quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Banana para Subsistência.

Depois do sucesso ou do estranhamento popular, da obra do artista Murizio Cattlelan intitulado “Comedian” onde o artista fixa uma banana na parede branca com uma fita adesiva, muito se questiona sobre o que é arte? Que Segundo o dicionário Houaiss, arte é a "produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana". Na verdade, a arte transforma a forma de imaginar e de entender o mundo. Explicar o que arte e o que é amor: substantivo masculino. Forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais. Atração baseada no desejo sexual. Encontramos no dicionário substantivos sobre as palavras, mas o seu real significado ou sentimento não é possível explicar, o amor por aquilo que se dedica ou que te dá razão para viver, assim como a arte, depois desse fato da fixação da banana na parede a arte conceitual está em debate popular, mas o que não se sabe para quem está fora dessa cultura e que não está familiarizado com a história da arte, a prática desse conceito não é de hoje, como a cronologia da história da arte nos leva ao século passado em 1915, até o artista Marcel Duchamp, criador da arte de conceito e do movimento dadaísta, foi o pioneiro que quando apresentou o seu trabalho intitulado Fonte, onde ele classificou obras de artes feitas a partir de produtos prontos, que no caso, se tratava de urinário ou mictório, obra exposta em 1917, há mais de um século atrás, foi o rompimento com os métodos tradicionais da arte, com o surgimento da fotografia, já se não se via mais a necessidade de uma obra de arte ser a cópia ou a figuração de algo , era preciso inovar, criar; além da Fonte (mictório) Duchamp também levou para as galerias outras obras: A roda de bicicleta, que era nada mais que uma roda de bicicleta colocada em um garfo de bicicleta fixada em um banco de madeira, outra obra foi “ Adiantado do braço quebrado 1915, era uma pá de construção, dessas que você compra em casa de material de construção, o que é justamente, que dá sentido ao nome do movimento Dadaísmo ou a exposição Ready -Made, esse movimento foi muito importante para a arte, e que vai nos ajudar aa entender na conclusão dessa analise, porque 40 anos depois, após a segunda guerra outros artistas seguiriam seus passos, Yves Klein e Piero Manzoni, ambos se destacaram com obras polemicas, Lives Klein transformou o nada em Arte e Piero Manzoni, transformou fezes humanas em arte, criando a obra intitulada merda de artista, comparado a Banana do Maurizio Cattelan, essa estranheza se torna mais aceitável, mas a questão aqui não é ser aceito é criticar incomodar, provocar, o que na Contemporaneidade ele conseguiu com sucesso o seu objetivo, a venda de uma banana colada na parede com fita adesiva por U$ 6 milhões de dólares incomodou e trouxe à tona novamente o debate do que é arte? Em tempos de Bitcoins e NFTs, e que o dinheiro e a arte são virtuais, parecido com o nada de Yves Klein, vender qualquer “merda” como a Piero Manzoni, o dito popular ganha força e é um prato cheio para o meios de comunicação, criticar a arte atual, que já tem mais de um século após a ruptura de Duchamp, frases do tipo, isso não é arte, arte é desenho e pintura, é a cópia de alguma coisa, ainda são clichês, será que a arte não evoluiu ou são as pessoas que não conhecem a história? São esses tipos de comentários que elitizam a arte, deixando aos cuidados dos entendidos e elitizados, a arte e a moda andam de mãos juntas, ambas precisam questionar, provocar, incomodar, ser diferente, criativa e inovadora, são elas que criam tendencias, em um mundo conservador por natureza, o diferente é estranho, é coisa de louco, o mito da caverna de Platão continua em evidência e a cada dia faz mais sentido, se libertar das correntes conservadoras e encontrar a luz da sabedoria, o que pode ser perigoso conta-la para alguém que não acredita, ou que não aceita as novas tendências ou os novos pensamentos, já dá minha parte, eu sempre quis fazer parte dessas inovações, sempre gostei , sou inquieto, hiperativo e criativo, me sinto incompreendido com as minhas ideias, por estar rodeado de pessoas que não entendem as minhas ideais e me criticam, desacreditam, mas o importante é nunca desistir, não deixar de acreditar em um mundo melhor, que é justamente onde essas ideias, podem fazer a diferença, e sendo assim influenciado por todos esses pensadores sempre imaginei um Movimento que poderia fazer a diferença e participar e contribuir com novas ideias, a arte sempre esteve presente na minha vida, sou autodidata, sou grafiteiro, estudei arte, fiz cursos e me formei em Sociologia, em busca da necessidade de encontrar o que possa preencher o meu coração e a minha alma, sempre observando e tentando entender melhor o mundo a vida e a arte, a partir dessa observação e tentando entender o existencialismo de Sartre, questionando e querendo participar, mas tudo tem a sua hora e a sua oportunidade, em um belo dia um amigo de trabalho do nada me deu a solução, conversando com ele, ele me falou, “vou montar uma banda chamada Música de Subsistência” aquela palavra já foi como música para os meus ouvidos, é isso, pensei comigo é essa palavra, “Subsistência” tem a existência de Sartre e agora eu encontrei o meu objetivo, a palavra que faz todo o sentido do que buscava, então eu comecei a explicar como uma metralhadora de palavras para o meu amigo, todas as minhas ideias, sobre o movimento que buscava entrar uma direção, ele ficou me olhando sem entender nada, eu falei sobre o existencialismo de Jean Paul Sartre, sobre o Belo de Kant, falei de Karl Max a utopia de Thomas More e de tudo que me levava até aquela palavra: “Subsistência”. Após essa solução começava agora, mostrar e tentar convencer as pessoas da importância desse movimento, o primeiro passo foi na Arte, como se encaixar na arte? Mas como dito no início desse texto , onde mencionei que a arte de Duchamp nos ajudaria na conclusão, aqui estamos, na Contemporaneidade, e a Subsistência na arte se encaixa como uma luva, estamos no era digital, o analógico é descartável e o virtual ganha força, o transformando em NFT, como arte do nada de Yves Klein, sendo assim, uma foto de uma obra ou de um grafitti, pode ser transformado em NFT e comercializado virtualmente, falo grafitti , porque é a minha origem e a minha maior influência na arte, o grafitti é uma arte efêmera e já faz parte do movimento do Hip Hop, mas o mundo não para, estamos sempre em movimento e as novas tendências surgem acompanhando ou atendendo as nossa novas necessidades, a galeria física para arte contemporânea, abriu espaço para o mundo Virtual os Chamados NFT, que para registrar e comercializar uma arte dessa, é preciso de uma imagem única que só exista virtualmente, mas chegar a essa conclusão é preciso cria-la e dessa forma é onde a arte de Subsistência aparece e o seu substantivo de “estado das pessoas ou coisas que subsistem, que se mantêm; existência, permanência”, se transformam, o grafitti de arte efêmera se torna permanente virtualmente ,mas além do grafitti, painéis ou telas também se tornam permanentes, porque uma tela não tem garantido a sua existência permanente, ela pode se estragar com o tempo, alguém pode atacá-la e destrui-la, pode ser incendiada em caso de um incêndio em um Museu ou galeria, mas depois de transformada em NFT, se torna permanente, na minha história a minha intenção é de colocar telas e painéis espalhados pela cidade e deixá-los se deteriorar deixando-os ao acaso, mas antes transforma-los digitalmente em um NFT, para poder expor digitalmente, e quando o tempo ou algum fato agir sobre a obra acabando com a sua existência, ela só vai existir no mundo virtual, não existindo mais fisicamente e só virtualmente como a arte do nada de Yves Klein, mas neste caso ainda existe uma imagem, não palpável, mas visualmente virtual. Após encontrar a sentido da arte para o Movimento de Subsistência, precisei justificar a causa, porque todo Movimento precisa de uma razão ou causa a defender ou manifestar sobre, tornando agora este movimento Sociocultural, reivindicando os direitos que estão na constituição, mas preciso no 5º e 6º artigos da Constituição de 1988 que são: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade: (...) Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a Segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Se todos estes direitos estão garantidos pela constituição, porque ainda existem pessoas na miséria, morando na rua, abuso de poder pelos órgãos de segurança, analfabetos, pessoa morrendo a espera de atendimento à saúde, com o foi o caso do rapaz que morreu a espera de um atendimento em um posto da UPA no Rio de Janeiro em dezembro de 20024, em pleno século XXI. Mas como manifestar a sua indignação ou uma cobrança por uma solução, imaginamos uma linha imaginário, onde nenhum cidadão possa ficar abaixo dela, da seguinte maneira, como a figura abaixo: Para chegar a uma solução para essa situação, precisamos sair da caverna, de pessoas corajosas para colocar um Mictório como uma obra de arte dentro de uma galeria, de mais Bananas coladas com fita nas paredes, boas ideias e atitudes por um o mundo melhor, começando com a garantia da Subsistência das pessoa, feito isso, para resolver o resto, não digo fácil, mas com boa vontade, grande parte fica resolvida, o grande problema do mundo é que ele é governado por pessoas que não aceitam mudanças, são Absolutistas, Ditadores ou políticos Corruptos, conservadoras e ambiciosas, que preferem lucrar com a guerra do que viver em mundo de paz, sempre vão ver um mictório com o objetivo de mijar, a pá, para cavar e uma banana como ração para macaco.