local como o que ele estava, onde rolava de tudo.
-        Eu não deixei doutor, ele estava de castigo em casa, com a porta trancada e a chave estava comigo, porque ele já havia aprontado no dia anterior, mas foi só eu dar a costa ele fugiu descendo da minha casa que fica no alto pelo um cano de ferro que desce pela caixa d'água e acaba no tanque na casa de baixo e fugiu, eu estou que nem doida atrás dele deste de ontem, estou sem dormir.
-        É onde está o pai dele, não sei senhor eu larguei dele e não quero nunca mais ver ele na minha vida.
-        É criar filho é complicado, se fosse o meu filho eu lhe daria umas boas cintadas.
-        Eu acabei de arranjar um novo parceiro que está sendo bastante compreensivo, mas não sei até quando.
-        Entendo a senhora, dessa vez passa vou ser compreensivo com a situação da senhora e não vou atua-la, vamos lá buscar o filho da senhora.
-        Obrigado. Diz a dona Zulmira
-        E tem mais, esse menino tem alguma coisa de diferente com ele mesmo, os policias que foram suspensos por tentarem dar um susto nele colocando junto com os outros presos e aconteceu alguma coisa lá dentro que ainda não conseguimos reverter, quase aconteceu uma rebelião aqui por causa disso, quando foram retirar o seu filho de lá os presos empurraram a porta de cela, eles estavam em pânico e mesmo abaixo de borracha das alguns conseguiram sair da cela e não quiseram voltar para aquela cela e os que ficaram estão nos cantos das paredes e não param de gritar e ninguém consegue tirar eles de lá.
Dona Zulmira estava aflita e já imaginava que realmente tudo aquilo tinha a ver com a presença do filho dela, como na época do colégio.
-        Chegamos.
-        Eu posso conversar com ele um pouquinho sozinha Doutor?
-        Tudo bem eu vou deixar a senhora, conversar com ele sim um pouquinho, sim acho que seria até bom dar umas brincas nele.
Ela entra na sala e fecha a porta, Donizete estava sentado em um poltrona e grita quando a vê.
-        - Mamãe!!
-        Mamãe é, agora você vai ver com quantos paus se faz uma canoa.
Ela diz isso já tirando a cinta dos passantes da calça e vai para cima dele que grita.
-         Não mamãe, não me bate!
Ela defere diversas cintadas neles, que se protege com os braços, mas ela estava com tanta raiva que não parava de bater nele e de repente a cinta que ela estava usando para bater nele, se transforma em uma lesma, a sala fica escura e lesmas brotam ro teto do chão e das paredes.
Dona Zulmira olha aquilo e fica assustada e o Donizete vai na direção dela e diz:
-        Me abraça mamãe, me abraça, rápido.
Ela o abraça, mas continua a aparecer mais lesmas.
-        Abraça mais forte e me dá um beijo. Diz Donizete.
Ela fecha o olho o abraça e dá um beijo nele.
Quando ela abre os olhos estava tudo normal.
-         Então é isso que acontece, é muito assustador, que susto.
-         Desculpa mamãe.
-         Tá bom, vamos sair daqui.
Ela abre a porta e o Delegado e algumas pessoas estavam do lado de fora, curiosos.
-        Está tudo bem com a senhora? Eles perguntam como se soubessem o que tinha acontecido lá dentro
-        Sim, está tudo bem, posso ir e levar o meu filho comigo agora ?
-        Sim a senhora pode levar esse De..., esse menino.
Ela sai da Delegacia e faz sinal para um Taxi que passava.
-        Menino, porque você fez isso comigo, me deixou quase louca, o que você tem na cabeça?
-        Não foi por quere mamãe, eu só queria sair um pouco e acabei vindo parar lá naquele lugar.
-        E o que era aquilo que aconteceu naquela sala, como acontece aquilo, de onde vem, aquelas les.....
Ela olha no retrovisor e percebe que o motorista estava prestando atenção na conversa dela.
-        Em casa a gente conversa.

O Taxi os deixa na porta da casa deles.
Assim que o Donizete entra no portão a Regina vem correndo na direção dele e as outras meninas também.
Ela o abraça e diz:
-        Que susto que você me deu, pensei que tinha acontecido alguma coisa com você.
-        Estou bem.
-        Onde você estava?
-        Estava por aí.
-        Vamos Donizete! Chama a mãe dele brava.
-        Vai lá depois a gente conversa. Fala a Regina.
Ele vai indo embora sendo puxado pela sua mãe.
Quando eles entram na casa.
O João diz.
-        Achou essa peste?
-        Não fala assim João.
-        Eu falo do jeito que eu quiser, eu estou na minha casa. grita o João com sinais de embriagueis.
-        A casa é nossa. Diz Zulmira.
-        Nossa o ex cambal, e tem muito mais, se não for do meu jeito pode ir embora, a partir de hoje eu vou colocar esse moleque na linha.
-        Nele você não encosta um dedo. Diz Zulmira e vai para o quarto levando o Donizete para tomar banho ignorando o que o João falava.
-        E não dá as costas para mim não. Ele a pega pelo braço.
-        Me solta que você está me machucando!
Ele a solta e volta para a sala.
Zulmira dá de ombros e pensa.
-        Será que vai começar tudo de novo?
Passado um tempo ela abre a porta do quarto e grita:
-        Pode dormir aí na sala na cama do Donizete, comigo hoje você não dorme.
O João já estava dormindo de bêbado.
-        Ainda bem que já está desmaiado, eu nunca tinha visto ele assim antes, o que será que está acontecendo com ele?
-        Vem filho deita aqui com a mamãe!
Donizete deita d lado dela na cama e ela olha para ele e pensa.
-        O que será que está acontecendo com o meu filho, o que foi aquilo que aconteceu àquela hora, o que era aquilo? E só parou quando eu o abracei, coisa assustadora, como pode aquilo?

No dia seguinte, Donizete acorda estranhando o lugar e olha para o lado e vê a sua mãe olhando para ele.
-        Bom dia! Diz a mãe.
-        Bom dia. Responde ele.
-        O que será que você vai aprontar hoje? Pergunta ela.
-        Nada ué! Responde ele.
-        Quero só ver? Vem vamos tomar café.
Eles tomam café e o João estava deitado na cama improvisada na sala estava com uma cara de quem comeu e não gostou.
-        Mamãe, vamos ficar sentado na escada um pouco lá fora, não quero ficar aqui dentro, não dá pra assistir desenho.
-        Vamos eu também estou precisando tomar um pouquinho de sol.
Eles abrem a porta, saem e a fecha atrás deles e se sentam, mãe no último degrau e o filho no degrau debaixo, na frente dela de costa para ela, no meio das pernas dela.
A mãe acariciava os cabelos do filho, que estava grande precisando cortar, o deixava ele quase parecido com uma menina, por causa do formato do seu rosto angelical.
-         Porque não pode ser sempre assim em paz, nessa calma nesse amor, porque sempre tem que acontecer alguma coisa porque não podemos viver em paz, sem bebida, sem briga, a vida é tão simples, mas procuramos sarna para se coçar.
-         Eu não procuro Sarna para me coçar, eu não sou cachorro.
A mãe dá risada.
-        É só uma expressão. Ela diz isso e se cala deixando o silêncio predominar que era possível ouvir o canto dos passarinhos.
Ele deita a cabeça no colo da mãe e fica olhando o céu e brinca de ficar imaginando formas nas nuvens.
-        Olha mãe aquela nuvem parece um dragão.
-        Aquela outra parece uma rosa. Diz a mãe.
-        Aquela parece um elefante. Diz ele.
-        Agora eu não estou conseguindo imaginar mais nada só vejo um monte de fumaça. Diz ela
-        Essa que é um monte de fumaça me parece algo familiar, espera já sei: Um monte de lesmas. Diz ele.
-        Lesmas!! Porque você disse isso, não parece não, espera, sim parece mesmo que estranho se formou agora, porque antes não tinha forma de nada.
-        Olha uma pipa caindo vindo do meio dela, deixa eu ir pegar?
-        Não você vai sumir.
-        Não vou não, se eu conseguir pegar a pipa, eu volto logo para casa.
-        Está bem, mas cuidado, eu vou ficar esperando aqui, não demora, mas você está de chinelo.
Donizete tira o chinelo para correr mais rápido e sai pelo portão rapidamente porque a pipa já estava caindo, ele corre rua a cima e a pipa caiu na segunda casa virando a esquina na avenida, onde já haviam algumas crianças querendo pegar a pipa e no meio delas estava o Edu e o Michel, mas eles estavam com medo do cachorro da casa.
Donizete sobe na grade e o cachorro vem na sua direção, mas assim que ele olha para os olhos do Donizete, sai chorando e corre para a sua casinha.
As outras crianças acham aquilo estranho, mas ninguém diz nada.
Donizete pula a cerca entra na casa e pega a pipa, ele enrola a linha e a rabiola, quando ele olha para o lado da escada ele vê uma piscina rasa, que não era uma piscina era um aquário de chão e estava cheio de peixes e na parede havia uma imagem de uma santa, vestida de azul claro.
Donizete fica encantado com a beleza daqueles peixes vermelhos e dourados e fica ali admirando-os, mas a vontade de só ver passa e ele quer pegar um peixe para ele, ele avista uma lata no canto do jardim ao lado do aquário, ele a apanha e entre dentro do aquário e tenta pegar um dos peixes e vai cercado os peixes até conseguir encurralar um em um canto do aquário e colocá-lo dentro da lata.
-        Peguei um bonitão.
O barulho das crianças na frente da casa, chama a atenção do dono da casa que sai para ver o que estava acontecendo e se depara com o Donizete dentro do aquário e grita.
-        Saí daí menino, você vai matar os meus peixes e o homem joga um pau no Donizete, que o acerta e o deixa com raiva e o aquário fica repleto de lesmas se debatendo como peixes.
O homem não acredita naquilo, se assusta, mas grita:
-        Crê Deus pai, Deus tem poder.
As Lesmas desaparecem.
Donizete aproveita e corre largando a pipa para trás, mas levando o peixe dentro da lata; ele corre até a sua casa e avista a sua mãe no alto da escada ainda.
-         Olha mamãe que lindo, olha que bonito.
-         Onde você pegou isso menino?
-         No aquário da casa onde caiu a pipa.
-        Isso não está certo, você precisa devolver, ele não vai sobreviver nessa lata, ele precisa de mais oxigênio.
Assim que ela acaba de dizer isso aparece o dono da casa do aquário no portão, seguido pelos meninos.
-         Moça eu posso entrar.
-        Sim moço, o que você deseja?
-        Eu só quero o meu peixe de volta, que o filho da senhora pegou.
-        Está vendo Donizete, o menino, um minuto que sai já arruma confusão.
João escuta a conversa e sai na porta.
-         O que está acontecendo.
-        Nada não senhor, só o menino que pegou o peixe do meu aquário, mas já estamos resolvendo.
-        Esse moleque já está aprontando logo cedo.
-        Calma senhor, não precisa ficar bravo com a criança, eu posso conversar com vocês.
-        Sim, claro. Diz o João.
-        Esse peixe é do aquário da minha santa Iemanjá, por isso eu preciso levar ele de volta, eu até trouxe a pipa do menino para ele não ficar triste, mas aconteceu alguma coisa muita estranha lá agora.
-        O que que aconteceu? Pergunta a mãe do Donizete.
-        Na hora que ele estava no aquário eu me assustei e pensei que fosse um menino maior e joguei um pedaço de pau nele, mas depois eu percebi que era uma criança e me arrependi.
-        Mas o que foi que aconteceu de estranho? Pergunta o João.
-        O aquário se encheu de bicho, parecia lesmas e quando eu roguei pelo meu Deus, eles sumiram e acredito eu que isso aconteceu por que o menino estava dentro dele, o que me leva a crer, que tem alguma coisa de ruim com este menino.
A Zulmira olha para o João que olha para o Donizete que olha para o homem, que diz:
-        É pelo olhar de vocês, vocês já sabem, eu sou um médium e queria ajudar vocês, vocês me deixariam ajuda-los, se vocês quiserem, nós podemos ir lá na minha casa onde eu tenho o local sagrado onde podemos estar verificando isso, para melhor entender e ajudar o menino, não se preocupem, não vou cobrar nada é de graça, só quero ajudar.
-        O que você acha João?
-        Por mim tudo bem.
-        Então vamos, só me devolve o meu peixe, que eu preciso colocar ele rápido no aquário antes que ele morra, ele é de uma espécie muito rara, por isso o menino ficou encantado com eles.
Donizete entrega a lata com o peixe para o homem, que lhe devolve a pipa.
-        Só vou fechar a porta. Diz João
-        Me dá a pipa que já aproveito e guardo para você Donizete.
Ele sobe coloca a pipa na sala, fecha a porta e todos vão com o homem até a casa dele.
Chegando na casa do Homem, ele rapidamente devolve o peixe para o aquário.
-         Venham me sigam, a mim desculpe eu não me apresentei, eu me chamo Wagner, o Senhor se chama João como eu escutei e senhora?
-         Zulmira. Diz ela.
-        Dona Zulmira, eu tinha uma tia que se chamava Zulmira, e menino aqui, como se chama?
-        Donizete, mas pode me chamar de Doni, a minha namorada me chama assim.
-        O Doni tem uma namorada? Mas você, não é muito jovem para já namorar?
-        Eu sou jovem e ela também, mas o Coronel disse que o nosso amor já antigo.
-        Interessante, venham entrem e se sintam à vontade, o meu local sagrado fica lá atrás, venham me sigam.
Eles entram em quartinho uma edícula usada como um santuário, haviam muitos santos ali e diversas velas acesas e um espaço vazio no meio do quarto.
-        Vamos nos sentar aqui no centro e nós concentrar, ele acende algumas ervas misturadas em um vaso, de onde ele retirar um liquido e oferece a bebida para todos e pede para o Donizete dar um pequeno gole, agora eu preciso de total silêncio de vocês.
Eles ficam em silêncio e entram em transe.
O Wagner está sentado em frente a uma represa e tem uma vara de pescar na sua mão, ao seu lado está o Donizete também pescando o do seu lado direito tem um homem vestindo uma farda de Coronel e ao seu lado tem duas crianças e ao fundo deles estão alguns cavalos, ao lado do Donizete também tem uma menina e o Homem vestido com a farda fala.
-        Você é bem-vindo, podemos ficar pescando o dia inteiro, se você for amigável, mas caso contrário podemos te afogar neste lago, o que você quer aqui?
-        Estou querendo ajudar está criança e me desculpe, se fui grosseiro entrando aqui sem pedir licença. Diz Wagner
-        Gostei do senhor, é educado e está querendo ajudar o nosso filho adotivo, e como você pretende ajuda-lo? Pergunta o Coronel.
-        Eu estou querendo entender o que está acontecendo?
-        Você quer entender o que está acontecendo? Pois bem, o senhor sabe onde o senhor está?
-        Acredito que seja uma espécie de purgatório.
-        É um pouco mais complicado que isso, o senhor está no meio do nada e ao mesmo tempo no meio de tudo, o senhor só chegou aqui, porque é convidado do meu filho adotivo, que tem acesso aqui e permitiu que você o seguisse.
-        Mas como isso é possível? Pergunta Wagner.
-        Não é possível, nós só estamos permitindo que você se junte a nós, porque precisamos de soldados, que lutem contra a injustiça e já que você quer ajudar o nosso melhor guerreiro o nosso filho adotivo, agora você é um de nós e ganhara um presente ou uma maldição, tudo vai depender dá fome de alma ou dá via que o senhor vai levar.
-        Mas do que realmente fazemos parte agora?
-        Nós somos os injustiçados e fomos muito machucados na vida terrestre, onde nós causamos muita dor e por isso, nós não somos nem anjos e nem demônios, por que nós temos um lado bom, mas também temos o nosso lado mal, foi como eu lhe falei a vós misse, neste momento estamos desfrutando do lado bom das coisas, podemos aproveitar e ajudar, mas também podemos ser meros ajudantes de escravizadores de almas.
A vara do Coronel fisga e ele tira um peixe imenso da água.
-        Está vendo, olha que maravilha de peixe, esse é o lado bom enquanto não precisarem de mais almas, porque caso contrário.
O peixe se transforma e uma serpente e tenta atacar o Wagner.
-        Todo lado bom tem o seu lado mal, por isso, de agora em diante só depende de você, que lado você quer servir, esse que é semelhante com um paraíso terrestre, ou aquele lado escuro lá no fundão está vendo, lá, nós não entramos lá, nós só entregamos as almas no meio do caminho e voltamos, porque quem entra lá, não sai mais.
-        Mas para que eles precisam das almas? Pergunta o Wagner.
-        O que você acha que mantem tudo isso que você está vendo?
-        Almas? Responde o Wagner.
-        Não poder, a alma é só um escravo que mantém esse poder.
-        Mas como? Pergunta Wagner
-        Eu também não sei essa resposta, porque eu ainda estou aqui, porque não sei essa resposta e tive sede de vingança, para se vingar dos homens que fizeram mal aos meus filhos e quis me vingar do mundo, porque não sabia quem fez mal para os meus filhos e assim a única coisa que eu preciso saber, é que tenho o livre arbítrio para escolher os meus soldados caçadores de almas.
-        Mas o que o menino tem a ver com isso?
-        Esse menino é a reencarnação de uma pessoa que foi muito importante, para mim, uma pessoa que sempre esteve comigo, sempre ao meu lado, uma pessoa que era como um filho também, por ser o caçula.
-        Seu irmão? Diz O Wagner.
-        Sim, eu consegui atrair ele até a campa da nossa família, onde agora eu vou precisar que você também vá lá para saber quem somos ou melhor quem fomos, o menino sabe onde fica e lá você vai encontrar muitas informações que irá ajudá-lo a nós ajudar, eu fiz isso com o menino, eu o atraí até a nossa campa depois que ele reencarnou, porque ele não sabe mais quem ele é, e eu preciso de uma informação que só ele sabe, mas eu também preciso da menina que está ao seu lado.
-        O que tem ela?
-        Ela é a reencarnação da esposa dele, que foi assassinada, porque as pessoas que fizeram isso, a sequestraram e queriam dinheiro para pagar pela vida dela, o meu irmão deu tudo que eles pediram e o assassinos a devolveram morta, o meu irmão jurou vingança e acabou sendo morto em uma emboscada e depois disso esses mesmos assassinos, pegaram os meus filhos e fizeram o mesmo com eles.
-        Eu entendi que ele é seu irmão, mas acredito que tem algo a mais, porque você precisa dele.
-        Porque ele está reencarnado e porque ele sabe quem são os assassinos e só quando encontrarmos esses assassinos poderemos descansar em paz e seguir o nosso caminho.
Wagner fica sem resposta e sem pergunta.
-        Você quis se envolver, agora está envolvido com nós e vai nos ajudar a encontrar esses assassinos, como estamos no meio de tudo entre o mal e entre o bem e precisamos ficar mais tempo nesse meio e você vai nos ajudar, a salvar almas ou enviando almas para que possamos pagar o lado que não podemos entrar, para poder ficar aqui e ter esses poderes de julgamento, decidindo quem vive e quem morre.
-        Agora chega de perguntas e não se esqueça, podemos te fornecer peixes ou serpentes.
O coronel diz isso e o Wagner vai parar no meio do lago, onde parecia que estava se afogando.
Ele desperta do transe e a Zulmira e o João estava jogando água nele.
-        Porque vocês estão me jogando água?
Você começou a gritar: "água, água", não sabíamos como te dar água então jogamos em você. Diz o João.
Donizete volta do transe.
-        Você está bem?
-        Sim.
Mãe o caso é mais complexo do que a senhora possa imaginar, tudo que te peço nunca confronte ele, por enquanto eu não sei o que fazer, agora também estou selecionado e preciso aprender mais sobre isso, mas por enquanto eu vou precisar de um tempo, para tentar descobrir algumas coisas e depois que eu fizer isso eu entro em contato com vocês.
-         Só mais uma coisa, quem era a menina que estava ao seu lado agora Doni, como ela te chama?
-        Era a Regina. Donizete diz o nome dela e olha para a mãe dele que estava confusa.
-        Essa menina também é importante, por isso nunca a separem do Donizete pais.
O João e Zulmira estavam sem entender nada do que estava acontecendo, mas concordam balançando a cabeça.
Eles agradecem o Wagner e voltam para casa, assim que eles entram no portão do quintal a Regina estava ansiosa aguardando por eles.
-        Posso falar com a Regina, mãe.
-        Ah essa menina que é a Regina que o Wagner estava falando, eu não tinha associado ao nome à pessoa, agora entendi tudo; sim é claro que pode depois que o Wagner falou.
Doni vai de encontro dela e a Zulmira e o João sobem as escadas e entram.
-         O que aquele homem queria com você?
-         Ele queria muita coisa e descobriu muita coisa, quando eu te contar você vai ficar de queixo caído.
-         Então me conta logo, pô.
-         Como eu vou te contar isso, por que você acha que o amor que você sente por mim é tão forte e o que eu sinto por você também?
-        Foi revelado em nossos sonhos que reencarnamos, não é isso?
-        Sim, mas quem nós fomos é que faz toda diferença agora.
-        E quem nós fomos?
-        Eu fui irmão do Coronel e morto pelos mesmos assassinos que mataram os filhos dele.
-        Nossa que loucura, não pode ser verdade.
-        Acredite.
-        E eu fui o que de você irmã também?
-        Não, você foi minha esposa.
Regina fica muda olhando para o Donizete, procurando achar uma palavra para comentar e diz, ainda sem acreditar.
-        Como assim, me explica isso direito.
-        Você foi minha esposa e foi sequestrada também pelos mesmos assassinos que me mataram e mataram os filhos do Coronel, mataram você também.
Novamente Regina ficar de boca aberta e sem reação novamente.
-         Não fica chocada não, deixa de contar o resto, você havia sido sequestrada pelos assassinos e segundo o coronel o irmão dele, eu no caso, paguei pelo seu sequestro, cumprindo com a minha parte, mas eles não cumpriram com a deles e te mataram, o que destruiu o irmão do coronel , que não descansou enquanto não encontrou os culpados, mas antes deles vingar a sua morte, eles o mataram primeiro, antes que ele pode-se se vingar.
-         Nossa eu não sei o que dizer, não podia imaginar uma coisa dessa até você aparecer na minha vida, eu era uma menina que morava em uma casa simples de aluguel no fundo de uma vila, nunca iria imaginar uma coisa dessa.
-         O Coronel, falou também para o Wagner, que só eu sei quem era esses assassinos e eles só vão descansar quando conseguirem se vingar da alma desses assassinos e é aí onde eu e você entra, porque você também sabe quem eram, porque os filhos deles não viram os rostos deles porque quando foram sequestrados os homens estavam  encapuzados e depois os abandoaram para morrer no barraco.
-         Eu não acredito em nada disso, tudo isso é uma loucura, aquele homem está se aproveitando e inventado tudo isso, ele deve ter te hipnotizado e arrancado um pouco das histórias do seu sonho.
-         Não você estava no meu sonho também e você viu uma parte disso que ele está falando, nos nossos sonhos.
-         Eu sei, mas ainda não acredito em nada disso.
-         Você viu as lesmas no mercado e na cerca.
-         Eu sei, mas tudo isso é loucura.
A conversa deles é interrompida pelo João.
-        Donizete vai lá no mercado buscar cigarro para mim e traz também duas garrafas de cervejas e uma garrafa de pinga, pega aqui o dinheiro a sacola com as garrafas e toma cuidado para não quebrar no caminho.
-        Vamos comigo Regina?
-        Vou sim.
Eles vão de mãos dadas até o mercado e compram o que o João mandou e no caminho de volta, Doni tira um pacote de chocolate do calção e diz.
-        Quer um pedaço?
-        Eu não acredito, você é uma trombadinha mesmo e nem vi que horas que foi que você pegou isso, mas me dá um pedaço.
-        - Você vai ter que pegar da minha boca.
-        Isso é fácil, vou roubar duas coisas gostosas ao mesmo tempo, chocolate e o seu beijo.
Ela coloca a sua boca com a dele e dá um beijo nele e rouba o pedaço de chocolate da boca dele.
-        Um que delícia, quem rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Eles voltam para casa o Donizete entrega as bebidas e o cigarro para o João.
A sua mãe avisa que o almoço estava quase pronto, que não era para ele demorar.
-        Ele desce e a Regina estava sentada no último degrau da escada.
-        Pronto sou todo seu.
-        Sabe o que eu estava pensando, com essa história toda eu me esqueci de perguntar para você onde você foi parar ontem.
Ele olha para ela coça a cabeça e diz.
-        Depois que você entrou eu quis esperar na rua um pouco mais, mas me empolguei e esqueci de voltar para casa, fui brincar em um parquinho de diversão novo e depois fui para lá no centro nos desfiles das escolas de samba e lá eu fui pego pelo juizado de menores, quase fui parar na Febem.
-        Meu Deus! Que susto me dá um beijo, na verdade eu devia te dar uns tapas, mas vocês está aqui agora e só quero te aproveitar, ela o beija e uma voz ecoa alguma coisa.
-        Parabéns você terminou comigo para ficar com esse pirralho. Diz o Ex. Namorado da Regina.
-        O que você quer aqui?
-        O que eu quero aqui? Eu vi vocês dois com pouco vergonha e se beijando no meio da rua e segui vocês, eu não acreditei no que vi, mas confirmei agora, eu não acredito que você me deixou para ficar com uma criança.
-        Não fala o que você não sabe e que nunca vai entender, você não sabe nada de amor, você só queria se aproveitar de mim, tirou a minha virgindade e só me machucava, você pensava que um pinto grande é tudo é não me fazia um carinho só colocava essa coisa em mim e me machucava eu nunca gozei com você, só sentia dor, não sentia nenhum prazer com você  e não te amava eu achava que te amava, porque não conhecia o amor de verdade, amor não é só sexo, amor é espiritual, são duas almas que nunca se separam.
-        Nossa que palavras lindas, você está vendo muita novela, para de besteira e vem comigo, vamos conversar em outro lugar.
-        Eu não vou em nenhum lugar com você, você deve de estar na secura e veio atrás de mim para querer tiram uma casquinha, não sou sua puta e não quero mais nada com você já te falei, eu amo o Doni e o nosso amor é mais poderoso do que você possa imaginar.
-        Para de besteira e vem comigo.
Ele a pega pelo braço e começa a arrastar ela, ela se defende dando socos nele, Donizete pega um pedaço de pau e dá uma paulada nele ele se vira e solta a Regina pega o pau e corre atrás do Doni que corre para o fundo da vila e sobe no muro.
O rapaz corre atrás e sobe no muro atrás dele também e o encurrala entre o muro e a parede e do lado direito do Doni era um corredor que não adiantava ele tentar correr por ali e dó seu lado esquerdo era alto e no quintal haviam os dois cachorros da raça Dobermann.
O rapaz continua indo na direção do Doni rindo.
-        Agora você vai ver Pivete, vou te dar uma surra.
Mas ele estava enganado quem iria levar uma surra era ele e do corredor começam a brotar lesmas e subir no muro na direção dele que pensa e voltar, mas quando ele se vira a Regina estava atrás dele e mais lesmas brotavam formando uma onda para cima dele o derrubando do muro do lado mais alto onde haviam os dois cachorros ele bate com a cabeça e desmaia e os cachorros o mordem pegando no pescoço e o matando.
Donizete olha para a Regina que estava com uma fisionomia diferente e olha para cima de onde a sua mão o observava da varanda e ela havia visto tudo.
Donizete pula do muro no corredor e vai na direção da Regina que estava em choque e dizia.
-        De onde veio isso? - Eu não sabia que podia fazer isso.
-        Vem vamos sair daqui antes que a Polícia chegue.
-        Faz o seguinte entra na sua casa e fica lá, não comente com ninguém.
A Regina entra para a casa dela e o Donizete volta para a casa dele.
Quando ele entra a sua mão olha para ele e olha para o João que terminava de beber a segunda garrafa de cerveja e um copo de caipirinha, a sua mãe lhe chama no quarto e pergunta:
-        O que foi aquilo, eu consegui ver também aquele monte de lesmas, mas agora não era comigo, por que aconteceu isso?
-        Eu acho que foi por causa do contato que a senhora fez na casa do Wagner e agora deve de estar com o Don também.
A Conversa deles é interrompida pelo João que já estava de fogo.
-        Estou com fome, para de cochichar aí e vem terminar o almoço logo.
A mãe do Donizete olha para ele e volta para a cozinha, ela coloca a comida na mesa e os três se sentam para comer.
-        Donizete você precisa tomar juízo, você já é um homenzinho e agora tem uma grande responsabilidade, precisa parar com essas pipas e começar a fazer alguma coisa útil.
Donizete se servia com a comida e estava dando de ombros para o João, que dá um tapa no prato de comida dele e grita.
-        Eu estou falando com você, você tem que me respeitar e prestar atenção enquanto eu falo.
-        Você não é o meu pai!
João dá um tapa no Donizete e o joga no chão, Donizete se levanta e chuta o saco dele e corre para o banheiro.
 O João vai atrás dele e esmurra a porta.
Donizete o xinga:
-        Seu veado!
João arromba a porta e se assusta com o que ele vê e fica parado na porta do banheiro olhando para dentro a dona Zulmira vai até ele e olha para ver o que ele estava olhando e diz:
-        Vai lá! Entra lá! - Você não é machão?
O banheiro estava todo tomado por lesmas, que não se via nada dentro do banheiro as lesmas formavam uma segunda porta no banheiro.
João fica com medo e corre para o quarto e se enfia debaixo das cobertas.
-        Pronto pode sair Donizete ele não está mais aqui.
No momento que ela falava isso alguém batia na porta.
Ela abre o vitro da porta e se depara com dois policiais.
-        Boa tarde senhora, nós podemos falar com a senhora um minuto?
Ela abre a porta.
-        Pois não pode falar.
-        A senhora notou algum movimento no fundo da viela, nós percebemos da casa da vizinha lá do fundo que a senhora tem uma varanda que dá a vista para o quintal da casa dela.
-        Não porque o que aconteceu?
-        Os cachorros dela mataram um bandido que pulou no quintal dela, mas ele não estava armado e estamos investigando o que aconteceu?
-        Eu ouvi os cachorros latindo um pouco mais cedo, mas eles latem o tempo todo, achei que não fosse nada.
-        Ok, então, minha senhora, desculpe incomodar.
Ela fecha a porta e olha para o Donizete e gesticula com as mãos.
-        Quem era aquele rapaz?
-        Era ex-namorado da Regina.
-        Mas o que aconteceu? Aliás eu vi o que aconteceu, mas porque ele estava querendo te pegar?
-        Por causa da Regina, ele estava com raiva porque ela trocou ele por mim.
-        E agora a polícia está investigando, é lógico que não vão encontrar nada, mas eles vieram perguntar aqui, essa foi por pouco, vamos terminar de almoçar nos dois em paz agora.
-        Posso ir empinar pipas depois do almoço mamãe?
-        Pode, mas não vai longe.
Ele acaba de almoçar e sai para a rua e fica no portão olhando as pipas, uma pipa cai na construção em frente à casa dele ele corre e a pega e a deixa no canto do muro, porque logo em seguida estava caindo outra pipa, só que essa cai em cima da fábrica, ele sobe na fábrica pelo mesmo caminho do outro dia, só que essa pipa caí no chão da fábrica, ele escuta barulho de maquinas funcionando, mas entra assim pensando que devido ao feriado não teria ninguém trabalhando, mas para surpresa dela estava tendo um plantão justamente dos homens que outro dia tentaram pegar ele. Ele corre pega a pipa e assim que ele tenta voltar ele não consegue subir no muro de volta devido à altura do muro e um dos operários o agarra.
-         Olhem quem eu peguei o garoto do outro dia que quebrou o nosso telhado e agora o que a gente vai fazer com ele?
-         Vamos amarar ele e encher ele de graxa. Fala um dos operários
-         Não vamos jogar ele dentro da caldeira. Fala um terceiro operário.
Eles agarram o Donizete e fingem que vão joga-lo na caldeira para colocar medo nele, mas eles não imaginavam o que poderia acontecer.
Eles chegam bem perto da caldeira que o rosto do Donizete começa a esquentar e queimar e neste momento a Caldeira começa a afazer um barulho e os operários estranham aquele barulho que a caldeira nunca havia feito aquele barulho e de dentro dela começam a pular lesmas pegando fogo e a caldeira se enche de lesmas até abafar todo o oxigênio e apagando o fogo temporariamente, a pressão dentro da caldeira continua a aumentar e a sirene de emergência soa.
Os operários correm para a rua e o Donizete corre atrás, assim que ele sai pelo portão as lesmas somem da caldeira e a pressão volta muito forte explodindo a caldeira e grande parte da fábrica.
Donizete desce a rua em direção a sua casa e entra dentro de casa para ficar quietinho como se nada tivesse acontecido.
E na rua era ouvido barulho de sirenes de bombeiros e ambulâncias, carros de reportagens chegam junto com os Bombeiros.
-        O que está acontecendo na rua? Fala Zulmira.
-        Eu escutei uma explosão, você não ouviu? Fala o João.
Eles vão até o portão e olham para cima da rua onde estava toda interditada, eles voltam e ligam a televisão no momento que entrava a chamada de emergência.
-        Boa tarde, estamos aqui em frente a uma fábrica que acabou de explodir, estamos aqui com alguns operários que estavam de plantão e Graças a Deus, eram poucos funcionários que estava trabalhando hoje na fábrica e aparentemente todos saíram ilesos, vamos conversar com alguns deles.
-        O que aconteceu, o que originou essa explosão? Pergunta a repórter.
-        Estávamos trabalhando normalmente e de repente a caldeira começou a fazer um barulho e começou a cair alguns bichos de dentro dela pegando fogo e logo em seguida o alarme sou e nós corremos e a caldeira explodiu. Fala um dos operários.
-        O senhor sabe dizer que tipo de bicho era esse? Pergunta o repórter
-        Pareciam cobras, mas era menor, acho que eram lesmas.
-        Ele disse lesma? Afirma o João.
-        Donizete!! O que você aprontou dessa vez? Grita a mãe dele
-        Eu só fui pegar uma pipa que caiu lá.
-        Pipa? Você e essas pipas, o que eu vou fazer com você menino?
-        Deixar você de castigo não adianta, eu acho que vou levar você para morar com o seu pai, os meus irmãos vieram me dizer que ele está te procurando e querendo te ver, acho que vou fazer isso.
-        Isso, boa ideia Zulmira. Fala o João
-        Você fala isso porque para você é muito cômodo, ele não é o seu filho né.
-        Justamente não sou obrigado a ficar aturando ele e não suporto mais essas pipas esparramadas pela casa. Ele fala isso e começa a quebrar e rasgar s pipas.
-        Não faz isso. Grita o Donizete enfrentando o João, que o arremessa na parede, ele volta e morde a perna dele e corre para a varanda e desce pelo cano e corre.
Quando ele sai na rua e dá de frente com a Regina que tinha ido ver o que estava acontecendo na fábrica.
-        Onde você está indo fujão? Diz a Regina.
-        Não sei, só quero sair daqui.
-        Vamos lá nas meninas, porque nós temos muito que conversar.
-        A polícia foi lá em casa perguntar para a minha mãe se ela tinha visto alguma movimentação, por causa do meu ex. Fala a Regina.
-        Eles foram lá em casa também e a minha mãe falou que não viu nada, apesar de ter visto. Fala Doni.
-        Como assim ela viu?
-        Depois do encontro com o Wagner ela consegue ver tudo que está acontecendo agora, ela consegue até ver as lesmas.
-        Sério, então ela viu tudo o que nós fizemos.
-        Viu, mas não falou nada.
-        Que bom.
-        É, mas eu tenho uma má notícia para você.
-        O que é?
-        A minha mãe está querendo me levar para morar com o meu pai.
-        Como assim, onde o seu pai mora?
-        Não sei dizer, mas é longe daqui.
-        Eu não quero ficar sem você isso não pode acontecer.
-        É, mas não depende de mim, o namorado da minha mãe mudou muito e eles estão brigando muito e ele até me bateu.
-        Ele te bateu?
-        Bateu, agora não sei o que vai acontecer, acho que a minha mãe vai me levar para morar com o meu pai.
-        Se eu ficar sem você, não sei o que eu vou fazer, acho que vou enlouquecer.
-        Tive uma ideia, não vamos nas meninas não, vamos voltar e tentar agradar a sua mãe e convence-la a mudar de ideia.
-        Vamos, mas como vamos fazer isso?
-        Deixa comigo.
Eles vão até a casa dele e a Regina bate na porta.
-        A vocês. Diz a mãe do Donizete.
-        Posso falar com a senhora?
-        Pode falar.
-        O Doni falou que a senhora está pensando em levar ele para morar com o pai dele.
-        Sim, e o que você tem com isso?
-        Eu estava pensando em ajudar a senhora a cuidar dele e não deixar ele se envolver em mais confusão, a senhora mudaria de ideia?
-        Pode ser, posso pensar nisso.
-        Que bom, já é um começo.
-        Então vamos começar a partir de agora, entra Donizete e vamos conversar.
Donizete olha para a Regina, que olha para ele e diz.
-        Vai entra! Depois a gente se vê.
Donizete entra procurando onde estava o João, que estava trancado no quarto, ele senta na cadeira na sala, a sua mãe fecha a porta e senta ao seu lado e os dois ficam ali assistindo televisão, até ir tomar banho jantar e dormir.
Donizete está na entrada da campa no cemitério e entrando na mesma e saindo na fazendo do Coronel, que estava diferente, ele procura pelo coronel e vai andando até encontrar com o Wagner.
-        Que bom nós encontramos novamente aqui, espero que possa te ajudar.
A Regina aprece ao seu lado e segura a sua mão e os três sandam pela fazenda.
-        O que nós estamos procurando? Perguntando o Wagner.
-        Não sei, mas geralmente quando estamos aqui o Coronel ou os filhos dele aparecem rapidamente. Diz o Donizete.
-        Olhem aquela cabana os cavalos estão parados do lado de fora, vamos até lá ver se eles não estão lá. Diz a Regina.
Eles andam até a cabana e o Donizete abre a porta e olha dentro da cabana.
-        Entra Donizete, estávamos esperando por você mesmo. Diz o Coronel.
Ele entra na cabana e percebe que havia uma pessoa sentada na cadeira onde as crianças foram encontradas mortas.
A Regina que entrava atrás dele reconhece a pessoa primeiro que ele.
-        Ricardo!! Grita ela.
Wagner que entrava atrás dela, pergunta.
-        Quem é Ricardo?
-        É o meu ex. Namorado. Diz a Regina.
E assim que ela entra, ele direciona o olhar para ela e a xinga.
-        Vagabunda!
O Coronel intervém e dá uma chicotada nele.
-        Vocês dois reconhecem essa pessoa?
-        Sim é o meu ex. Namorado.
-        Isso mesmo. Confirma Doni.
-        Não, se concentrem e resgatem nas suas vidas passadas, o nosso amigo Wagner vai ajudar vocês.
Eles sentam em volta do Ricardo de mãos dadas e ficam ali por um tempo.
-        Alguma coisa? Pergunta o Coronel.
Donizete balança a cabeça em sinal que não.
A Regina ia dizendo a mesma coisa, mas ela se apoia no Ricardo para levantar do chão e a sua memória é ativada ela fica em transe.
Ela vê o Ricardo, que não era o Ricardo acertando ela com uma faca e sente uma dor, como se estivesse sendo esfaqueada aquele momento.
-         Foi ele que me matou na outra encarnação, foi ele, como pode isso, estava próximo de mim novamente, e já havia me feito mal nessa vida, ele tirou a minha virgindade e só me machucava, o engraçado que toda vez que fazíamos amor a sensação que eu tinha era estava levando um facada, por isso sentia tanta dor, será que tem alguma coisa haver?
-        Sim minha querida, é isso mesmo, por isso precisávamos de você só você iria conseguir identificar, agora dos três assassinos, só faltam dois, um nós já o encontramos e a nossa vingança só estará completa quando pegarmos os três. Diz o Coronel.
Regina estava chocada e não conseguia acreditar naquilo.
-        Eu poso dizer, que me vinguei nele em vida, porque fomos nós que mandamos ele para cá. Diz a Regina.
Vocês vão sempre ter que ficarem atentos, porque essas pessoas sempre vão cruzar a vida de vocês, é uma sina, mas na forma terrestre vocês nunca vão conseguir descobrir ou saber quem é, mas elas sempre vão tentarem te fazer mal e ai que capturamos eles, agora só faltam dois, os meninos também reconheceram ele, mas não sentiram nada porque eles os deixaram para morrer à mínga. Diz o Coronel
-        Acorda menino! Hoje você tem aula.
-        Ah! Cadê todo mundo?
-        O que você está falando?
-        Nada não, só estava sonhando.
Ele se arruma e a sua mãe o acompanha até a escola.
Já na sala de aula e encontra a Cátia Irmã da Regina, ele estava na mesma sala que ela, a professora apresenta ele para a sala e ele senta atrás da Cátia.
A professora começa a chamar os alunos um por um para ler na frente da sala, fileira por fileira, vão se levantando, quando o da frente volta o de trás se levanta, assim a Cátia volta e chega a vez do Donizete, ele vai até a frente da sala e começa a ler meio enroscado, gaguejando um pouco.
-        Você ainda não sabe ler? Pergunta a professora.
-        Mais ou menos, só estou com um pouco de vergonha.
-        Então tenta de novo, mas agora sem gaguejar. Diz a professora.
E ele lê muito rápido.
-        Não, agora lê mais devagar respeitando as vírgulas, respira na hora da vírgula.
Ele lê um pouco mais devagar.
-        Não está perfeito, mas está bom, pode voltar para o seu lugar.
Ele volta para o seu lugar e quando ele senta ele percebe um menino do seu lado esquerdo desenhando, ele se interessa pelo desenho que o menino fazia e puxa assunto com o menino que responde as suas perguntas e ele pede para o menino ensina-lo a desenhar.
O menino o ensina e explica que ele iria precisar de uma régua, para medir os detalhes do desenho, ele quase não havia levado material, então ele resolve pegar emprestado da Cátia, que acha ruim e fica pedindo a régua de volta, ele a ignora e  continua o seu desenho, mas a Cátia era insistente pedindo a régua de volta e ele perde a paciência e dá com a régua na cabeça dela quebrando a régua na cabeça da menina, que chora e vai reclamar para a professora.
A professora vem na sua direção e o coloca de castigo no fundo da sala em pé virado para a parede.
Os meninos do fundão ficam tirando sarro dele e ele xinga os meninos, que o ameaçam dizendo que iriam pegar ele na hora da saída.
Ele fica ali até a hora do intervalo e a professora o leva até a diretoria, e explica que ele havia quebrado a régua da amiguinha na cabeça dela e anota o nome dele no caderno de ocorrência, como uma advertência e o libera para o intervalo.
Ele sai correndo pelo pátio e esbarra em um menino que estava lanchando derrubando o lanche do menino no chão.
O menino era bem maior que ele e estava junto com outros meninos que o agarram, o menino do lanche pega o lanche do chão e diz para ele.
-        Agora você vai comer. e esfrega o lanche na cara dele, e os outros meninos o derruba no chão, para o outro menino ficar em cima dele, e tentar enfiar na boca dele, o resto do lanche.
De repente o menino que estava em cima do Donizete, começa a tossir e a engasgar e vomita uma lesma e depois outra, as crianças gritam de susto e nojo e o inspetor de alunos vem na direção deles.
O inspetor que havia visto tudo de longe, pega o Donizete pelo braço e o levanta e pega o outro menino e os levam até a diretoria e os entregam para a diretora que diz.
-        Você acabou de sair daqui, não faz nem cinco minutos. Diz a Diretora par ao Donizete.
-         E o que aconteceu agora? Porque esse menino está passando mal parece que vai vomitar, não vomita na minha sala não.
Mas antes dela terminar a frase o Menino vomita mais uma lesma.
O que causa nojo e ânsia na diretora que a faz vomitar também.
-        O que é isso? Isso é lombriga? Que nojo.  Diz ela com mais ânsia.
A Diretora pega o livro de anotações e coloca o nome do Donizete, mais uma vez e avisa.
-        A próxima vez, vai ser suspensão. Diz a diretora o alertando.
O alarme do intervalo soa e a diretora o manda de volta par a sala e o outro menino para a enfermaria.
Ele entra na sala de aula e olha bem nos olhos da Cátia e se senta atrás dela.
-        Magrela! Diz ela para ela.
-        Professora o Doni me chamou de magrela.
-        Vocês dois dá para se entenderem.
Donizete faz fusquinha para a Cátia imitando ela.
A professora começa a aula matemática.
-        Muito bem crianças, vamos rever as tabuadas, vamos começar pela sequência de costume.
-        Vamos começar com a tabuada do três.
E aluno por aluno foi respondendo o resultado que a professora pedia até chegar no Donizete.
-        Sua vez Donizete, quanto é três vezes sete?
Donizete pensa, pensa e diz.
-        Quinze.
A sala toda ri e os meninos do fundo chama ele de burro.
A professora chama a atenção das crianças e fala para o Donizete.
-        Não Donizete, três vezes sete é vinte e um.
-        Eu ainda não aprendi a tabuada do três, só havia aprendido até a do dois.
-        Tudo bem, eu vou te passar a tabuada e você via fazer de lição de casa e me traz amanhã uma folha cheia de tabuada do três copiada na folha do caderno.
Ele balança a cabeça confirmando que sim.
-        A professora se volta para outro aluno, que acerta a resposta e o próximo até chegar no ultimo da outra fileira que era a resposta e todo mundo ri e o Donizete ri junto e diz.
-        Me chamou de burro e não sabe também.
O menino olha feio para ele e faz sinal de briga para ele e aponta para a janela na direção da rua.
Donizete faz chacota como se estivesse morrendo de medo dele.
A professora corrigi o aluno e continua até o último aluno da última fileira do canto e a aula termina.
As crianças pegam as suas coisas e saem como uns doidos, a professora pede calma e cuidado, mas eles a ignoram e saem rápido da sala.
Já no portão do colégio Donizete vai saindo e não vê a sua mãe, ele resolve ir andando e na esquina da rua o menino que havia ameaçado ele o cerca com mais outros meninos.
-        Quem é burro agora? Pergunta o menino.
-        Você. Diz o Donizete.
O menino não acredita na resposta dele.
-        O que você disse, que eu sou burro? Vou e mostrar quem é burro.
o Menino parte para cima do Donizete que se defende, mas os outros meninos ajudam o menino e eles batem no Donizete, que fica no chão.
Uma bolinha marrom em formato de bola de tênis cai ao lado do Donizete e em seguida aparecem outros e o número vai aumentando, e abrindo em forma de lesmas e cercam o corpo do Donizete protegendo-o.
As crianças ficam com medo e nojo e fogem.
Uma pessoa vem na direção do Donizete e o ajuda levantar.
Era a Regina que havia vindo buscar a Cátia.
-        Você está bem amor?
-        Sim, estou, não foi nada.
-        Que bom, cadê a sua mãe?
-        Não sei.
-        Então veem, vamos embora juntos.
A Cátia faz que não com a cabeça.
Donizete a chama de magrela e mostra a língua para ela.
-        Ele quebrou a minha régua na minha cabeça hoje, vou contar tudo para a mãe quando chegar em casa.
-        Você fez isso Doni? Pergunta a Regina.
-        Sim fiz. Responde ele.
-        I! Isso vai dar uma confusão, quando ela contar para a minha mãe, conhecendo ela. Diz a Regina
Donizete olha para ela e olha para a Cátia e dá de ombros.
Eles vão embora juntos até chegar a Vila onde a Cátia entra correndo e vai direto contar para a mãe dela pelo telefone.
Regina tenta impedir a sua irmã, mas já era tarde, agora era só aguardar e ver o que iria acontecer.
Eles passam a tarde juntos até a mãe da Regina entrar pelo portão furiosa.
-        Esse menino bate e xinga a sua irmã e você ainda fica de Ti  ti ti com ele?
-        A minha irmã que é uma chata
-        Chata, mas isso não dá o direito de ele quebrar um objeto na cabeça dela, onde está a sua mãe?
-        Está lá em cima.
-        Vai chama-la eu quero falar com ela!
Donizete chama a sua mãe que vem secando a mão em um pano de prato.
-         Pois não?
-         O seu filho contou o que ele fez com a minha filha na escola?
-         Eu já falei que a sua filha é muito velha para ficar andando com ele.
-        Eu não estou falando dessa minha filha não, estou falando da caçula.
-        O que aconteceu.
-        Ele quebrou a própria régua dela na cabeça dela e fica chamando ela de magrela.
-        Você fez isso Donizete? Pergunta a mãe dele para ele.
-        Foi sem querer, fui bater devagarzinho, mas acabou quebrando.
-        Viu, como eu falei e vou querer outra régua. Fala a mãe da Cátia.
Nesse momento a Cátia escutando a voz da mãe sai da casa dela e vem na direção da mãe dela, ele a escuta a conversa entre as duas mães e fala o que não deveria falar.
-        E tem mais ele e a Regina, ficam namorando lá em casa enquanto a senhora vai trabalhar, se beijam na boca e tudo mais.
Regina olha para a irmã com um olhar fulminante.
-        Que história é essa Regina? pergunta a mãe dela.
-        Eu também quero saber dessa história fala a mãe do Donizete.
-        Ela está inventando, está com ciúmes. diz a Regina.
-        Mentira! Então pergunta para as outras meninas quando elas vierem aqui, eles já até transam. Diz a Cátia.
-        O que! Falam as duas mães juntas.
-        É mentira dela, eu não sei porque ela está fazendo isso.
-        Se é mentira ou não, eu não quero saber, eu não quero mais ver você com esse menino. Diz a mãe da Regina.
-        Eu digo o mesmo, eu não quero ver mais o meu filho com a sua filha, eu não dou queixa porque os dois são de menores, mas ela que o induziu a fazer isso, se fizeram, porque ela é bem mais velha. Diz a mãe do Donizete com uma fúria no olhar.
-        Olha o que você fez. Grita a Regina para a Cátia.
-        Eu te odeio por isso. Continua a Regina gritando para a irmã e corre para a casa dela chorando.
As mães se entre olham e a mãe da Regina, vai em direção da casa dela puxando a Cátia pela mão.
Donizete olha para a mãe dele, que estava olhando para ele e diz.
-        E agora?
-        E agora o que menino? Você é uma criança para ter um relacionamento sério.
-        A senhora esqueceu o que o Wagner falou, que não podemos nos separar.
-        Isso é bobagem, esquece isso.
-        Não é bobagem. Grita Donizete correndo para a rua.
Ele corre pela rua até encontrar o Michel e o Eduardo, que estavam na rua brincando com uma bola.
-        Oi posso brincar com vocês?
-        Não aquele dia você nos zuo e cortou a nossa pipa. Diz Eduardo.
-        A, foi brincadeira.
-        Tá bom quer brincar então fica no gol, na entrada da garagem, nós estávamos precisando de um para brincar.
-        Mas do que exatamente vocês estão brincando? Pergunta Donizete.
-        Três entra três fora.
-        Com o que brinca disso?
-        Se nós fizermos três gols em você em três toque sem deixar a bola cair, você continua no gol, agora se nós chutarmos três bolas para fora, quem chutar a última bola ou você agarrar ele vai para o gol.
Eles começam a brincadeira e os meninos acertam dois gols e o Donizete pega dois gols, estava empatado, então o Eduardo levanta a bola passa para o Michel que devolve para o Eduardo, que dá um chute forte que bate no portão com tudo, o que faz a dona da casa sair brava xingando eles, eles correm e procuram outro lugar para brincar, mas começa a chover e eles brincam no meio da rua de drible embaixo de chuva, a chuva fica mais forte e formam enxurradas forte e dos telhados formam pequenas cachoeiras, eles brincam nas cachoeiras e nas enxurradas.
Eles brincavam em um uma calha de água que saia um jato forte de água, Donizete chutava a água que sai e acerta a ponta da calha que corta o seu pé e sai muito sangue.
-        Acho melhor eu voltar para casa. Diz Donizete.
Enquanto ele voltava para casa o João também voltava para casa e o pega no caminho e o pega pela orelha e o leva para casa, chegando os dois juntos em casa.
A mãe do Donizete se assusta com o sangue que saia da perna do menino.
-        - O que você fez com o menino?
-        - Euu sh, não fiza nada, ooo encontrei brincando na chuva.
-        Você bebeu de novo?
-        Bebi e daiii.
-        Espero que não dê show essa noite.
-        É só não encher o meu saco ou esse moleque dá trabalho, que não brigo com ninguém, porque não aguento mais as travessuras desse moleque.
-        Tá, então vai tomar o seu banho e tira essa roupa molhada. Fala ela para o João.
-        Agora deixa a mamãe ver esse machucado, nossa está feio, você machucou por cima do outro machucado que estava sarando, mas vamos precisar limpar antes, você precisa tomar banho antes, corre entra antes do João no banheiro.
-        Ele corre entra no banheiro e deixa um rastro de sangue, pelo chão, João vinha saindo do quarto e vê que ele entrou primeiro, fala um palavrão e volta para o quarto.
-        Donizete sai do banheiro e a sua mãe lhe faz um curativo, eles jantam e ele adormece assistindo televisão.
-        O Coronel aparece ajudando ele a andar.
-        Eu não estou tão machucado assim, não precisa disso.
-        O coronel olha para ele e olha para a perna dele e o solta, ele tenta apoiar o pé no chão e sente uma dor tremenda e cai no chão.
-        o Coronel o levanta e o ajuda a andar até a cabana, onde o Ricardo ainda estava preso amarrado em uma cadeira e ria do Donizete.
-        Você não se lembra de como você se machucou, quando o comparsa desse malandro te machucou.
-        Não, não lembro.
-        Você tentou correr e alguém te acertou com uma faca no tornozelo e você caiu e foi aí que te mataram, na traição.
-        Cadê a Regina? Porque ela não apareceu ainda. Pergunta Donizete.
-        Ela ainda não deve de ter dormido, porque ela parecia muito triste e não estava conseguindo dormir. Diz o Coronel.
-        E acho que hoje não vamos conseguir fazer muita coisa, você machucado, a Regina acordada e o Wagner também não vão aparecer, eu sinto a presença de uma pessoa, mas essa pessoa ainda está no plano espiritual e ao mesmo tempo no plano terrestre, essa pessoa vai ser fundamental para nós mas eu não sei onde encontra-la, queria saber se você por acaso sabe de alguma pessoa , um bebê ou alguém que esteja grávida?
-        Eu não sei, a Regina não pode estar grávida, porque eu ainda não produzo esperma.
-        Eu só vejo lembranças e vultos não consigo ver o rosto, só sinto a presença e está bem perto de você, era isso que eu precisava falar com você.
Donizete sente uma dor forte na perna e o Coronel corre na sua direção e vai desaparecendo aos poucos.
Donizete acorda na sua cama sentindo muita dor, ele tenta levantar e não consegue colocar o pé no chão, o seu pé estava inchado estava parecendo pé do Hulk.
Ele grita pela sua mãe, que sai do quarto e vai ver o que ele estava querendo, ele vê o pé dele e se assusta.
-        Precisamos ir para o hospital agora, Levanta João, vamos com a gente, vamos pegar um taxi.
Eles saem de madrugada pegam um taxi e vão até o Hospital.
Chegando no hospital ele dá entrada na emergência, o médico o examina e diz:
-        Isso está muito infeccionado, a anestesia não vai pegar, vamos ter que mexer sem anestesia, vai doer um pouquinho; você vai precisar aguentar um pouquinho, você é um homenzinho, né?
-        Donizete faz que sim com a cabeça.
O médico começa a mexer no pé dele e abre a ferida com um bisturi, e uma mistura de pus com sangue escorre, o enfermeiro limpa e o médico pega uma pinça e retira um pedaço de lata enferrujada e espirra pus, o enfermeiro limpa e o médico examina e diz:
-        Tem mais alguma coisa.  ele pega a pinça e retira um pedaço de galho de árvore.
-        É um pedaço de galho? Diz a mãe dele.
-        Sim. Responde o médico.
-        Quanto tempo isso estava aí? Pergunta o médico.
-        Eu acho que dês do dia que ele se machucou caindo da árvore atrás de casa. Responde a mãe.
-        E quanto tempo tem isso? Pergunta o médico.
-        Algumas semanas. Responde a mãe.
-        Nossa! Por isso que está assim tão infecionado, esse menino podia perder o pé por causa disso. Diz o médico dando uma bronca na mãe do Donizete.
A mãe do Donizete não fala nada e tem que ficar quieta por vergonha. O enfermeiro dá alguns pontos no buraco formado no pé d menino, Donizete fazia careta de dor, o enfermeiro faz um curativo e ele dispensado.
Eles saem do hospital e a mãe dele começa a chorar e dizer.
- Eu sou uma péssima mãe, você viu como estava o pé desse menino? Estava podre, eu sou uma péssima mãe, como eu vou cuidar de outra criança agora.
-        De outra criança? Pergunta João.
-        Sim outra criança, estou grávida, eu ia fazer uma surpresa, mas agora com essa situação acabei contando dessa maneira.
-        Eu vou ser pai?
-        Sim e você vai ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha Donizete.
Donizete estava olhando para eles, sem saber o que dizer.
O taxi chega eles entram no carro e vão embora.
Donizete fica na cama na sala e o João e Mãe dele voltam para o quarto.
Dentro do quarto o João fala para ela assim:
- Agora você vai ter um filho meu e não pode passar por sustos ou qualquer transtorno, você não vai conseguir cuidar do Donizete eu acho melhor você levar ele para o pai dele agora, ainda mais ele sendo do jeito que ele é, e toda a história esquisita dele, eu não quero ele perto de você e do nosso filho, some com esse moleque daqui , você mesma disse que não viu quando ele se machucou e negligenciou a saúde do menino, eu não quero isso para o meu filho.
-        Eu sei realmente, estou sendo uma péssima mãe, ontem eu até esqueci de ir buscar ele na escola a menina do fundo que trouxe ele para mim, esqueci do menino e estou com medo dele depois do que vi.
-        Eu também, agora nós vamos ter que pensar nesse bebê, vai lá saber do que ele é capaz de fazer por ciúmes.
-        Amanhã eu vou falar com os meus irmãos, combinar com o pai dele para nós encontrarmos e conversamos sobre isso, o pior que o menino nem começou na escola direito e já vai ter que mudar de escola novamente, é isso só mostra ainda mais, que sou uma péssima mãe que não consigo nem cuidar da educação do meu filho, acredito que ele nem sabe ler direito ou escrever, vou levar ele para o pai dele, por pior que o pai dele seja, acho que vai ser melhor do que eu, e tem mais se o pai dele não cuidar dele, tem a avó dele que é louca por ele, ela deve cuidar dele com certeza, amanhã eu falo com os meus irmãos para resolver isso.
-        Eu acho bom, assim poderemos ser uma família de verdade, eu você e o meu verdadeiro filho.       
                                                       

                          Fim do segundo livro.
          Escrito por DIB   ( Mauro Antenor M. Santos).


Mão Vermelha - Livro Três. O Retorno.

Donizete está olhando as frutas na barraca de fruta na feira, e os seus tios estão ao seu lado.
Um dos seus tios, chama a sua atenção e avisa.
- Donizete ela chegou!
Donizete olha para o lado em antes que ele terminasse de virar o rosto, uma senhora chorando o abraço e o beija, gritando e dizendo:
- Que saudade, que saudade, meu coração estava partido, nossa parecia uma eternidade.
A feira havia parado para observar aquela cena, estavam várias pessoas em volta obeservando, algumas pessoas até batiam palmas e se emocionavam com a cena.
A avó do Donizete apertava o seu rosto e dá uma olhada para ele, juntando as duas mãos esmagando as suas bochechas. Donizete olhava para ela assustado e sem entender nada.
- Pronto está entregue. Diz o outro tio entregando uma mala para a senhora, que o agradece limpando o molhado da lágrima com a costa da mão e com a outra mão pegando a mala ecolocando em cima do carrinho e feira em cima das compras.
- Vem menino, vamos! Diz a senhora.
Donizete olha para os seus tios que se afastavam no caminho oposto de encontro onde a sua mãe estava e os esperavam. De longe Donizete percebe que a sua mãe chorava e era aconfortada por um dos irmãos.
- Você quer um pastel? Pergunta a senhora.
- Sim eu quero.
- Vem vamos comprar para nós, que estou morrendo de fome, estava tão ansiosa que não sentia fome e não tomei café antes de sair de casa, não gosto de fazer isso, porque não é bom sair de casa sem nada na barriga, mas agora me deu uma fome, você quer pastel do que?
- Palmito.
A senhora pede dois pastéis para o atendente da barraca de pastel, um de palmito e um de queijo.
- Eu só gosto de queijo, porque não sei a origem da carne que eles usam, só gosto de pastel de carne do que eu faço, você quer caldo de cana também?
- Sim eu quero.
- Mais dois copos de caldo de cana, por favor! Diz a avó para o vendedor.
Os pastéis e o caldo de cana são servidos, Donizete comia sobe o olhar da avó que não tirava os olhos dele, não parava de olhar apara ele, parecia que não acreditava no que estava acontecendo.
Donizete termina o seu pastel.
- Quer mais um? Pergunta a avó.
- Sim quero! Responde ele
- Do mesmo, ou quer de outro sabor? Pergunta ela .
- Eu quero um de queijo, agora.
A avó pede para que o atendente faça mais um pastel de queijo.
Enquanto o pastel era frito a avó fazia carrinho no cabelo do Donizete e dizia.
- Menino você não sabe como eu senti a sua falta, mas agora nós vamos fazer um montão de coisas gostosas juntos, o que você quer fazer primeiro?
Donizete dá de ombros enquanto o atendente entregava o pastel.
- Tá bom acaba de comer o seu pastel depois a gente planeja o que fazer. Diz a avó.
- Vêm, vamos andando e você vai comendo o resto do seu pastel. Diz a Avó.
Eles andam alguns metros e a avó para em uma barraca de frutas.
O cheiro das frutas perfumava o ar, Donizete dá uma respirada e suspira.
A avó cumprimenta o dono da barraca que era um velho conhecido dela e diz:
- Esse é o meu neto que te falei. A Avó o apresenta ao dono da barraca, que corresponde dizendo.
- Prazer menino, a sua avó sempre me falava muito de você, dizia que estava com muita saudade e e te procurava por todo lugar.
Donizete fica só olhando para o homem, sem dizer nada, só sorrindo sendo simpático.
- Você quer morango? Eu posso fazer uma torta de morango para comermos a tarde.
- Sim , quero. Diz Donizete.
- Leva essa caixa inteira de morango, é um presente meu para vocês hoje, hoje é um dia especial. Diz o feirante entregando a caixa grande de morango para a avó.
- Obrigado Manuel, muito obrigado, agora deixa eu ir, estou ansiosa para chegar em casa e mostrar ele para o pai dele, mas antes ainda vou passara na barraca de doces. Diz a Avó.
- Vamos menino!
Eles andam mais alguns metros, pelo meio da feira que estava cheia, o carrinho de feira batia nas sacolas e nos carrinhos das outras pessoas eles passavam exprimidos entre as pessoas e a Avó segurava forte a mão do Donizete em um determinado momento, a mão dele se solta da mão da avó que grita.
- Donizete!!, dá licença deixa eu pegar o meu neto. Dizia era gritando para as pessoas.
-Não solta da minha mão, não quero te perder de novo pelo amor de Deus, Creio em Deus pai.
Quando ela diz isso Donizete sente uma coisa estranha, mas continua indo junto com ela, ela segura a mão dele mais forte para não ter mais perigo de escapar.
Eles param em uma barraca de doce e novamente ela diz para todo mundo da barraca que ele era o neto dela. Todo mundo olha para ele e sorri e brincam.
- Quer algum doce? Eu vou levar uma goiabada e um queijo Minas
Ele olha para a barraca, tinha muita coisa boa, ele pensa e diz.
- Eu quero doce de leite.
- Coloca mais um vidro de doce de leite nas minhas coisas. Diz a avó para o atendente.
Ela pega a compra levanta a mala do Donizete e coloca dentro do carrinho.
- Vamos, vou passar na barraca de peixe e de lá nós vamos para casa.
No caminho para a barraca de peixe Donizete avista um rapaz vendendo pipas.
Ele cutuca a sua avó e que para e pergunta.
- O que foi, quer alguma coisa?
- Eu queria uma pipa.
- Vamos lá comprar, só preciso ver se o dinheiro vai dar para comprar o peixe depois.
- Quanto custa a pipa menino?
- Cinco Cruzeiros senhora.
- Tudo bem, qual que você quer Donizete.
- Eu quero a raia de plastico com o simbolo do Corinthians. Diz ele.
- Boa escolha o seu pai vai ador essa sua escolha. Diz a avó pagando o rapaz que vendia pipa.
- Agora vamos. Diz ela.
Eles chegam em uma parte da feira mais aberta, onde havia mais espaço onde havia um cheiro muito forte de peixe, que chegava a feder, devia ser por isso que não haviam muitas pessoas por ali.
- Acho que vou levar camarão em vez de peixe, você gosta de camarão?
- Sim eu gosto.
- Então, está bem, vou levar para comermos agora no almoço.
Ela conta o que sobrou do dinheiro, separa cinco Cruzeiros e pede vinte cruzeiros de Camarão.
O vendedor pesa quase um quilo e completa para um quilo, por vinte reais, embrulha e entrega para ela.
Ela pega o pacote de camarão e retira a mala do Donizete, mas percebe que não iria conseguir levar tudo no caminho de casa e pede ajuda para um menino que estava no fim da feira, com um carrinho de Carreto.
- Menino, quanto você cobra para me ajudar a levar a feira?
- Cinco Conto senhora. Diz o menino.
- Ok, você leva para mim.
O carrinho do carreto era feito de madeira e tinha mais ou menos um metro e meio de comprimento e oitenta centímetro de largura e formava um caixote com uma guia feita de madeira, por onde o menino o guiava e as suas rodas eram de rolamentos de carro ou como os meninos mesmo chamavam de rolimã e ele usava um pedaço de pneu de carro como freio pisando em cima para parar.
O menino coloca a compra e a mala do Donizete dentro do Carrinho de carreto e ainda sobra um espaço.
- Sobrou um espaço, quer ir sentado dentro segurando as compras? Pergunta o carreteiro para o Donizete.
- Não é perigoso? Pergunta a Avó.
- Não, pode ficar tranquila eu estou acostumado, eu desço aqui toda hora e assim ele desce comigo e nós ficamos esperando a senhora lá embaixo.
- Tudo bem mas vai com cuidado , que ele é muito precioso para mim, demorei muito tempo para encontra-lo e não quero perde-lo.
Donizete entra no carrinho de carreto e se ajeita.
- Tudo bem senhora, pode deixar. Diz o rapaz embalando o carrinho e descendo muito rápido, desviando dos carros que subiam e desciam, quase matando a Avó de enfarto que assistia tudo de longe.
Donizete se divertia com o vento na cara e levando tudo como brincadeira e ria até o rapaz chegar no fim da ladeira, freando o carrinho pisando no freio, feito com um pedaço de pneu.
- Pronto, agora vamos esperar por ela aqui no canto da calçada, porque eu não sei onde ela mora, você sabe? Pergunta o carreteiro para o Donizete, que faz com a cabeça que não.
- Você não sabe? Estranha o menino.
- Não, eu acabei de encontra-la.
O menino acha estranho e se cala.
- Você é doido menino? – Precisa-vá descer naquela velocidade toda, quase me mata do coração. Diz a senhora.
- Eu estou acostumado Vó. Diz o carreteiro rindo.
- Ela é sua avó também? Pergunta Donizete para o carreteiro.
- Não, é só jeito de falar. Diz o carreteiro rindo e embalando o carrinho pela rua acompanhando a senhora.
- Pronto chegamos, pode colocar a compra aqui na garagem que eu levo para dentro. Diz a Avó.
O menino descarrega a compra e a mala do Donizete e a Avó paga o menino com os últimos cinco Cruzeiros restantes.
O carreteiro se despede e vai embora.
Assim que o Donizete ia pegar a sua mala, um um cachorro surge do corredor abanando o rabo.
- Bidu! É o Bidu? Eu lembro dele, ainda está vivo?
- Sim é ele mesmo, acho que ele sentiu mais falta de você do que você dele.
O cachorro faz uma festa, reconhecendo ele, ele pulava em cima do Donizete e lambia e latia, no momento que uma sombra aparece no portão.
Donizete olha para a sombra contra o sol e não reconhece quem era, a sua sombra vem na sua direção e o abraça com força.
- Filho é você mesmo? Eu não acredito, obrigado meu Deus.
Era o pai do Donizete que estava bem diferente da ultima vez que ele o havia visto, ele parecia sóbrio e não tinha mais cheiro de álcool , como ele lembrava do pai.
- Você não está cheirando álcool e está bastante diferente.
O Senhor Valter olha para a mãe e olha pra ele e diz.
-É meu filho depois que q sua mãe foi embora, eu sofri tanto que decidi parar de beber.
Donizete fica olhando para ele e não diz nada.
-E essa pipa do Corinthians, que pipa bonita? Pergunta o pai.
- Foi a vó que comprou para mim. Diz Donizete.
- Por falar em comprar vamos comigo aqui no mercadinho comprar um doce para você, você quer?
- Sim eu quero.
Ele deixa a pipa com a avó e eles  vão até o mercado, o bidu vai atrás deles.
Chegando no mercado o seu pai diz:
- Escolhe o doce que você quer aí , pode escolher!
Donizete olha os doces e escolhe um tubo de pastilhas doces, que tinha a cabeça do pato Donald na ponta, que era por onde saiam as pastilhas coloridas da boca do Pato Donald. O seu pai paga o doce eles voltam para casa, chegando na casa do seu pai ele percebe dois meninos no portão, eles estavam segurando cada um, uma bola de dente de leite, que estava dentro de um saquinho plástico, quando o Donizete se aproxima deles, eles veem na sua direção e o abraça e entrega as bolsa para ele dizendo.
- Tom é para você. Diz o menino que parecia mais velho.
- Quando você foi embora, você foi brigado com a gente, a nossa mãe comprou e  pediu para te entregar como uma forma de desculpa e de boas vindas ou bom retorno.
Donizete, pega as bolas e fica tentando se lembrar do que eles estava falando.
- Ah lembrei!! – A brincadeira com os carrinhos nós túneis, agora eu lembrei, obrigado.
Os meninos entregam as bolas e a sua mãe os chama para voltarem e eles vão embora.
Donizete estava com as mãos ocupadas segurando o doce e as bolas e vai entrando na casa da avó.
Ele vai observando e percebe que aquele lugar era muito familiar, ele vê o vaso no canto da sala, estava  exatamente como o dia que ele foi embora, ele se recorda daquele dia, que ele havia escondido o dinheiro da sua mãe nele, o que teria causado toda a briga daquele dia. Ele balança a cabeça e levanta o vaso e o coloca de ponta cabeça, para ver se o dinheiro ainda estava ali.
- Você não vai achar nada ai.  Diz a sua Avó.
Ele olha para ela e coloca o vaso no lugar.
-Eu encontrei o dinheiro quando fui limpar o vaso e o achei escondido ai alguns dias depois que vocês foram embora, foi você que tinha escondido né?
Donizete não diz nada com vergonha.
- Mas está bem, isso já foi, agora é outra história. Diz a avó.
- Veem me ajuda guardar a feira, por favor e depois colocar a sua mala no quarto onde você vai dormir.
Eles guardam as compras da feira.
- Agora vamos até a sua cama.
Eles sobem para o quarto e quando ele entra no quarto, o quarto era exatamente o mesmo quarto , estava do mesmo jeito que ele havia deixado. Os desenhos de foguetes estavam colados na parede ao lado da sua cama e alguns brinquedos estavam no canto do quarto, como se ele nunca havia saído dali.
O seu pai entra no quarto atrás dele, ele estava com lágrimas nos olhos e diz com a vós embargada.
-Está exatamente como você deixou, não mexi em nada. Diz o pai


CONTINUA..