domingo, 21 de janeiro de 2024

Pintura sobre Cobertor que era do meu pai. Obra: Toda dor que sinto.

This work was created through a photo seen on the internet, first I created a drawing on paper, added wings and turned it into an angel, I had the idea of reproducing it on the street, like graffiti, when my father passed away and I had to recognizing his body in the morgue, I noticed that he had died with his mouth open, and that he had an expression of pain in his eyes, as if he had died in a lot of pain, I always thought the physiognomy of this drawing was very similar to that of my father, so when I picked up the blanket that belonged to him, I had the idea of reproducing this drawing on the blanket in honor of him, as I had already done with my grandmother's blanket, my father's mother, where I also drew an angel, the same drawing that I got tattooed on my leg, on my right thigh, became a tradition; However, drawing or painting on a blanket is not an easy task, it is necessary to prepare the blanket to receive the paint, as is done on a canvas canvas, but the blanket preserves its texture, the relief of the blanket's fibers, looking similar with a painted wall, which gives it a street appearance, because doing graffiti on a painted wall is very bad, it hurts your fingers and the work doesn't always turn out well, due to the imperfections of the stones, the rough work, unlike a smooth wall or of a canvas canvas, but the meaning of reproducing a work on a blanket, in addition to the sentimental value, has the plastic, expressive value of the chess preserved as a background, a plastic, sentimental and historical combination.
Essa obra foi elaborada através de uma foto observada na internet, primeiro elaborei um desenho no papel, acrescentei asas e transformei em um anjo, eu tinha a idéia de reproduzi-la na rua, como um grafite, quando o meu pai faleceu e tive que reconhecer o seu corpo no necrotério, observei que ele havia morrido com a boca aberta, e que tinha uma expressão de dor nos olhos, como se tivesse morrido com muita dor, eu sempre achei a fisionomia desse desenho muito parecida com a do meu pai, então quando peguei o cobertor que pertencia a ele, eu tive a idéia de reproduzir este desenho sobre o cobertor em homenagem a ele, como já havia feito com o coberto da minha avó, mãe do meu pai, onde também desenhei uma anja, o mesmo desenho que fiz uma tatuagem na minha perna, na coxa direita, virou uma tradição; porém desenhar ou pintar sobre um cobertor, não é uma tarefa fácil, é preciso preparar o cobertar para receber a tinta, como se faz em uma tela de canvas, porém o cobertor preserva a sua textura, o relevo das fibras da manta,ficando parecido com um muro chapiscado, o que dá uma caracteristica de rua, porque fazer grafite em muro chapiscado, é muito ruim, machuca os dedos e o trablho nem sempre fica bom, devido as imperfeições das pedras, do chapisco, diferente de um muro liso ou de uma tela de canvas, mas o significado que tem reproduzir uma obra sobre um cobertor, além do valor sentimetal, tem o valor plástico, expressivo do xadrez preservado como fundo, uma combinação plástica, sentimental e histórica.

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